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Fissura do Ânulo Fibroso: Preciso me Preocupar?

O que é a fissura do ânulo fibroso?

A fissura do ânulo fibroso (também conhecida como fissura anular ou, em inglês, annular tear) é uma lesão caracterizada por um rasgo ou abertura nas camadas do ânulo fibroso, a estrutura externa e resistente que envolve o disco intervertebral.

Para entender melhor: imagine o disco intervertebral como uma espécie de almofada entre as vértebras da coluna. Essa almofada possui duas partes principais: um núcleo gelatinoso no centro (núcleo pulposo) e uma capa externa mais firme ao redor (ânulo fibroso). A fissura ocorre quando essa capa protetora externa sofre uma ruptura, seja parcial ou completa.

Essa lesão pode desenvolver-se de duas formas principais: gradualmente, como resultado do desgaste natural ao longo dos anos (processo degenerativo), ou de forma súbita, por um trauma ou esforço intenso. A forma degenerativa é significativamente mais comum.

É importante saber que muitas fissuras são descobertas acidentalmente em exames de imagem realizados por outros motivos, sem que a pessoa apresente qualquer sintoma. No entanto, quando sintomática, a fissura pode causar dor significativa e impactar a qualidade de vida do paciente.

Anatomia do Disco Intervertebral

Vértebra Superior Vértebra Inferior
Ânulo Fibroso (camadas externas)
Núcleo Pulposo (gel interno)
Fissura/Ruptura

O ânulo fibroso é composto por várias camadas concêntricas de fibras de colágeno que envolvem e protegem o núcleo pulposo gelatinoso. A fissura representa uma ruptura nessas camadas protetoras.

O ânulo fibroso e sua função na coluna vertebral

O ânulo fibroso constitui a porção externa do disco intervertebral. Sua estrutura é formada por múltiplas camadas concêntricas (como as camadas de uma cebola) compostas por fibras resistentes de colágeno tipo I, dispostas em padrões alternados que se cruzam entre si.

Essa estrutura única tem funções essenciais para a saúde da coluna:

Proteção do núcleo pulposo: O ânulo envolve e contém o núcleo pulposo, a parte interna gelatinosa do disco, impedindo que esse material escape de sua posição.

Absorção de impactos: Funciona como um amortecedor natural, absorvendo o peso corporal e as cargas sobre a coluna durante atividades cotidianas como caminhar, sentar, levantar objetos e praticar exercícios.

Distribuição de pressão: A arquitetura em camadas cruzadas permite distribuir uniformemente a pressão entre as vértebras adjacentes, evitando pontos de sobrecarga.

Estabilidade da coluna: Contribui para manter a estabilidade e o alinhamento adequado das vértebras durante os movimentos.

Um aspecto clinicamente importante é que a porção externa do ânulo fibroso possui rica inervação (muitas terminações nervosas). Isso significa que lesões nessa região externa podem ser particularmente dolorosas, pois ativam diretamente esses nervos sensitivos.

Artrose, bico de papagaio, osteofito, degeneração do disco
A fissura do ânulo fibroso resulta, na maioria dos casos, de desgaste crônico acumulado ao longo dos anos, embora traumas agudos também possam ser responsáveis.

Causas da fissura do ânulo fibroso

Embora o termo ruptura ou rasgo sugira um evento traumático súbito, a realidade é que a grande maioria das fissuras do ânulo fibroso resulta de processos degenerativos, ou seja, do desgaste gradual e crônico do disco intervertebral ao longo do tempo.

Degeneração natural (causa mais comum): Com o passar dos anos, os discos intervertebrais naturalmente perdem água e nutrientes, tornando-se menos flexíveis e mais frágeis. Esse processo de desidratação enfraquece progressivamente as camadas do ânulo fibroso, tornando-as mais suscetíveis a desenvolver rachaduras e fissuras, mesmo sem um evento traumático específico.

