A neuralgia occipital é uma condição caracterizada por dor intensa, resultante da inflamação ou lesão dos nervos occipitais, que percorrem desde o topo da medula espinhal (na base do pescoço) até o couro cabeludo.
Geralmente, a dor inicia-se na nuca e irradia para cima, podendo atingir o topo da cabeça e a região atrás dos olhos. É comum que o couro cabeludo fique extremamente sensível ao toque, e o paciente pode apresentar sensibilidade à luz (fotofobia).
Embora seus sintomas possam ser confundidos com uma enxaqueca ou outros tipos de cefaleia, a neuralgia occipital é um distúrbio neurológico específico. O diagnóstico médico correto é fundamental, pois o tratamento difere de outras dores de cabeça.
Os episódios podem ser breves e agudos ou evoluir para um quadro de dor crônica, exigindo manejo contínuo.
Nervos Afetados na Neuralgia Occipital
Existem três nervos occipitais principais: o nervo occipital maior, o menor e o terceiro occipital. Eles são responsáveis por transmitir as sensações da parte de trás e superior da cabeça, bem como da região atrás das orelhas, para o cérebro.
Estes nervos emergem da coluna cervical (pescoço), passam por baixo da base do crânio e atravessam os músculos do pescoço até chegarem ao couro cabeludo.
Quando afetados, a dor concentra-se na nuca e no pescoço, irradiando frequentemente para as têmporas, topo do crânio e fundo dos olhos.
A neuralgia occipital é considerada uma cefaleia crônica relativamente rara, afetando estatisticamente cerca de uma em cada 30.000 pessoas.

A neuralgia occipital isolada e verdadeira é pouco frequente. Muitas vezes, o que ocorre é uma inflamação secundária dos nervos devido a outras condições, como enxaquecas crônicas ou tensão muscular severa que comprime o nervo occipital maior, o que pode tornar o diagnóstico desafiador.
Causas da Neuralgia Occipital
Os nervos occipitais transitam da coluna cervical até o couro cabeludo, cruzando uma região anatômica crítica onde músculos como o trapézio se inserem no crânio. Nesta área, os nervos são vulneráveis a aprisionamentos mecânicos.
De forma análoga ao que ocorre na Síndrome do Túnel do Carpo (no punho), o nervo occipital pode sofrer compressão pelos músculos e tendões tensos do pescoço. Essa compressão gera inflamação crônica e danos ao nervo (neuropatia), desencadeando os sintomas dolorosos.
1. Compressão Nervosa
Causa mais comum. Ocorre quando raízes nervosas são pinçadas ao sair da coluna cervical devido a tensão muscular severa, hérnias de disco ou alterações posturais.
2. Trauma ou Lesão
Impactos diretos na parte posterior da cabeça ou lesões tipo “chicote” (whiplash) em acidentes de carro podem danificar os nervos occipitais.
3. Doenças da Coluna Cervical
Condições degenerativas, como artrose facetária, espondilose ou estenose espinhal cervical, podem comprimir as raízes nervosas.
4. Diabetes
O diabetes não controlado pode causar neuropatia periférica, danificando a estrutura dos nervos em todo o corpo, incluindo os occipitais.
5. Inflamação Vascular
Quadros como a vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos) podem comprometer a circulação para o nervo, gerando dor e disfunção.
6. Tensão Muscular Crônica
Espasmos contínuos nos músculos do pescoço e ombros funcionam como uma pinça constante sobre os nervos que atravessam a musculatura.
7. Osteoartrite Cervical
O desgaste das cartilagens e articulações entre as vértebras (C1, C2) pode irritar diretamente os nervos adjacentes.
8. Gota
Embora mais raro nesta região, o acúmulo de cristais de ácido úrico pode ocorrer na coluna cervical, comprimindo os nervos.
9. Infecções
Processos infecciosos locais ou sistêmicos podem, em casos raros, inflamar as estruturas nervosas da região occipital.
10. Tumores (Raro)
Massas ou cistos na região cervical podem exercer pressão sobre as raízes nervosas. Exames de imagem ajudam a descartar essa possibilidade.
Sintomas Característicos
A dor da neuralgia occipital é tipicamente descrita como intensa, perfurante ou em choque. Diferente da dor muscular, ela tende a ser elétrica e aguda, percorrendo da base do pescoço até o couro cabeludo, geralmente em apenas um lado da cabeça.
A área afetada pode ficar hipersensível; atividades simples como pentear o cabelo ou encostar a cabeça no travesseiro podem se tornar insuportáveis (alodinia). Os sintomas podem ocorrer em crises esporádicas ou tornar-se constantes.
1. Dor tipo Choque ou Pontada
Dor aguda e elétrica que segue o trajeto do nervo, partindo da nuca em direção ao topo da cabeça.
2. Dor Retro-orbital
Sensação dolorosa profunda atrás de um dos olhos, frequentemente no mesmo lado da dor no pescoço.
3. Sensibilidade no Couro Cabeludo
Hipersensibilidade onde toques leves (como lavar ou escovar o cabelo) causam dor desproporcional.
