CENTRO DE TRATAMENTO DE DOR: Dor, Acupuntura Médica, Ondas de Choque, Fisiatria e Fisioterapia.

Remédios para Tratamento de Dor Miofascial

A abordagem farmacológica da dor miofascial tem como objetivo aliviar a dor e reduzir a hiperatividade dos pontos-gatilho.

Geralmente, o tratamento envolve o uso de analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e adjuvantes (como antidepressivos), além de terapias mais recentes que podem ser utilizadas em casos refratários.

Analgésicos Comuns e Anti-inflamatórios (AINEs)

Os analgésicos simples (como paracetamol e dipirona) atuam no sistema nervoso central modulando a percepção da dor, enquanto os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) inibem a enzima ciclo-oxigenase (COX), reduzindo a síntese de prostaglandinas responsáveis pela dor e inflamação. Essa abordagem é considerada a primeira linha no alívio sintomático da dor miofascial aguda.

No entanto, esses medicamentos não tratam a causa dos pontos-gatilho e podem ter benefícios limitados na dor crônica. O uso prolongado demanda cautela devido a possíveis efeitos adversos, como distúrbios gastrointestinais, comprometimento renal e riscos cardiovasculares.

Nome do Medicamento Dosagem Efeitos Colaterais
Paracetamol 500 mg – 1 g a cada 4–6 horas (máx. 4 g/dia) Risco de hepatotoxicidade em overdose
Dipirona 500 mg – 1 g a cada 6–8 horas Risco raro de agranulocitose
Ibuprofeno 400–600 mg a cada 6–8 horas Irritação gástrica, úlceras e dispepsia
Diclofenaco 50–75 mg duas a três vezes ao dia Problemas gastrointestinais, risco cardiovascular
Naproxeno 250–500 mg duas vezes ao dia Irritação gastrointestinal, risco renal
Celecoxibe 200 mg uma vez ao dia Menor risco gástrico, mas potencial risco cardiovascular

Relaxantes Musculares

Os relaxantes musculares, como a ciclobenzaprina, tizanidina, benzodiazepínicos, baclofeno e tiocolchicosídeo, atuam centralmente para reduzir o tônus e o espasmo muscular. Eles são úteis para aliviar a tensão muscular e a dor associada aos pontos-gatilho, frequentemente melhorando a qualidade do sono em pacientes com dor miofascial noturna.

Embora evidências apontem benefício clínico com alguns desses agentes, os efeitos adversos – incluindo sedação, tontura, boca seca e risco de dependência (especialmente com benzodiazepínicos) – devem ser cuidadosamente monitorados, limitando seu uso a períodos curtos ou intermitentes.

Nome do Medicamento Dosagem Efeitos Colaterais
Ciclobenzaprina 5–10 mg a cada 8–12 horas Sedação, tontura, boca seca
Tizanidina 2–4 mg a cada 6–8 horas Sedação, hipotensão, fraqueza muscular
Diazepam 2–10 mg a cada 6–8 horas Sedação, risco de dependência, tontura
Baclofeno 5–10 mg a cada 8 horas Sedação, fraqueza muscular, tontura
Tiocolchicosídeo 4–8 mg três vezes ao dia Sedação, sonolência, efeitos gastrointestinais

Analgésicos Opioides (Uso Restrito) e Tramadol

Opioides, como o tramadol e, em casos excepcionais, opióides potentes, atuam agonizando os receptores μ no sistema nervoso, inibindo a transmissão nociceptiva. No entanto, devido ao risco de dependência, tolerância e efeitos colaterais significativos, eles não são de primeira escolha para o manejo da dor miofascial.

O uso é reservado para episódios agudos intensos e por períodos curtos, sempre considerando o balanço entre o alívio da dor e os riscos associados.

Nome do Medicamento Dosagem Efeitos Colaterais
Tramadol 50–100 mg a cada 4–6 horas (máx. 400 mg/dia) Náuseas, constipação, sedação, risco de dependência
Codeína 30–60 mg a cada 4–6 horas Constipação, sonolência, náuseas

Antidepressivos Adjuvantes (Tricíclicos e SNRIs)

Antidepressivos tricíclicos (como amitriptilina e nortriptilina) e inibidores da recaptação de serotonina/noradrenalina (como duloxetina e venlafaxina) são utilizados em doses menores que as empregadas para depressão. Eles atuam aumentando a disponibilidade de serotonina e noradrenalina na medula espinhal, fortalecendo as vias descendentes inibitórias da dor.

Essa classe de medicamentos tem sido utilizada para tratar a dor miofascial crônica, muitas vezes associada a outras condições como fibromialgia e cefaleia tensional, e pode também melhorar sintomas concomitantes como insônia e depressão.