Fatores que aceleram a degeneração: Determinadas condições podem acelerar esse processo natural de desgaste:

  • Má postura mantida por longos períodos
  • Movimentos repetitivos de flexão e torção da coluna
  • Levantamento frequente de peso com técnica inadequada
  • Tabagismo (reduz a oxigenação dos tecidos discais)
  • Excesso de peso corporal (aumenta a carga sobre os discos)
  • Sedentarismo (enfraquece a musculatura de suporte)

Trauma agudo (causa menos frequente): Em alguns casos, a fissura pode ocorrer de forma súbita devido a um evento específico, como levantar um objeto muito pesado com movimento brusco, sofrer uma queda, ou durante um acidente. Movimentos que combinam flexão (curvar-se para frente) e torção (girar o tronco) simultaneamente, especialmente quando há carga adicional, são particularmente arriscados para causar rupturas discais agudas.

Sintomas e Sinais Clínicos

dor coluna lombar 2

É fundamental entender que muitas fissuras do ânulo fibroso são completamente assintomáticas. Frequentemente, são descobertas por acaso em exames de ressonância magnética realizados para investigar outras condições. Isso significa que ter uma fissura não implica necessariamente em ter dor ou limitações.

Quando a fissura produz sintomas, sua intensidade e características variam conforme a localização (cervical, torácica ou lombar), a profundidade da lesão e se há ou não envolvimento de estruturas nervosas adjacentes.

Os sinais clínicos mais comuns incluem:

  • Dor localizada na coluna: Geralmente sentida na região do disco afetado, podendo ser uma dor constante ou intermitente. Em casos de lesão súbita, o paciente pode relatar uma dor aguda intensa, com sensação de que a coluna travou ou bloqueou em determinada posição.
  • Rigidez e espasmo muscular: Os músculos ao redor da coluna (musculatura paravertebral) podem entrar em espasmo como mecanismo de proteção, causando rigidez e limitação dos movimentos. Essa é uma resposta natural do corpo para imobilizar a área lesionada.
  • Piora da dor com esforços específicos: Atividades que aumentam a pressão dentro do disco, como permanecer sentado por longos períodos, tossir, espirrar, evacuar com esforço ou levantar objetos, tendem a intensificar os sintomas.
  • Dor irradiada para membros: Quando há irritação ou compressão de raízes nervosas próximas, pode ocorrer dor que se espalha para braços (em fissuras cervicais) ou pernas (em fissuras lombares), frequentemente acompanhada de formigamento, dormência ou sensação de fraqueza muscular.

Avaliação de Sintomas

Selecione os sintomas que você está experimentando para entender melhor sua situação

Esta ferramenta é apenas informativa e não substitui avaliação médica profissional.

Diagnóstico e Investigação Médica

Ao apresentar dor lombar ou cervical, especialmente quando associada a movimentos específicos ou com sintomas neurológicos, é importante buscar avaliação médica especializada para diagnóstico correto e orientação adequada.

Avaliação clínica inicial: O diagnóstico começa com uma consulta médica detalhada, na qual o profissional colherá seu histórico (quando começou a dor, como ela se comporta, o que melhora ou piora) e realizará um exame físico completo. Durante o exame, são avaliados a amplitude de movimento da coluna, a presença de pontos dolorosos, a força muscular e os reflexos. Manobras que aumentam a pressão nos discos, como solicitar que o paciente tussa ou realize determinados movimentos, ajudam a identificar se há envolvimento discal.

Ressonância magnética (RM): Este é o exame de escolha para confirmar a presença de fissura do ânulo fibroso. A ressonância magnética consegue visualizar os tecidos moles da coluna com grande detalhamento, permitindo identificar a chamada high-intensity zone (zona de alta intensidade), que aparece como um ponto brilhante no ânulo fibroso e indica a presença de fissura com processo inflamatório associado.