4. Fotofobia
Sensibilidade à luz, que pode piorar a sensação dolorosa, assemelhando-se a uma enxaqueca.
5. Rigidez Cervical
Dor e limitação de movimento no pescoço, que muitas vezes precedem a crise de neuralgia.
6. Dor Pulsátil
Em alguns pacientes, a dor pode assumir um caráter pulsante, dificultando a distinção inicial com enxaquecas vasculares.
7. Parestesia
Sensações anormais como formigamento, dormência ou queimação na área da pele suprida pelo nervo afetado.
8. Mobilidade Reduzida
Dificuldade em girar ou mover a cabeça devido à dor intensa ou espasmos musculares protetores.
9. Zumbido
Menos comum, mas alguns pacientes relatam zumbido no ouvido do lado afetado durante as crises.
10. Náuseas
A intensidade severa da dor pode desencadear reflexos vagais, causando náuseas e, ocasionalmente, vômitos.
Diagnóstico Médico
O diagnóstico da neuralgia occipital é eminentemente clínico, baseado na história do paciente e no exame físico. Como os sintomas se sobrepõem a outras cefaleias (como enxaqueca e cefaleia tensional), a avaliação médica especializada é crucial.
Bloqueio Anestésico Diagnóstico
Este é um dos métodos mais eficazes para confirmação. O médico injeta uma pequena quantidade de anestésico local na região do nervo occipital. Se a dor desaparecer ou diminuir significativamente minutos após a injeção, o diagnóstico de neuralgia occipital é fortemente sugerido.
Exame Físico
Durante a consulta, o médico pressionará áreas específicas na base do crânio (Sinal de Tinel) para verificar se o toque reproduz a dor ou choque característico, indicando inflamação nervosa.
Exames de Imagem
A Ressonância Magnética (RM) ou Tomografia (TC) geralmente não mostram o nervo inflamado em si, mas são essenciais para **excluir** outras causas. Elas garantem que a dor não está sendo causada por problemas estruturais na coluna cervical, tumores ou infecções.
Etapas do Diagnóstico
Opções de Tratamento
O tratamento inicial é conservador e visa aliviar a inflamação e relaxar a musculatura. Geralmente inclui repouso relativo, aplicação de compressas mornas e medicamentos prescritos por um médico especialista. Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) auxiliam na redução da dor aguda.
Relaxantes musculares são frequentemente indicados quando há espasmos cervicais significativos comprimindo os nervos. Para a dor crônica e neuropática (originada no nervo), os médicos podem prescrever classes específicas de medicamentos que modulam a dor, como:
- Antidepressivos tricíclicos ou duais (que atuam na inibição da dor, não apenas na depressão).
- Anticonvulsivantes, que ajudam a estabilizar a atividade elétrica dos nervos.
Para pacientes que não obtêm alívio com medicamentos orais, procedimentos minimamente invasivos são o próximo passo:
Bloqueios de Nervo Occipital: Injeções de anestésico local e corticoides diretamente na área afetada para reduzir a inflamação potente.
Toxina Botulínica (Botox): As injeções terapêuticas ajudam a relaxar a musculatura que comprime o nervo e inibem mediadores da dor.
Em casos raros e refratários, onde nenhuma terapia conservadora funciona, opções cirúrgicas como a descompressão do nervo ou a neuroestimulação podem ser avaliadas pelo neurocirurgião.
Botox para Neuralgia Occipital
A aplicação de toxina botulínica (Botox) é uma ferramenta importante no manejo da dor crônica. Ela atua relaxando a musculatura excessivamente contraída que pode estar pressionando os nervos occipitais, além de bloquear substâncias químicas envolvidas na transmissão da dor para o cérebro.
Estudos clínicos demonstram que pacientes submetidos a este tratamento podem experimentar uma redução significativa na frequência e intensidade das crises dolorosas, melhorando sua funcionalidade diária.
Eficácia do Tratamento
O alívio não é imediato; pode levar alguns dias ou semanas para o efeito máximo se estabelecer. O objetivo é reduzir a gravidade da dor e o número de dias com dor por mês, proporcionando melhor qualidade de vida.
Procedimento Tolerável
O procedimento é rápido e realizado em consultório. Utilizam-se agulhas muito finas, causando desconforto mínimo (semelhante a picadas de inseto). O uso de gelo ou anestésicos tópicos pode aumentar o conforto.
Duração do Efeito
O efeito terapêutico é temporário, durando geralmente cerca de 3 a 4 meses. O tratamento pode ser repetido periodicamente conforme orientação médica para manter a dor sob controle a longo prazo.
Prognóstico e Conclusão
A neuralgia occipital não é uma condição fatal, mas pode ser incapacitante se não tratada. Com o diagnóstico correto e um plano de tratamento personalizado, a grande maioria dos pacientes consegue controlar os sintomas de forma eficaz.
Embora a condição possa ser crônica, o uso combinado de medicamentos e procedimentos minimamente invasivos permite retomar as atividades normais.
O acompanhamento médico regular é essencial para ajustar as terapias conforme necessário e garantir que a dor não interfira na qualidade de vida do paciente a longo prazo.

AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP
Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica
Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.
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