CENTRO DE TRATAMENTO DE DOR: Dor, Acupuntura Médica, Ondas de Choque, Fisiatria e Fisioterapia.

O que é Osteopenia? Quais as causas, sintomas e tratamento?

Os ossos atingem seu desenvolvimento completo até aproximadamente os 30 anos de idade. Esse desenvolvimento refere-se principalmente ao conteúdo mineral, ou seja, à quantidade de minerais armazenados no tecido ósseo. Diversos fatores influenciam a formação da massa óssea: atividade física regular, alimentação equilibrada, fatores genéticos e hormonais.

O tecido ósseo é formado por diferentes tipos de células. Os osteoblastos são responsáveis pela formação de osso novo, enquanto os osteócitos mantêm o tecido ósseo saudável. Essas células trabalham em conjunto com a matriz óssea — uma estrutura rica em minerais que envolve as células e fornece resistência e nutrição ao osso.

O cálcio é o mineral mais conhecido para a saúde óssea, mas não é o único importante. O fósforo, magnésio, potássio, sódio e citrato também são essenciais para ossos fortes. Além dos minerais, vitaminas (especialmente a vitamina D) e proteínas participam da composição e manutenção da massa óssea. Tanto a falta quanto o excesso desses nutrientes podem prejudicar a saúde dos ossos.

A Densidade Mineral Óssea (DMO) é a medida que indica a quantidade de minerais presentes em uma determinada área do osso. Quando a DMO está baixa, significa que os ossos possuem menos minerais do que o ideal, tornando-os mais frágeis.

Compreendendo esses conceitos básicos, podemos entender melhor o que é a osteopenia, suas causas, como é diagnosticada e quais são as opções de tratamento disponíveis.

O que é Osteopenia?

Osteopenia

A osteopenia pode afetar tanto homens quanto mulheres, porém é mais comum no sexo feminino, especialmente durante e após a menopausa. Isso ocorre porque a redução do estrogênio acelera a perda óssea. Pessoas de etnia caucasiana e asiática, bem como aquelas com estrutura corporal mais delgada, também apresentam maior risco. A condição torna-se mais frequente a partir dos 50 anos de idade.

Classificação da Densidade Mineral Óssea (T-score)

O T-score compara sua densidade óssea com a de um adulto jovem saudável

Osteoporose
Osteopenia
Normal
≤ -2,5 -2,5 -1,0 ≥ -1,0

Normal (T-score ≥ -1,0): Densidade óssea dentro do esperado

Osteopenia (T-score entre -1,0 e -2,5): Densidade óssea reduzida — atenção necessária

Osteoporose (T-score ≤ -2,5): Densidade óssea significativamente baixa — tratamento indicado

Precisa avaliar sua saúde óssea?

Agende sua consulta – Clínica Dr. Hong Jin Pai

Causas da Osteopenia

A osteopenia resulta da diminuição de minerais no tecido ósseo. Essa perda pode ocorrer por diversos motivos, sendo o envelhecimento o fator mais comum. Com o passar dos anos, o corpo naturalmente absorve menos nutrientes e a renovação óssea se torna mais lenta.

Além da idade, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da osteopenia:

-Alterações hormonais: A queda do estrogênio durante e após a menopausa é uma das principais causas de perda óssea em mulheres. Em homens, a redução gradual da testosterona também pode afetar os ossos. Distúrbios da tireoide, paratireoide ou outras condições hormonais também influenciam a saúde óssea.

-Deficiências nutricionais: Uma alimentação pobre em cálcio, vitamina D, magnésio e outros nutrientes essenciais compromete a formação e manutenção dos ossos. Dietas muito restritivas ou distúrbios alimentares aumentam esse risco.

-Fatores genéticos: O histórico familiar de osteopenia ou osteoporose aumenta a probabilidade de desenvolver a condição. Algumas pessoas também possuem características genéticas que dificultam a absorção de minerais.

Sedentarismo: A falta de atividade física enfraquece tanto os músculos quanto os ossos. O estresse mecânico gerado pelo exercício estimula os ossos a se fortalecerem — sem esse estímulo, ocorre perda progressiva de massa óssea.

-Deficiência de vitamina D: A vitamina D é essencial para a absorção do cálcio no intestino. Sem exposição solar adequada (10 a 20 minutos diários, preferencialmente antes das 10h ou após as 17h), os níveis dessa vitamina podem ficar baixos, prejudicando a saúde óssea.