Outros exames: Em casos selecionados, podem ser solicitados exames complementares como a discografia (injeção de contraste no disco para avaliar se ele é a fonte da dor) ou tomografia computadorizada. Esses exames são menos utilizados rotineiramente, sendo reservados para situações específicas de dúvida diagnóstica ou planejamento de procedimentos.

Diante de dor intensa, persistente por mais de algumas semanas, ou acompanhada de sintomas neurológicos como formigamento, dormência ou fraqueza nos membros, é fundamental buscar avaliação médica. Embora a fissura do ânulo fibroso em si não represente risco de vida, a investigação adequada é essencial para descartar complicações mais sérias, como compressão significativa de nervo ou medula espinhal, e para orientar o tratamento mais apropriado para cada caso.
Alterações no Disco: Hérnia, protusão, desgaste, degeneração

Riscos e Possíveis Complicações

Uma fissura do ânulo fibroso isolada não é, em geral, uma condição perigosa no sentido de ameaçar a vida ou levar inevitavelmente à incapacidade permanente.

Na maioria dos casos, trata-se de uma alteração benigna que apresenta bom prognóstico, com tendência à cicatrização gradual ao longo de algumas semanas quando são adotadas as medidas terapêuticas adequadas.

No entanto, isso não significa que a condição deva ser ignorada ou negligenciada. É importante conhecer os principais riscos associados para poder atuar preventivamente:

Dor crônica (dor discogênica)

Em algumas pessoas, a fissura pode evoluir para um quadro de dor persistente. Isso ocorre principalmente quando há formação de tecido de granulação (tecido de cicatrização) na região da lesão, acompanhado do crescimento de novas terminações nervosas nessa área. Essa situação pode resultar em dor lombar ou cervical crônica de origem discal (dor discogênica), que persiste mesmo após o período esperado de cicatrização.

Progressão para hérnia de disco

A fissura no ânulo fibroso pode funcionar como uma porta de saída para o material do núcleo pulposo. Se parte desse conteúdo gelatinoso central escapar através da abertura no ânulo, configura-se uma hérnia de disco. A hérnia pode então comprimir raízes nervosas adjacentes, causando dor irradiada, formigamento e fraqueza nos membros, ou mesmo comprimir a medula espinhal em casos mais graves de fissuras cervicais ou torácicas.

Vulnerabilidade a novas lesões

Uma vez que o ânulo fibroso sofreu uma ruptura, mesmo após a cicatrização, aquela região pode permanecer ligeiramente mais frágil que o tecido original. Isso significa que existe maior vulnerabilidade a novas lesões no futuro caso não sejam adotadas medidas de proteção e fortalecimento da coluna. Além disso, os mesmos fatores degenerativos que causaram a fissura inicial podem afetar outros discos da coluna, podendo levar a lesões em níveis adjacentes ao longo do tempo.

Fluxo de Tratamento da Fissura do Ânulo Fibroso

1

Fase Aguda (Primeiras 2-4 semanas)

  • Repouso relativo (evitar esforços, não ficar totalmente parado)
  • Medicamentos: analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares
  • Aplicação de gelo ou calor conforme orientação médica
  • Posições de alívio e cuidados posturais
2

Reabilitação (4-12 semanas)

  • Fisioterapia motora com exercícios específicos
  • Fortalecimento do core e musculatura paravertebral
  • Alongamentos e mobilização progressiva
  • Técnicas como Pilates e RPG podem ser indicadas
  • Hidroterapia em casos selecionados
3

Se Não Houver Melhora Adequada

  • Reavaliação médica e possíveis exames complementares
  • Procedimentos minimamente invasivos: infiltrações, bloqueios
  • Terapias complementares: acupuntura médica, ondas de choque
  • Ajuste do programa de reabilitação
4

Cirurgia (Raramente Necessária)

Reservada para casos com compressão neurológica importante ou falha de todos os tratamentos conservadores após meses de acompanhamento. A grande maioria dos pacientes melhora sem necessidade de cirurgia.

