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10 maneiras de aliviar a dor da artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune caracterizada pela inflamação de diversas articulações do corpo. Como consequência, dor, rigidez e inchaço das juntas são alguns dos sintomas relativos a esse quadro clínico.

Existem muitos medicamentos para a artrite reumatoide, mas crises dolorosas ainda podem ser recorrentes. A boa notícia é que existem muitas coisas que você pode fazer para reduzir, e até mesmo evitar, a dor.

O que é uma doença autoimune?

artrite reumatoide é mais comum em mulheres na faixa dos 30 aos 50 anos. Hoje se sabe que seus danos não se limitam às juntas.

O que é uma doença autoimune?

Na doença autoimune, o sistema imunológico do indivíduo, responsável pela proteção contra bactérias, vírus e fungos, por exemplo, reage a substâncias bioquímicas produzidas pelo próprio organismo. Isto porque não as identifica como integrantes dele.

Ou seja, há uma falha no reconhecimento entre moléculas químicas e, por isso, a consequência é um ataque, promovido pelas células e proteínas imunológicas, aos produtos endógenos como se eles fossem agentes agressores externos.

O resultado é um processo inflamatório, cujas consequências são: dor, rubor, febre e inchaço.

Para exemplificar, podemos citar outras patologias autoimunes conhecidas atualmente:

  •     Lúpus eritematoso sistêmico;
  •     Psoríase;
  •     Esclerose múltipla;
  •     Diabetes do tipo 1;
  •     Vitiligo;
  •     Tireoidite de Hashimoto;
  •     Doença de Graves.

Em muitos casos, os sintomas de algumas dessas doenças podem ser parecidos e, por isso, cabe ao médico realizar um exame clínico associado a exames laboratoriais que determinam eficientemente qual é a enfermidade do paciente. 

No caso específico da artrite reumatoide, os tecidos conjuntivos que recobrem as articulações ou órgãos, também chamados de membranas sinoviais, são acometidos ao longo do processo. E com o tempo, as articulações, ossos e órgãos são danificados.

Como articulações afetadas citamos: punhos, cotovelos, ombros, joelhos, tornozelos, quadril, coluna vertebral, etc. E dentre os órgãos que podem ser prejudicados com o avanço da doença indicamos: pulmões, coração e rins.

Por isso, é importante estar atento ao que é essa doença autoimune e como tratá-la para reduzir uma série de riscos associados.

Diferença entre osteoartrite e artrite reumatóide

Diferencas artrose artrite reumatoide

Artrite reumatoide e suas causas

artrite reumatoide

As causas diferem daquelas relacionadas a artrites comuns ou osteoartrites. Inclusive, os motivos que a promovem não são plenamente conhecidos.

O que já foi identificado, por meio de uma diversidade de estudos científicos sobre o tema, é que existem alguns fatores de risco. São eles: 

  • predisposição genética;
  • excesso de peso;
  • tabagismo;
  • desequilíbrios hormonais;
  • ser do sexo feminino.

Em relação ao último fator, sabe-se que a artrite reumatoide acomete três vezes mais mulheres do que homens.

Além disso, quadros clínicos infecciosos causados por vírus ou bactérias podem predispor ao surgimento da patologia. Alguns exemplos dessas situações são dores de garganta, viroses ou infecções urinárias, por exemplo.

E também se verifica a relação entre a enfermidade e fatores ambientais como o contato frequente com a substância sílica.

Ainda, é relevante destacar que ela não é contagiosa.

Quem sofre com esta doença?

A artrite reumatoide pode acometer qualquer pessoa, desde a infância. Porém, ela é mais facilmente encontrada em indivíduos a partir dos 40 anos.

A fim de distinguir o período em que a doença surge na vida do paciente, diferencia-se a nomenclatura para os casos que ocorrem com crianças e adolescentes de até 16 anos de idade. Nessa situação, ela é chamada de Artrite Reumatoide Juvenil.