-Outras doenças: Diversas condições médicas podem afetar os ossos, incluindo doenças reumatológicas (artrite reumatoide, lúpus), doenças da tireoide, diabetes, doenças renais ou hepáticas crônicas, e doenças inflamatórias intestinais.

-Medicamentos: O uso prolongado de certos medicamentos pode contribuir para a perda óssea, especialmente corticoides (usados para tratar inflamações), alguns anticonvulsivantes, e tratamentos para câncer de mama ou próstata.

Hábitos prejudiciais: O tabagismo reduz o fluxo sanguíneo para os ossos e interfere na produção de estrogênio. O consumo excessivo de álcool prejudica a absorção de cálcio e afeta as células formadoras de osso. A cafeína em excesso (mais de 3-4 xícaras de café por dia) também pode aumentar a excreção de cálcio pela urina.

image2

Avalie Seus Fatores de Risco para Osteopenia

Marque os fatores que se aplicam a você

Importante: Esta avaliação é apenas informativa e não substitui a consulta médica. Apenas um profissional pode diagnosticar osteopenia através de exames específicos.

A osteopenia geralmente não apresenta sintomas, por isso a prevenção e os exames regulares são fundamentais.

Sintomas da Osteopenia

A osteopenia é uma condição silenciosa — não causa dor, desconforto ou qualquer sintoma perceptível. Na maioria dos casos, a pessoa só descobre que tem osteopenia quando realiza um exame de densitometria óssea ou quando a condição já evoluiu para osteoporose, que pode manifestar-se através de fraturas por traumas leves.

Como não há sintomas de alerta, é fundamental que pessoas com fatores de risco realizem exames preventivos. Considere fazer uma avaliação da saúde óssea se você apresentar:

Idade acima de 50 anos: especialmente mulheres na pós-menopausa;

Histórico familiar: parentes próximos com osteoporose ou fraturas por fragilidade;

Alimentação inadequada: baixo consumo de laticínios, vegetais verdes e alimentos ricos em cálcio;

Vida sedentária: ausência de exercícios físicos regulares, especialmente atividades com impacto;

Uso prolongado de medicamentos: especialmente corticoides.

A prevenção é a melhor estratégia: não espere sintomas aparecerem para cuidar da saúde dos seus ossos. Quanto mais cedo a osteopenia for identificada, mais eficazes serão as medidas para evitar sua progressão para osteoporose.

Diagnóstico da Osteopenia

O exame padrão para diagnosticar a osteopenia é a densitometria óssea (também chamada de DEXA ou DXA). Trata-se de um exame simples, indolor e rápido (cerca de 10-20 minutos), que utiliza uma dose muito baixa de radiação — menor do que uma radiografia convencional.

O exame mede a quantidade de minerais por centímetro quadrado de osso, geralmente na coluna lombar e no quadril (fêmur). O resultado é expresso em T-score, que compara sua densidade óssea com a de um adulto jovem saudável:

– T-score igual ou acima de -1,0: densidade óssea normal
– T-score entre -1,0 e -2,5: osteopenia
– T-score igual ou abaixo de -2,5: osteoporose

Além da densitometria, o médico pode solicitar exames de sangue para avaliar os níveis de cálcio, vitamina D, hormônios da tireoide e outros marcadores que ajudam a identificar possíveis causas da perda óssea e orientar o tratamento mais adequado.

Tratamento da Osteopenia

osteopenia 1

O tratamento da osteopenia tem como objetivo principal impedir a progressão para osteoporose e fortalecer os ossos. Quanto mais cedo for iniciado, melhores serão os resultados. O tratamento geralmente combina mudanças no estilo de vida com acompanhamento médico, e em alguns casos, uso de medicamentos.

