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A importância do sono para uma coluna sem dores

É provável que já tenha ouvido falar que, para evitar a dor na coluna, é necessário manter uma boa postura, utilizar um colchão adequado e agachar-se corretamente ao pegar objetos.

Mas e o sono? Qual a relação entre dormir bem e as suas dores? A seguir, exploraremos as vantagens do sono para a coluna vertebral e as melhores posições para dormir, garantindo a saúde das suas costas.

Estudos indicam que milhões de pessoas sofrem de problemas graves de sono que são frequentemente ignorados — muitos não relatam os sintomas e, consequentemente, não recebem diagnóstico. O tratamento de condições como insônia e apneia do sono é fundamental, pois a negligência nestes casos pode agravar quadros de dor crônica.

O Ciclo Vicioso da Coluna

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Distúrbios do sono estão entre as queixas mais frequentes em pacientes com dores crônicas.

Estudos sugerem uma relação recíproca: a dor prejudica a continuidade e a qualidade do sono, e um sono de má qualidade agrava a percepção da dor. Isso indica que o tratamento eficaz dos distúrbios do sono deve ser um objetivo central, trazendo benefícios que vão além do descanso, impactando diretamente no alívio da dor.

Durante o sono, o corpo permanece ativo biologicamente. É nesse período que ocorre a recuperação energética, a regulação do metabolismo e a síntese de hormônios vitais. Uma noite de sono reparadora é essencial para a regeneração dos tecidos e para o bem-estar físico e mental no dia seguinte.

A privação de sono resulta em fadiga, sonolência excessiva e sobrecarga cognitiva. Além disso, o repouso adequado traz benefícios diretos para a musculatura, permitindo o relaxamento das tensões acumuladas.

Síndromes de dor crônica estão frequentemente associadas a alterações na arquitetura do sono. Uma perspectiva clínica importante é que os distúrbios do sono afetam diretamente a intensidade da dor e a qualidade de vida do paciente.

Como você dorme?

Escolha sua posição para ver o ajuste que protege a coluna:

O sono e a coluna

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A qualidade do repouso depende diretamente do suporte oferecido pelo colchão. O conforto pode ser medido pela frequência de movimentos que uma pessoa faz durante a noite. Se o colchão exerce pressão excessiva em pontos específicos do corpo ou não oferece suporte adequado, a pessoa tende a se mover — consciente ou inconscientemente — para aliviar o desconforto.

Ciclos do Sono e Recuperação: Uma noite saudável envolve de quatro a seis ciclos de sono, compostos pelo sono REM (movimento rápido dos olhos) e não-REM (que inclui o sono profundo). As fases de sono profundo são cruciais, pois é nelas que ocorre o maior relaxamento muscular e recuperação física.

Fragmentação do Sono: Quando o desconforto físico força uma mudança de posição, a pessoa pode sofrer um “microdespertar”, saindo do sono profundo para um estágio mais leve. Quanto mais frequentes forem esses despertares, menos reparador será o sono, resultando em cansaço e dores no dia seguinte.

A postura ao dormir é vital para a saúde da coluna. O repouso noturno permite a reidratação dos discos intervertebrais e o relaxamento da musculatura paravertebral, preparando o corpo para a carga mecânica do dia seguinte.

Uma boa noite de sono ajuda na prevenção de lesões musculares. Quando os músculos não descansam, permanecem tensionados, aumentando a pressão sobre as articulações e discos da coluna (discos intervertebrais). A longo prazo, essa falta de recuperação pode contribuir para patologias como a hérnia de disco.

Durante o sono, ocorre um processo fisiológico importante: os discos intervertebrais absorvem fluidos, recuperando sua altura e propriedades de amortecimento. A privação crônica de sono interrompe esse processo regenerativo, o que pode acelerar o desgaste natural da coluna e o aparecimento de dores.

Pesquisas sobre a interação entre dor e sono demonstram que indivíduos com distúrbios do sono apresentam risco elevado de desenvolver dores crônicas no futuro, variando de curto prazo (1 ano) a longo prazo (até 28 anos).

Qual a altura ideal do seu travesseiro?

Se você dorme de lado, a altura depende do seu ombro.