Outro dado importante é que as mulheres têm mais chances de desenvolverem o quadro quando comparadas aos homens. Normalmente, a taxa é três vezes superior no sexo feminino.

Em relação a estimativa de pessoas afetadas por essa doença autoimune, no Brasil especificamente, já são mais de um milhão de indivíduos que sofrem com os sintomas e consequências de viver com a patologia.

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Quais são os sintomas da Artrite Reumatoide?

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Para que haja um reconhecimento adequado do quadro, o médico não deve diagnosticar artrite reumatoide até que o paciente tenha apresentado os sintomas por pelo menos 6 semanas.

Isto porque as características associadas a essa patologia também são recorrentes em condições como infecção viral ou outras doenças autoimunes que desencadeiam a inflamação de articulações. Portanto, quando o paciente chega ao consultório, o profissional realiza um exame clínico composto por algumas perguntas e pela análise tátil e visual das articulações.

A seguir, indicamos os sintomas que costumam estar presentes na maioria dos casos da artrite reumatoide:

  • inchaço de três ou mais articulações, em ambos os lados do corpo;
  • dores nas articulações dos dedos, punhos, tornozelos e joelhos;
  • rigidez matinal, com duração de mais de meia hora todos os dias;
  • nódulos sob a pele;
  • redução do apetite;
  • perda de peso;
  • febre baixa.

 

Reforçamos que numa primeira crise, sintomas como cansaço e/ou similares aos de estados gripais podem ocorrer. Assim, a doença acaba não sendo associada inicialmente ao seu diagnóstico real.

E vale destacar que no início, as articulações mais comumente afetadas são as menores, localizadas nas mãos e pés, por exemplo. Apenas com a progressão do quadro clínico pode haver um avanço para juntas maiores.

A partir deste momento, com o seu avanço, a artrite reumatoide pode ser chamada de “artrite de desgaste”, pois ela afeta frequentemente articulações como o quadril, os joelhos e a coluna vertebral. 

Todas estas suportam grandes pesos e por isso a deterioração articular é maior do que na região das mãos, punhos, tornozelos, dedos, ombros, cotovelos, joelhos, entre outros.

Inclusive, a doença torna-se mais comum e mais grave à medida que o paciente envelhece ou quando está consideravelmente acima do peso.

Além disso, é importante compreender que os quadros associados a ela costumam ser irregulares. Ou seja, são compostos por fases de crises agudas, nas quais a maioria dos sintomas estão presentes, e por fases de relativa remissão, com o alívio das dores.

Durante as crises, as características da artrite reumatoide são facilmente percebidas e comprometem bastante o bem estar do paciente.

Em geral, com a evolução da doença o indivíduo apresenta constantemente outras áreas do corpo afetadas, porque seu sistema imunológico as ataca também. Como exemplos citamos os olhos, as artérias os pulmões e a pele.

E a principal consequência identificada com o avanço do quadro é a alteração das articulações, que adquirem deformidades e perdem grande parte da mobilidade, podendo chegar, inclusive, a imobilidade.

Por isso, a fim de evitar a progressão e a redução da qualidade de vida da pessoa, quanto antes for realizado o diagnóstico correto, melhor será a possibilidade de conviver com a situação.

Na artrite reumatóide, pode haver destruição da cartilagem articular e surgir deformidades

Articulacao saudavel e com artrite
Além do exame clínico realizado no consultório pelo próprio médico, serão exigidos alguns exames laboratoriais de sangue e por imagem.

Quais exames o médico irá requisitar?

Dentre os primeiros são identificadas a presença de anticorpos característicos dessa doença autoimune, bem como o nível da inflamação no momento dos testes.

O anticorpo específico detectado é a proteína denominada Fator Reumatoide. Mas caso ela não se encontre na amostra sanguínea, não se deve excluir a possibilidade da doença.

Por isso, ainda no exame de sangue, são feitas análises para definir os níveis de Proteína C reativa e a Velocidade de Hemossedimentação (VHS). Esses dois resultados possibilitam a percepção de como está o processo inflamatório no corpo do indivíduo.

