A dor nociplástica é definida pela “Associação Internacional para o Estudo da Dor” como dor que surge da nocicepção alterada, apesar de nenhuma evidência clara de dor nociceptiva ou neuropática. Suspeita-se que a dor aumentada do sistema nervoso central e o processamento sensorial com modulação da dor alterada sejam o mecanismo de dor nociplástica.
Imagine sentir dor por meses a fio, sem uma lesão aparente ou exame que a explique. Esse é o desafio enfrentado por quem sofre de dor nociplástica crônica. Reconhecida recentemente pela comunidade médica, a dor nociplástica é um tipo de dor crônica real que não se encaixa nos padrões tradicionais de dor por inflamação ou por lesão nervosa.
Em outras palavras, é uma dor que surge mesmo sem dano tecidual ou nervoso detectável, devido a alterações na forma como o sistema nervoso processa os sinais de dor.
Definição pela IASP (Associação Internacional para o Estudo da Dor)
A dor nociplástica é definida como “dor que surge da nocicepção alterada, apesar de não haver evidência clara de dano tecidual real ou ameaçado que cause ativação de nociceptores periféricos ou evidência de doença ou lesão do sistema somatossensorial que cause a dor”.
Os critérios para possível manifestação de dor nociplástica no sistema musculoesquelético definem um mínimo de 4 condições:
- duração da dor superior a 3 meses;
- distribuição regional, multifocal ou disseminada, em vez de discreta, da dor;
- dor não pode ser inteiramente explicada por mecanismos nociceptivos ou neuropáticos; e
- sinais clínicos de hipersensibilidade à dor presentes na região da dor.
Sintomas
Dor difusa
Afeta várias áreas do corpo sem um local único de lesão. O paciente relata uma dor persistente e profunda, que pode variar de incômodo moderado até dores intensas e incapacitantes.
Dor persistente e profunda
Varia de incômodo moderado até dores intensas e incapacitantes.
Sensação de rigidez ou queimação
Frequentemente relatada nos locais doloridos.
Fadiga intensa e sono de baixa qualidade
Paciente acorda cansado mesmo após dormir.
Dificuldades cognitivas
Falta de concentração e lapsos de memória.
Hipersensibilidade a estímulos
Toques leves ou pressão suave podem desencadear dor.
Alodinia
Dor provocada por estímulos normalmente indolores.
Hiperalgesia
Resposta aumentada a estímulos dolorosos.
Causas
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01.Sensibilização central
Fenômeno de aumento do “volume” da dor no sistema nervoso, com amplificação dos sinais dolorosos e redução da inibição da dor. -
02.Predisposição genética
Fatores hereditários que aumentam a sensibilidade ao surgimento de dor nociplástica. -
03.Traumas físicos ou emocionais
Histórico de lesões ou eventos emocionais intensos que podem desencadear desequilíbrio na rede de dor. -
04.Infecções de repetição
Episódios recorrentes de infecções que podem influenciar na modulação da dor central. -
05.Estresse severo
Altos níveis de estresse psicológico que contribuem para a desregulação da dor. -
06.Alterações neuroquímicas
Aumento de substâncias excitatórias e redução de substâncias inibitórias no sistema nervoso central. -
07.Mecanismos de dor mista
Coexistência com processos nociceptivos ou neuropáticos em quadros de dor mista.
Doenças relacionadas
Várias condições crônicas hoje são entendidas como síndromes de dor nociplástica ou com forte componente nociplástico. Entre elas, destacam-se:
Fibromialgia
É considerada o exemplo clássico da dor nociplástica. Causa dor generalizada por todo o corpo por pelo menos 3 meses, acompanhada de fadiga, sono não reparador e frequentes alterações de humor (ansiedade, depressão).
Síndrome do intestino irritável (SII)
Distúrbio funcional do sistema digestório que provoca dor abdominal crônica, associada a inchaço, gases, diarreia e/ou constipação, sem lesão ou inflamação detectável.
Cefaleia tensional crônica
Dor de cabeça do tipo tensional, frequentemente diária ou quase diária, relacionada a tensão muscular e estresse, sem alterações estruturais no cérebro. É uma dor real que não mostra alterações estruturais no cérebro.
Enxaqueca crônica
Crises de enxaqueca que ocorrem em mais de 15 dias por mês, compartilhando traços de sensibilização central apesar de mecanismos neurológicos específicos. Quando se torna crônica compartilha traços de sensibilização central, levando a uma dor persistente sem lesão aguda.
Síndrome da bexiga dolorosa
Dor crônica na região da bexiga e pelve com urgência urinária, sem infecção ou causa identificável.
Disfunção temporomandibular (DTM)
Dor crônica na mandíbula e articulação temporomandibular, causando dificuldade para mastigar e dores de cabeça, sem alteração óssea significativa. Frequentemente não há uma alteração óssea significativa, sendo a dor atribuída a desregulação dos nervos e músculos locais.
Opções de tratamento
Educação e autocuidado
Programas educativos e de autogestão da dor que ajudam o paciente a entender a natureza da dor e adotar hábitos saudáveis como alimentação balanceada, sono adequado e atividade física regular.
Fisioterapia e exercícios
Exercícios aeróbicos leves, alongamentos, hidroterapia, terapia manual, ioga e tai chi para reduzir a sensibilidade do sistema nervoso e liberar endorfinas.
Suporte psicológico
Terapia cognitivo-comportamental, técnicas de relaxamento, meditação e mindfulness para reduzir o estresse e reformular pensamentos negativos.
Antidepressivos
Duloxetina e amitriptilina em baixas doses para modular neurotransmissores ligados à dor e melhorar o sono.
Anticonvulsivantes
Pregabalina e gabapentina para estabilizar a hiperatividade neural e reduzir a sensibilização.
Infusões de cetamina e lidocaína
Administração intravenosa em doses baixas para recalibrar caminhos de dor no sistema nervoso central em casos refratários.
Canabinoides medicinais
Uso de derivados da cannabis, como o canabidiol (CBD), para controle da dor crônica e dos distúrbios do sono.
Estimulação magnética transcraniana (EMT)
Técnica não invasiva que utiliza campos magnéticos para estimular áreas do cérebro relacionadas à dor e ao humor.
Estimulação elétrica transcutânea dos nervos (TENS)
Dispositivo de eletroestimulação aplicado sobre a pele para aliviar dores musculares localizadas de baixo risco.
Neuromodulação invasiva
Implantação de estimuladores da medula espinhal para modulação de sinais dolorosos em casos graves.
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