Importante: O tempo de recuperação varia conforme cada paciente. Siga sempre as orientações do seu médico.

Tratamento

O tratamento da fissura do ânulo fibroso é, na grande maioria dos casos, conservador (não cirúrgico). O objetivo principal é controlar a dor, reduzir a inflamação, permitir a cicatrização natural do tecido e prevenir novas lesões. As opções terapêuticas incluem:

Medicamentos

O tratamento medicamentoso visa controlar a dor e a inflamação, permitindo que o paciente mantenha suas atividades básicas e participe da reabilitação. As principais classes de medicamentos utilizadas incluem:

Analgésicos simples: Como paracetamol e dipirona, são geralmente a primeira linha para dor leve a moderada, com bom perfil de segurança.

Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): Medicamentos como ibuprofeno, naproxeno e diclofenaco ajudam a reduzir tanto a dor quanto a inflamação local. Devem ser usados pelo menor tempo necessário devido aos possíveis efeitos colaterais gástricos e renais.

Relaxantes musculares: Podem ser prescritos quando há espasmo muscular significativo contribuindo para o quadro doloroso, ajudando a aliviar a tensão da musculatura paravertebral.

Analgésicos opioides: Em casos de dor intensa que não responde aos medicamentos anteriores, o médico pode prescrever opioides fracos (como tramadol ou codeína) por período curto e controlado. Esses medicamentos requerem acompanhamento médico próximo devido ao risco de dependência.

Repouso Relativo e Modificação de Atividades

Nos primeiros dias após o início dos sintomas, é recomendável reduzir atividades que sobrecarreguem a coluna. No entanto, o repouso absoluto prolongado não é indicado e pode até prejudicar a recuperação, levando a enfraquecimento muscular e rigidez.

O ideal é o chamado repouso relativo: evitar esforços intensos, levantamento de peso e movimentos bruscos, mas manter-se em movimento com atividades leves como caminhadas curtas. Adotar posições que aliviem a pressão sobre os discos também ajuda na fase inicial.

À medida que a dor diminui, a atividade física deve ser gradualmente retomada, sempre respeitando os limites do corpo e as orientações médicas.

Fisioterapia e Reabilitação

A fisioterapia é um componente fundamental do tratamento da fissura do ânulo fibroso, contribuindo para a recuperação funcional e prevenção de recorrências.

Fortalecimento do core: Exercícios específicos para fortalecer os músculos abdominais, lombares e paravertebrais criam um suporte natural para a coluna, reduzindo a sobrecarga sobre os discos.

Exercícios de estabilização: Técnicas que ensinam o paciente a manter a coluna em posição neutra durante as atividades, protegendo os discos.

Alongamentos: Melhoram a flexibilidade da musculatura ao redor da coluna, reduzindo tensões e melhorando a mobilidade.

Pilates e RPG (Reeducação Postural Global): Modalidades que trabalham postura, consciência corporal e fortalecimento de forma integrada, sendo muito úteis na reabilitação e prevenção.

Hidroterapia: Exercícios realizados em piscina aquecida, onde a flutuação reduz o peso sobre a coluna, permitindo movimentação com menos dor.

Técnicas de descompressão: Em alguns casos, podem ser utilizados métodos de tração para aliviar a pressão sobre os discos.

Procedimentos Minimamente Invasivos

Quando a dor persiste apesar do tratamento conservador inicial, podem ser considerados procedimentos minimamente invasivos realizados por médicos especialistas em dor:

Infiltração epidural de corticoides: Consiste na injeção de medicação anti-inflamatória (corticoide) no espaço epidural, próximo à raiz nervosa afetada. O objetivo é reduzir a inflamação local e proporcionar alívio da dor, especialmente quando há componente de dor irradiada para os membros.

Bloqueios facetários: Injeções nas articulações facetárias da coluna, que podem estar sobrecarregadas devido à disfunção discal.