Nome do Medicamento Dosagem Efeitos Colaterais
Amitriptilina 10–25 mg à noite (podendo aumentar gradualmente) Sonolência, boca seca, ganho de peso, constipação
Nortriptilina 25–50 mg à noite Sonolência, boca seca, constipação, hipotensão
Duloxetina 30–60 mg/dia Náuseas, tontura, fadiga, aumento da pressão arterial
Venlafaxina 37,5–75 mg/dia (podendo ser ajustada) Náuseas, sudorese, tontura, aumento da pressão arterial

Anticonvulsivantes (Neuromoduladores)

Agentes como gabapentina e pregabalina atuam estabilizando membranas neuronais e reduzindo a excitabilidade dos nervos. Embora sejam clássicos no manejo da dor neuropática e fibromialgia, seu uso na dor miofascial é baseado na analogia com outras síndromes de dor crônica e ainda carece de evidência robusta.

São indicados em casos refratários ou quando há presença de sintomas neuropáticos, mas requerem monitoramento dos efeitos colaterais, como sedação, tontura e possíveis alterações de humor.

Nome do Medicamento Dosagem Efeitos Colaterais
Gabapentina Iniciar com 300 mg/dia e aumentar até 1800–3600 mg/dia (doses divididas) Sedação, tontura, ganho de peso, edema, visão turva
Pregabalina 75 mg/dia, podendo aumentar até 150–300 mg/dia (divididos) Sedação, tontura, ganho de peso, edema periférico

Tratamentos Tópicos (Lidocaína e Capsaicina)

As terapias tópicas, como o adesivo transdérmico de lidocaína e as pomadas ou patches de capsaicina, oferecem ação local direta sobre os pontos-gatilho com absorção sistêmica mínima. A lidocaína atua bloqueando canais de sódio, enquanto a capsaicina ativa receptores TRPV1, levando à dessensibilização das fibras de dor.

Essas abordagens são especialmente úteis para alívio localizado e podem ser utilizadas como complemento à terapia sistêmica, apresentando um perfil de segurança favorável, com efeitos colaterais restritos à área de aplicação.

Nome do Medicamento Dosagem Efeitos Colaterais
Adesivo Transdérmico de Lidocaína 5% Aplicação conforme orientação médica (geralmente 12 horas contínuas) Vermelhidão, prurido e irritação local
Cremes/Patches de Capsaicina 0,025% a 0,1% para uso diário ou patch 8% (sob supervisão) Ardência, sensação de queimação, hiperemia local

Injeções em Pontos-Gatilho (Anestésicos Locais e Corticoides)

A infiltração de pontos-gatilho é realizada por meio de injeção de anestésicos locais (como lidocaína ou bupivacaína) e, eventualmente, corticoides. Essa técnica visa a interrupção do ciclo de espasmo muscular e oferece alívio imediato da dor. As injeções podem ser combinadas com outras terapias, como a fisioterapia, para otimizar a recuperação da função muscular. Geralmente, o procedimento é seguro quando executado por profissional capacitado, embora possa ocasionar reações locais como hematomas e desconforto temporário.

Nome do Medicamento Dosagem Efeitos Colaterais
Lidocaína 1–2% 0,5 a 1 ml por ponto Dor local, hematoma, reação vagal
Bupivacaína 0,25–0,5% 0,5 a 1 ml por ponto Dor local e risco de toxicidade se em excesso
Triancinolona (Corticoide) 10–20 mg (varia conforme a área) Atrofia local, despigmentação, elevação transitória da glicemia

Toxina Botulínica (Botox)

A toxina botulínica tipo A bloqueia a liberação de acetilcolina, resultando na paralisia temporária do músculo injetado e consequente relaxamento dos pontos-gatilho. Estudos demonstram que, em alguns pacientes, o Botox pode proporcionar um alívio prolongado da dor, embora os resultados sejam heterogêneos e dependam da seleção do paciente e da técnica aplicada. É considerado uma opção de segunda linha, indicada para casos refratários, com um perfil de efeitos colaterais geralmente localizados e reversíveis.

Nome do Medicamento Dosagem Efeitos Colaterais
Toxina Botulínica Tipo A (Botox) 10–50 unidades por ponto (total variável, geralmente 100–200 unidades/sessão) Fraqueza muscular localizada, dor no local, equimoses e risco de disseminação local

Canabinoides (Cannabis Medicinal)

Os canabinoides medicinais, como THC e CBD, atuam no sistema endocanabinoide, modulando a dor e exercendo efeitos anti-inflamatórios. Embora a evidência clínica seja ainda limitada, alguns estudos e relatos de casos sugerem benefício na dor miofascial, principalmente em pacientes com condições crônicas. A utilização desses agentes deve ser cuidadosamente individualizada, considerando a dosagem, a proporção entre THC e CBD e os potenciais efeitos adversos, como sedação e alterações cognitivas.

