Apesar de ter sido criado há séculos, o tratamento ganhou popularidade ao ganhar adeptos como o lendário Michael Phelps
Bastou Michael Phelps exibir seus 1,93 m de músculos repletos de “manchas” vermelhas para que começassem as especulações (e os memes na Internet) sobre o que aconteceu na sua pele. “Ele dormiu em cima de suas medalhas”, “ele foi atacado por um polvo gigante”, diziam os fãs bem-humorados. Nada disso: o medalhista olímpico é apenas mais um dos tantos adeptos da ventosaterapia.
Assunto (e obsessão de beauté) do momento, a terapia da medicina tradicional chinesa não é nenhuma novidade – ela foi criada há mais de dois mil anos – mas, graças à atenção voltada para Phelps na Olimpíada do Rio 2016, só agora ganhou popularidade.
“Nos Jogos de Pequim [em 2008], já havia atletas coreanos, chineses e japoneses adeptos do cupping e, para os espectadores ocidentais, isso acabava não chamando tanta atenção”, explica o Dr. Hong Jin Pai, médico especialista em acupuntura e expert na ventosaterapia. Vogue testou (e aprovou) o método; todos os detalhes da experiência você confere abaixo.
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O QUE É VENTOSATERAPIA?
Fundada na medicina tradicional chinesa, a técnica promove uma série de benefícios para o corpo e para os músculos através da colocação de copos (ventosas) em pontos de acupuntura, que produzem hiperemia (melhoria da circulação do sangue) e, consequentemente, efeitos terapêuticos.
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QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS?
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QUEM PODE FAZER?
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COMO FUNCIONA O MÉTODO?
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POR QUE A VENTOSATERAPIA É TÃO PRATICADA POR ATLETAS DE ELITE?
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NOSSO VEREDICTO
Como corredora amadora, a sensação de dor nos músculos das pernas é frequente. Ao apontar que meu desconforto maior era na região posterior das coxas, Dr. Hong logo esclareceu que isso é consequência de tensões existentes em outras áreas, como nas partes internas e no tronco – o que, no meu caso, faz com que eu corra com os pés voltados para levemente para dentro e me deixe propensa a desenvolver alguma lesão. Também chamei atenção para dores nos ombros, “duros como pedra”, e focamos a ventosaterapia nestes dois problemas.Nas pernas, Dr. Hong aplicou as ventosas nas regiões internas dos tornozelos e das coxas, onde elas permaneceram fixas por cerca de 10 minutos. A sensação de alívio é imediata: se você é adepta do rolo de liberação miofascial (e sofre de dor quando ele passa pela posterior da coxa), sabe o quão desconfortável esse processo pode ser – com a ventosaterapia, esta dor desaparece. “É um tratamento ótimo para se fazer no dia anterior a competições e treinos longos”, afirma Dr Hong. Pernas mais leves e livres de dor: check.
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Nas costas, a dor resultante de musculação, corrida e ficar-sentada-de-frente-para-o-computador-o-dia-inteiro foi solucionada com um mix de acupuntura e ventosaterapia. Foram aplicados seis copos pequenos, médios e grandes em toda a extensão da minha coluna, além de agulhas na região dos ombros. Após cerca de 15 minutos, havia “soltado” completamente toda a minha coluna – e adeus dor.
Meu veredicto? Sem dúvida alguma faria de novo, mantendo a frequência de uma ou duas vezes por semana e marcando sempre uma sessão para 24 horas antes de provas de corrida ou treinos longos mais importantes.