Mudanças na Alimentação

Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes é fundamental. O acompanhamento com nutricionista pode ajudar a elaborar um plano alimentar personalizado. Os principais nutrientes para a saúde óssea são:

– Cálcio: encontrado em leite, queijos, iogurte, vegetais verde-escuros (brócolis, couve, espinafre), sardinha e tofu
– Vitamina D: essencial para absorção do cálcio, obtida principalmente pela exposição solar e presente em peixes gordurosos e ovos
– Magnésio: presente em castanhas, nozes, sementes, feijões e cereais integrais
– Proteínas: importantes para a estrutura óssea, encontradas em carnes magras, ovos, leguminosas e laticínios

YouTube Hong Jin Pai

Guia de Alimentos para Ossos Fortes

Clique em cada mineral para ver as melhores fontes alimentares

Cálcio - O mineral principal dos ossos

Necessidade diária: 1000-1200 mg/dia para adultos

Laticínios
Leite, queijo, iogurte natural
Vegetais
Brócolis, couve, espinafre
Outros
Sardinha, tofu, amêndoas

Precisa de orientação nutricional personalizada?

Nossa equipe multidisciplinar pode ajudar você

Fale Conosco pelo WhatsApp

Atividade Física

O exercício físico é um dos pilares do tratamento da osteopenia. O impacto mecânico e a força muscular estimulam os ossos a se fortalecerem — processo chamado de remodelação óssea. O acompanhamento profissional é importante para garantir que os exercícios sejam seguros e adequados.

Atividades recomendadas incluem:
– Caminhadas regulares
– Musculação com cargas adequadas
– Pilates e yoga (melhoram força e equilíbrio)
– Dança
– Hidroginástica e natação (menor impacto articular)

Exposição Solar

A vitamina D é produzida na pele quando exposta aos raios solares. Recomenda-se exposição de 10 a 20 minutos diários, preferencialmente antes das 10h ou após as 17h, quando os raios UV são menos intensos. Braços e pernas devem estar expostos para melhor absorção.

Hábitos a Evitar

– Cafeína em excesso: o consumo exagerado de café e bebidas com cafeína aumenta a excreção de cálcio pela urina. Limite-se a 2-3 xícaras de café por dia.
– Álcool: prejudica a absorção de nutrientes e afeta diretamente as células formadoras de osso.
– Tabagismo: reduz o fluxo sanguíneo para os ossos e interfere na produção hormonal, acelerando a perda óssea.

Tratamento Medicamentoso

Quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes, o médico pode prescrever medicamentos, como:

– Suplementos de cálcio e vitamina D: para corrigir deficiências nutricionais
– Bisfosfonatos (alendronato, risedronato): medicamentos que reduzem a perda óssea e ajudam a preservar a densidade mineral
– Terapia de reposição hormonal: pode ser indicada para mulheres na menopausa, sob orientação médica
– Outros medicamentos específicos: dependendo da causa da osteopenia e das condições individuais do paciente

O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a evolução da densidade óssea e ajustar o tratamento conforme necessário.

A osteopenia é uma condição que antecede a osteoporose e pode ser controlada com tratamento adequado.

Conclusão

A osteopenia não é uma doença, mas um sinal de alerta de que os ossos estão perdendo minerais. Identificada precocemente, é possível adotar medidas eficazes para impedir sua progressão para osteoporose. Por ser uma condição silenciosa, a prevenção e os exames regulares são fundamentais, especialmente após os 50 anos de idade.

Manter um estilo de vida saudável é a base da prevenção e do tratamento. Isso inclui uma alimentação rica e variada em minerais — não apenas cálcio, mas também magnésio, fósforo, potássio e vitamina D. Lembre-se: a saúde dos ossos depende de um conjunto de nutrientes trabalhando juntos.

Além da alimentação, evitar o consumo excessivo de álcool, cafeína e cigarro, tomar sol nos horários adequados e praticar exercícios físicos regularmente são medidas essenciais para manter os ossos fortes ao longo da vida.

Se você possui fatores de risco ou deseja avaliar sua saúde óssea, procure um médico especialista. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado fazem toda a diferença na qualidade de vida.

Clínica Dr. Hong Jin Pai

Especialistas em Tratamento da Dor

Equipe de médicos e fisioterapeutas do Grupo de Dor da Neurologia e Ortopedia do Hospital das Clínicas da FMUSP

Oferecemos tratamentos não cirúrgicos: acupuntura médica, dry needling, fisioterapia motora, pilates, RPG, ondas de choque, laser de alta intensidade, mesoterapia, eletroestimulação e mais.

Alameda Jaú, 687 – Jardins, São Paulo – SP

Agende sua Consulta pelo WhatsApp

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorado em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).  

Artigos relacionados