Sono e dor

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Estudos laboratoriais indicam que a privação de sono pode induzir hiperalgesia (aumento da sensibilidade à dor) em humanos e pode prejudicar o funcionamento dos sistemas naturais de alívio da dor do corpo (sistemas inibitórios endógenos).

Além disso, o monitoramento de pacientes com dor crônica revela uma relação bidirecional: o aumento da dor durante o dia está associado a uma noite de sono subsequente ruim, enquanto o sono de má qualidade tende a aumentar a intensidade da dor no dia seguinte.

Estudos de longo prazo sugerem que despertares noturnos frequentes estão associados a maior severidade de dor articular em pacientes com condições reumáticas, e que problemas subjetivos de sono aumentam o risco de desenvolvimento de dor generalizada na população em geral.

Em resumo, a ciência mostra que a dor prejudica a qualidade do sono (mais de 50% dos pacientes com dor relatam distúrbios significativos) e que o sono perturbado, por sua vez, amplia a percepção e a experiência dolorosa.

Higiene do Sono: Dicas Práticas

Para quem sofre de insônia ou sono não reparador, adotar medidas de higiene do sono é essencial para a recuperação da coluna e bem-estar geral.

1. Regularidade de Horários: Tente dormir e acordar no mesmo horário todos os dias. A maioria dos adultos necessita de 7 a 8 horas de sono. Estabelecer essa rotina ajuda a regular o relógio biológico, facilitando o adormecer.

2. Ambiente Adequado: Transforme o seu quarto em um local propício ao descanso. Mantenha o ambiente escuro, silencioso e com temperatura agradável. A poluição sonora e luminosa interfere diretamente na produção de melatonina (hormônio do sono).

3. Gerenciamento da Ansiedade: Evite ruminar problemas na hora de deitar. O estresse ativa o sistema de alerta do corpo, impedindo o relaxamento. Técnicas de respiração ou meditação podem ajudar a acalmar a mente antes de dormir.

4. Atividade Física: A prática regular de exercícios melhora a qualidade do sono. No entanto, evite treinos muito intensos próximo à hora de dormir, pois o aumento da temperatura corporal e da adrenalina pode dificultar o sono.

5. Alimentação: Evite refeições pesadas, cafeína (café, chás estimulantes, refrigerantes) e álcool perto do horário de dormir. Embora o álcool possa induzir o sono inicialmente, ele fragmenta os ciclos de sono durante a noite, impedindo o descanso profundo.

Checklist da Noite Sem Dor

Marque o que você fez hoje:

Dormir bem é o melhor remédio natural.

Posição na cama

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A posição em que dorme é fundamental para o alinhamento da coluna vertebral. O cuidado com a postura não deve se restringir ao horário de trabalho; a ergonomia do sono é igualmente importante para prevenir dores matinais e rigidez.

Vida útil do equipamento: Colchões e travesseiros perdem a densidade e capacidade de suporte com o tempo. Recomenda-se avaliar a troca do colchão a cada 5 a 10 anos, dependendo da qualidade do material, e do travesseiro com maior frequência.

Posição Lateral (De Lado): É a posição mais recomendada para a maioria das pessoas. Para manter o alinhamento correto da coluna, utilize um travesseiro que preencha o espaço entre a orelha e o ombro (mantendo o pescoço reto) e coloque um travesseiro fino entre os joelhos para alinhar o quadril.

Decúbito Dorsal (Barriga para Cima): Se preferir esta posição, é essencial colocar um travesseiro sob os joelhos. Isso reduz a tensão na região lombar, permitindo que a coluna fique bem apoiada e relaxada.

O Mito do Colchão Duro

Muito Duro

Não respeita as curvas naturais (ombro e quadril). A coluna fica “reta” de forma forçada, deixando a lombar sem apoio (buraco).

Densidade Certa

O colchão cede onde você é pesado (quadril/ombro) e sustenta onde você é leve (cintura/pescoço). A coluna fica alinhada.

Dr. Andrew Seung Ho Park

CRM-SP: 157730 / RQE: 67991 | Médico Fisiatra e Neurofisiologista. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Residência Médica em Fisiatria e Neurofisiologia Clínica (Eletroneuromiografia, Aplicação de Toxina Botulínica tipo A) pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Professor Colaborador do Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa (CEIMEC). Título de Especialista em Acupuntura pelo Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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