Injeções intradiscais de PRP (Plasma Rico em Plaquetas): Técnica ainda em estudo que visa estimular a regeneração do tecido discal lesionado utilizando componentes do próprio sangue do paciente.

Acupuntura médica e dry needling: Técnicas que podem auxiliar no controle da dor e relaxamento muscular.

Outras terapias: Ondas de choque, laser de alta intensidade e eletroestimulação podem ser opções complementares em casos selecionados.

Cirurgia

A necessidade de tratamento cirúrgico para fissuras do ânulo fibroso é rara. A cirurgia fica reservada para situações específicas:

Progressão para hérnia com compressão neurológica: Quando a fissura evolui para uma hérnia de disco com compressão significativa de raiz nervosa, causando déficit neurológico progressivo (fraqueza muscular importante, alteração de reflexos) ou dor incapacitante que não responde a outros tratamentos.

Falha do tratamento conservador: Casos em que a dor persiste de forma significativa após meses de tratamento conservador adequado, impactando severamente a qualidade de vida.

Síndrome da cauda equina: Situação de emergência (rara) em que há compressão do feixe de nervos na região lombar baixa, causando alteração do controle da bexiga/intestino. Requer cirurgia urgente.

Os procedimentos cirúrgicos podem incluir microdiscectomia (remoção da porção herniada do disco) ou, em casos selecionados, outras técnicas como fusão vertebral. A decisão cirúrgica é sempre individualizada e discutida detalhadamente entre médico e paciente.

Tratamento Especializado em Dor

A Clínica Dr. Hong Jin Pai oferece tratamento completo para fissura do ânulo fibroso e outras condições da coluna vertebral. Nossa equipe é formada por médicos e fisioterapeutas especialistas em Dor, com formação pelo Hospital das Clínicas da FMUSP.

Tratamentos não cirúrgicos disponíveis:

Acupuntura médica • Dry needling • Fisioterapia motora • Pilates • RPG
Ondas de choque • Laser de alta intensidade • Infiltrações • Bloqueios

📍 Alameda Jaú, 687 – Jardim Paulista – São Paulo/SP

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Com o tratamento adequado e acompanhamento médico apropriado, a tendência natural é que a fissura do ânulo fibroso cicatrize gradualmente. A maioria dos pacientes apresenta melhora significativa dos sintomas dentro de algumas semanas a poucos meses.

Prevalência e Fatores de Risco

Estudos de imagem mostram que fissuras anulares são surpreendentemente comuns na população, especialmente em adultos de meia-idade e idosos. Pesquisas indicam que a prevalência pode chegar a até 50% em exames de ressonância magnética de indivíduos que não apresentam nenhum sintoma de dor nas costas.

Isso demonstra que pequenas fissuras nos discos intervertebrais fazem parte do processo degenerativo natural da coluna em grande parte da população e podem existir sem causar qualquer problema. Ter uma fissura no exame de imagem não significa necessariamente que ela seja a causa de dor ou que vá causar problemas no futuro.

Compreender os fatores de risco ajuda tanto na prevenção quanto no entendimento da condição:

Autoavaliação de Fatores de Risco

Marque os fatores que se aplicam a você para conhecer seu perfil de risco

Esta ferramenta é apenas educativa. Consulte um médico para avaliação personalizada.

Idade

O risco de fissuras anulares aumenta progressivamente com o envelhecimento. Embora sejam raras em jovens, tornam-se mais frequentes a partir da quarta década de vida. Estudos indicam maior prevalência entre 30 e 50 anos, período em que as alterações degenerativas significativas nos discos começam a se manifestar. Após os 60 anos, algum grau de degeneração discal está presente na maioria das pessoas.

Esforço Físico e Tipo de Trabalho

Determinadas atividades profissionais impõem maior estresse aos discos intervertebrais. Profissões que envolvem levantamento frequente de peso, movimentos repetitivos de flexão e torção da coluna, ou exposição a vibração (como trabalhadores da construção civil, enfermeiros, motoristas de caminhão e operadores de máquinas pesadas) apresentam maior incidência de problemas discais. Atletas de esportes de alto impacto e praticantes de musculação com técnica inadequada também estão em risco aumentado.