Outros exames requisitados e úteis para o diagnóstico são raios x, ressonância magnética e ultrassonografia das articulações que já estão comprometidas.

Enfim, a partir de todos esses dados a identificação da artrite reumatoide é obtida com sucesso e é possível estabelecer qual o tratamento ideal para o paciente.

Quais são os tratamentos da Artrite Reumatoide?

tratamento

Existem diversas ações associadas ao tratamento da doença e elas variam de acordo com a gravidade do caso e a intensidade dos sintomas.

Os fatores que são levados em conta no momento de estabelecer os procedimentos são:

  •     quais são as articulações afetadas;
  •     o nível do inchaço;
  •     a intensidade da dor.

Entre as modalidades de tratamento pode-se optar por: exercícios físicos diários, uso de medicamentos e cirurgia. Esta é recomendada apenas para os casos em que o quadro já progrediu excessivamente e há a necessidade de uma intervenção mais invasiva.

 

 Vale salientar que os objetivos do tratamento da artrite reumatoide são:

  •     aliviar a dor;
  •     reduzir a inflamação das articulações;
  •     fornecer o suporte necessário para manter a mobilidade;
  •     diminuir o dano das áreas comprometidas;
  •     promover a remissão dos sintomas;
  •     preservar a capacidade funcional do corpo;
  •     prevenir a progressão do quadro clínico;
  •     manter a qualidade de vida e o bem-estar do paciente.

Aqui estão 10 técnicas para ajudar a aliviar a dor da artrite reumatoide.

Proteja suas articulações

A principal coisa que Reininger ensina os pacientes a fazer é proteger as articulações, mesmo que elas estejam atualmente livres de sintomas.

Você deve sempre estar pensando em suas articulações, mesmo ao fazer pequenas tarefas, diz ela.

Em vez de levantar uma panela pesada, deslize-a sobre o balcão; use um ombro para abrir uma porta em vez da sua mão; e segure os livros na palma de suas mãos, e não com os dedos.

alongamento

Faça exercícios físicos

Uma das orientações principais para os pacientes com artrite reumatoide é a prática diária de exercícios que estimulem a mobilidade articular, promovam a correção da área afetadas e previnam uma piora do quadro clínico.

Em geral, eles são práticas de alongamentos e fortalecimento muscular com baixo impacto sobre as articulações. Devem ser iniciados com cautela e, a medida que o paciente se adapta, a intensidade e a frequência dos movimentos é ampliada.

E, ainda, são indicadas estratégias para a execução de tarefas diárias adaptadas às dificuldades do indivíduo. Um exemplo é o uso de outra parte do corpo para segurar utensílios domésticos, de maneira que a articulação acometida não seja exigida.

Os profissionais envolvidos no tratamento dessa doença e responsáveis pelas orientações são médicos, fisioterapeutas, educadores físicos e terapeutas ocupacionais.

Alongue-se

Supondo que você esteja livre de dor, Reininger diz que você deve tentar alongar todas as suas articulações todos os dias, se isso não te causar dor.

Um fisioterapeuta ou outro médico pode ajudar a adaptar um programa de alongamento para suas necessidades.

Pessoas com artrite reumatóide tendem a se sentir mais resistentes durante a manhã do que em outros momentos do dia, assim que tomar um banho para aquecer as articulações, e depois alongar pode ajudar a se soltar mais no restante do dia, Reininger aconselha.

Descanse

Descansar o suficiente é importante.

Realizar uma pausa pode ajudar a relaxar a mente, aliviar a dor nas articulações, e ajudar a reduzir a fadiga que é frequentemente associada com a doença.

Então, quanto você precisa? O descanso é pessoal, depende de tolerância de uma pessoa. No entanto, evite o excesso de descanso. Um estilo de vida sedentário pode ser prejudicial, assim que intercale períodos de descanso com atividade.

 

 

Tome um banho ou ducha quente

O calor húmido proporciona alívio da dor da artrite reumatóide, de acordo com Reininger.