Nome do Medicamento Dosagem Efeitos Colaterais
Canabidiol (CBD) 25–50 mg/dia (inicial, com ajustes conforme resposta) Sonolência, diarreia, fadiga e possíveis interações medicamentosas
Tetra-hidrocanabinol (THC) 2,5–5 mg por dose (com titulação gradual) Sonolência, tontura, alterações cognitivas, ansiedade e boca seca

Outros Tratamentos Farmacológicos Emergentes

Além das opções convencionais, novas abordagens têm sido exploradas, tais como:

  • Antagonistas de receptor 5-HT₃ (ex.: tropisetrona): Possuem efeito analgésico local e podem prolongar o alívio da dor, embora a disponibilidade comercial e a replicação dos estudos ainda sejam limitadas.
  • Cetamina (antagonista NMDA): Embora eficaz em outras síndromes dolorosas, seu uso na dor miofascial não demonstrou benefícios significativos em estudos controlados.
  • L-Triptofano e Memantina: Já foram explorados para o manejo da dor crônica, mas atualmente carecem de evidência que sustente seu uso em dor miofascial.
  • Ocitocina e Relaxina: Estudos preliminares sugerem que esses hormônios podem modular a dor e a rigidez tecidual, mas os dados são limitados a relatos de casos e experiências isoladas.
  • Plasma Rico em Plaquetas (PRP): Infiltrações com PRP têm sido estudadas como uma estratégia para promover a regeneração tecidual e reduzir a dor, embora os resultados sejam promissores apenas em contextos experimentais.

 

Considerações Finais

O manejo farmacológico da dor miofascial geralmente envolve uma combinação individualizada de abordagens. Enquanto os analgésicos e AINEs oferecem alívio rápido para a dor aguda, os relaxantes musculares e adjuvantes – como antidepressivos e anticonvulsivantes – são úteis para controlar a dor crônica e melhorar a qualidade do sono.

As infiltrações nos pontos-gatilho proporcionam alívio imediato e facilitam a reabilitação física, e as terapias tópicas oferecem uma opção segura para o tratamento localizado.

Novas alternativas, como a toxina botulínica e os canabinoides, ampliam o leque terapêutico para casos refratários, mas devem ser utilizadas com base em avaliação especializada e considerando os riscos e benefícios.

Em muitos casos, a integração de tratamentos farmacológicos com abordagens não farmacológicas, como fisioterapia e técnicas de liberação miofascial, é fundamental para restaurar a função muscular e prevenir recidivas.

clinica dr hong jin pai al jau 687

AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP

Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica

Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.

Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica

Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP

TRATAMENTO DE DOR FISIOTERAPIA CLINICA HONG JIN PAI

Médicos Especialistas em Dor e Acupuntura do HC-FMUSP

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RECEPCAO CLINICA HONG JIN PAI
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    Acupuntura Médica, Ondas de Choque, Fisioterapia, Infiltrações, Bloqueios Anestésicos, Toxina Botulínica.
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Em nossa clínica, focamos em tratamentos não cirúrgicos. Para a maioria dos casos, iniciamos um tratamento minimamente invasivo com acupuntura médica + fisioterapia. A duração do tratamento, para dores crônicas, pode ser de pelo menos 1 a 3 meses. Assim como outros tratamentos conservadores (como terapias e exercícios), o sucesso no tratamento depende não apenas da equipe médica, mas também da persistência do paciente em seguir a frequência e o tratamento adequado. Em alguns casos, podemos realizar outros tratamentos para dor, como ondas de choque, toxina botulínica e infiltrações.
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Quais são as terapias físicas para o tratamento da dor crônica?
Estudos mostram que a fisioterapia e exercícios pode atrasar ou mesmo evitar a necessidade de cirurgia. Em alguns casos, pode aliviar a causa raiz da dor de longo prazo, portanto, medicamentos ou cirurgias não são mais necessários. Na Clínica Dr. Hong Jin Pai, oferecemos uma ampla gama de terapias físicas para tratar a dor de longo prazo e diminuir a necessidade de medicação ou cirurgia.
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Clínica Dr. Hong Jin Pai – Centro de Dor, Acupuntura Médica, Fisiatria e Reabilitação.

Al. Jaú 687 – São Paulo – SP

Atendimento de segunda a sábado.

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorado em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).  

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