Má Postura Crônica

Permanecer longos períodos em posturas inadequadas – como trabalhar sentado em cadeira sem suporte lombar, usar computador ou celular com a cabeça projetada para frente, ou dormir em posições que forçam a coluna – impõe estresse desigual sobre os discos. Ao longo de meses e anos, essa sobrecarga assimétrica acelera o desgaste discal e favorece o aparecimento de fissuras nas áreas mais sobrecarregadas.

Sedentarismo e Fraqueza Muscular

A falta de atividade física regular leva ao enfraquecimento dos músculos que dão suporte à coluna vertebral, especialmente os músculos do core (abdominais e paravertebrais). Quando essa musculatura está fraca, os discos passam a suportar uma carga maior, tornando-se mais vulneráveis a lesões. Além disso, o sedentarismo prejudica a circulação e a nutrição dos tecidos discais.

Tabagismo

O cigarro exerce efeito particularmente nocivo sobre os discos intervertebrais. As substâncias tóxicas do tabaco prejudicam a microcirculação sanguínea que nutre os discos, aceleram a perda de água e colágeno, e interferem nos processos de reparo tecidual. Fumantes apresentam degeneração discal mais precoce e mais acentuada em comparação a não fumantes, além de pior resposta aos tratamentos.

Obesidade e Sobrepeso

O excesso de peso corporal aumenta significativamente a carga mecânica sobre a coluna vertebral, especialmente na região lombar. Cada quilo adicional representa uma força extra sobre os discos durante as atividades diárias. Estudos mostram que pessoas obesas apresentam maior incidência de degeneração discal, fissuras anulares e hérnias de disco em comparação a indivíduos com peso saudável. A perda de peso pode reduzir substancialmente o estresse sobre os discos.

Predisposição Genética

Fatores hereditários desempenham papel importante na saúde dos discos intervertebrais. Características genéticas podem influenciar a qualidade do colágeno, o conteúdo de água nos discos e a velocidade do processo degenerativo. Pessoas com histórico familiar de problemas na coluna, especialmente degeneração discal precoce ou múltiplas hérnias, podem ter predisposição maior a desenvolver fissuras anulares, mesmo na ausência de outros fatores de risco evidentes.

7 Pilares para uma Coluna Saudável

🏋️

Fortaleça o Core

Exercícios para abdômen e costas criam suporte natural para a coluna

🧘

Cuide da Postura

Mantenha postura adequada ao sentar, ficar em pé e dormir

📦

Levante Peso Certo

Dobre os joelhos, mantenha objeto próximo ao corpo, evite torcer

⚖️

Mantenha Peso Saudável

Cada quilo a menos reduz a sobrecarga sobre seus discos

🚭

Não Fume

O tabaco prejudica a nutrição e acelera a degeneração dos discos

💧

Hidrate-se

Água adequada ajuda a manter os discos hidratados e flexíveis

🏥

Avaliação Regular

Consultas preventivas identificam problemas antes que se agravem

Adotar esses hábitos pode reduzir significativamente o risco de lesões discais e contribuir para uma coluna mais saudável ao longo da vida.

Prevenção

Embora não seja possível evitar completamente o processo natural de envelhecimento dos discos intervertebrais, diversas medidas podem reduzir significativamente o risco de desenvolver fissuras do ânulo fibroso ou retardar sua progressão. A prevenção é especialmente importante para pessoas que já possuem fatores de risco ou histórico de problemas na coluna.