Ela recomenda tomar um banho quente de banheira, chuveiro ou de imersão nas mãos em água morna.

Além disso, almofadas de aquecimento úmidas, disponível na maioria das farmácias, pode ser aplicada de 10 a 15 minutos a uma hora para proporcionar alívio temporário da dor.

 

 

Tente cera quente

Se você tem dor nas articulações das mãos e pés, um banho de cera quente pode aliviar a inflamação. (Esta é uma técnica clássica usada para lesões relacionadas com esportes)

Reininger diz que isso pode funcionar melhor do que uma almofada de aquecimento, porque, assim como na imersão de um banho de água quente, o calor atua completamente ao redor dos dedos.

Esses banhos de cera quente, que Reininger comenta que alguns pacientes preferem, podem ser encontradas em lojas online ou em farmácias.

 

 

Use uma bengala

Muita gente acha que usar bengala significa deficiência, mas se ela pode ajudar a reduzir a dor nas articulações, quem se importa?

Bengalas são fáceis de encontrar e usar e pode diminuir até 20% do seu peso corporal das suas pernas, quadris e tornozelos, ajudando a evitar as crises dolorosas da artrite reumatóide.

 

 

Perder peso

Estar acima do peso pode causar estresse excessivo e afetar as articulações que suportam peso, como os joelhos, costas e quadris, diz Reininger.

Estudos têm mostrado que o tecido adiposo pode produzir substâncias químicas que podem aumentar a inflamação, por isso pacientes com artrite reumatoide devem evitar ficar acima do peso.

 

 

Use ferramentas especiais

Certos tipos de equipamento podem ajudar a tornar as tarefas diárias menos dolorosas. Canetas, facas, abridores de lata, zipper e produtos adicionais estão disponíveis para ajudar a proteger as articulações.

A boa notícia sobre adquirir tais equipamentos é que você nem sempre tem que buscar em lojas especializadas.

Muitas ferramentas são projetadas simplesmente para tornar sua vida mais fácil na cozinha, como ferramentas com alças grandes e ergonómicas, abridores de lata, e uma gaveta que desliza.

Você não consegue prever crises, por isso, é uma boa ideia estar preparado e se antecipar aos problemas antes que eles surjam.

Planeje cuidadosamente

É difícil dizer quando pode ocorrer uma crise, fazendo com que suas articulações se tornem rígidas e inchadas, ou quando você vai exagerar no exercício.

Isso porque você não consegue prever esses eventos, por isso, é uma boa ideia estar preparado e se antecipar aos problemas antes que eles surjam. Reininger conta que você deve ter certeza que consegue terminar qualquer atividade antes de você começar.

Divida tarefas em partes – plante um jardim em um dia e outro em outro dia ao invés de fazer tudo de uma vez. E referente aos exercícios, não é necessário fazer 30 minutos de uma vez só, tente dividir em três sessões de 10 minutos ao longo do dia.

 

 

E como é feito o diagnóstico?

Enfim, quando se trata de artrite reumatoide, assim como outras doenças autoimunes, é essencial que o diagnóstico seja feito precocemente, afinal, é a melhor maneira de conseguir conviver com a patologia, que é crônica e não possui cura.

A percepção dos principais sintomas deve ser um motivo de atenção e no caso da persistência dos mesmos pelo período mínimo de seis semanas, é necessário recorrer ao suporte médico.

Apenas a partir do exame clínico, em associação com os exames laboratoriais, é possível ter certeza da presença da patologia, do nível em que se encontra o quadro clínico e saber como agir para minimizar os danos.

Além disso, reforçamos que diante da descoberta no princípio da doença, o bem-estar e a qualidade de vida são mantidos. Basta que o paciente siga orientações simples dos profissionais da saúde qualificados para fornecê-las.

Finalmente, lembramos que para possuir menor risco de desenvolver a enfermidade é ideal: manter hábitos alimentares saudáveis, praticar exercícios, dormir bem, controlar o peso e não fumar, por exemplo. 

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Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorado em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).  

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