Medidas preventivas eficazes incluem:

  • Exercícios regulares e fortalecimento muscular: Pratique atividades físicas de forma consistente, com ênfase no fortalecimento dos músculos do core (abdominais, lombares e glúteos). Musculatura forte oferece suporte adequado à coluna e reduz a carga sobre os discos.
  • Postura adequada no dia a dia: Mantenha boa postura ao sentar (use cadeira com suporte lombar), ficar em pé e dormir. Evite permanecer na mesma posição por períodos prolongados – faça pausas para se movimentar.
  • Técnica correta ao levantar objetos: Ao erguer peso do chão, dobre os joelhos e mantenha as costas retas, usando a força das pernas. Mantenha o objeto próximo ao corpo e evite torcer o tronco durante o movimento.
  • Controle do peso corporal: Mantenha um peso saudável através de alimentação equilibrada e atividade física. Reduzir o excesso de peso diminui diretamente a pressão sobre os discos intervertebrais.
  • Cessação do tabagismo: Se você fuma, buscar ajuda para parar de fumar é uma das melhores decisões para a saúde da sua coluna (além de todos os outros benefícios para a saúde).
  • Hidratação adequada: Beber água suficiente ao longo do dia ajuda a manter os discos hidratados e em bom funcionamento.
  • Acompanhamento médico preventivo: Avaliações periódicas com especialista permitem identificar alterações precocemente e orientar medidas específicas para cada caso.

Adotar essas medidas como parte do estilo de vida pode diminuir consideravelmente a probabilidade de lesões discais e contribuir para uma coluna mais saudável e funcional ao longo dos anos.

Conclusão

A fissura do ânulo fibroso é uma condição relativamente comum, especialmente com o avançar da idade, e na maioria dos casos apresenta evolução benigna. Com diagnóstico adequado, tratamento conservador bem conduzido e adoção de medidas preventivas, a grande maioria dos pacientes apresenta melhora significativa dos sintomas e consegue retornar às suas atividades normais.

O entendimento de que ter uma fissura no exame de imagem não significa necessariamente ter uma doença grave ou precisar de cirurgia é importante para evitar preocupações desnecessárias. No entanto, sintomas persistentes ou progressivos merecem avaliação médica especializada para garantir o tratamento mais adequado e prevenir complicações.

Se você apresenta dor na coluna ou outros sintomas descritos neste artigo, procure orientação médica para avaliação individualizada e definição do melhor plano de tratamento para seu caso.

Agende sua Avaliação com Especialistas em Dor

A Clínica Dr. Hong Jin Pai é referência em tratamento não cirúrgico de dor na coluna. Nossa equipe é formada por médicos e fisioterapeutas especialistas em Dor, com formação pelo renomado Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Acupuntura médica

Dry needling

Fisioterapia motora

Pilates e RPG

Ondas de choque

Infiltrações e bloqueios

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São Paulo – SP (Região Central)

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Atendimento individualizado em salas privativas

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AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP

Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica

Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.

Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica

Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP

TRATAMENTO DE DOR FISIOTERAPIA CLINICA HONG JIN PAI

Médicos Especialistas em Dor e Acupuntura do HC-FMUSP

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    Acupuntura Médica, Ondas de Choque, Fisioterapia, Infiltrações, Bloqueios Anestésicos, Toxina Botulínica.
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Em nossa clínica, focamos em tratamentos não cirúrgicos. Para a maioria dos casos, iniciamos um tratamento minimamente invasivo com acupuntura médica + fisioterapia. A duração do tratamento, para dores crônicas, pode ser de pelo menos 1 a 3 meses. Assim como outros tratamentos conservadores (como terapias e exercícios), o sucesso no tratamento depende não apenas da equipe médica, mas também da persistência do paciente em seguir a frequência e o tratamento adequado. Em alguns casos, podemos realizar outros tratamentos para dor, como ondas de choque, toxina botulínica e infiltrações.
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Quais são as terapias físicas para o tratamento da dor crônica?
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Clínica Dr. Hong Jin Pai – Centro de Dor, Acupuntura Médica, Fisiatria e Reabilitação.

Al. Jaú 687 – São Paulo – SP

Atendimento de segunda a sábado.

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorado em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).  

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