A tendinopatia do tendão de Aquiles é uma condição que afeta o maior e mais forte tendão do corpo humano. Caracteriza-se por dor persistente e perda de função relacionadas à sobrecarga mecânica. O termo “tendinite” foi abandonado pela comunidade médica, pois estudos demonstram que a inflamação não é o principal mecanismo da condição — trata-se, na maioria dos casos, de um processo degenerativo do tecido tendíneo.
A condição desenvolve-se quando a intensidade, frequência e volume da carga aplicada ao tendão excedem sua capacidade de recuperação e adaptação. Isso pode ocorrer tanto em pessoas muito ativas que aumentam abruptamente seus treinos quanto em pessoas sedentárias que experimentam declínio gradual da atividade física. O objetivo da reabilitação é equilibrar essa equação, aumentando progressivamente a capacidade do tendão para suportar as cargas do dia a dia.
Este artigo apresenta informações completas sobre a tendinopatia do Aquiles: causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento disponíveis.
Principais Pontos
- A tendinopatia do Aquiles resulta de sobrecarga mecânica no tendão, não de inflamação
- O tratamento foca em aumentar gradualmente a capacidade de carga do tendão
- A recuperação pode levar de 3 a 12 meses com tratamento adequado
- Monitorar a dor durante e após exercícios é fundamental para guiar o tratamento
Anatomia do Tendão de Aquiles
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Conhecendo o Tendão de Aquiles
O tendão de Aquiles é a estrutura tendínea mais robusta e espessa do corpo humano. Localizado na parte posterior do tornozelo, ele conecta os músculos da panturrilha — o gastrocnêmio (mais superficial) e o sóleo (mais profundo) — ao osso do calcanhar. Durante atividades cotidianas como caminhar e correr, esse tendão suporta cargas impressionantes de quatro a oito vezes o peso corporal.
Terminologia Atual
Tendinopatia é o termo médico atual e mais preciso para descrever a dor persistente e perda de função relacionadas à sobrecarga no tendão de Aquiles. Os termos “tendinite” (que sugere inflamação aguda) e “tendinose” (que indica degeneração crônica) não são mais recomendados isoladamente, pois não refletem adequadamente a natureza complexa da condição.
Alterações Estruturais e Diagnóstico
É importante compreender que mudanças na estrutura do tendão são comuns mesmo em pessoas sem dor ou sintomas. Estudos de imagem demonstram que até 80% das pessoas assintomáticas podem apresentar alterações no tendão de Aquiles. Isso significa que os exames de imagem isoladamente não são suficientes para diagnosticar a condição ou guiar o tratamento — a avaliação clínica completa por um médico é essencial.
Classificação
A tendinopatia do Aquiles classifica-se em dois tipos principais, conforme a localização dos sintomas:
- Tendinopatia de porção média (não-insercional): mais comum, afeta a região central do tendão, geralmente 2 a 6 cm acima do calcanhar
- Tendinopatia insercional: afeta a região onde o tendão se conecta ao osso do calcanhar
O desenvolvimento da condição ocorre quando a carga aplicada ao tendão supera sua capacidade de recuperação e adaptação. O objetivo da reabilitação é equilibrar essa equação, melhorando a tolerância do tendão a diferentes formas de carga e restaurando sua função completa.
Os Tipos de Tendinopatia do Aquiles
Comparação: Tendinopatia Insercional vs Não-Insercional
Tendinopatia Insercional
- 📌 Localização: Junção do tendão com o calcâneo (calcanhar)
- 👥 Perfil comum: Todas as idades, inclusive sedentários
- ⚠️ Associações: Deformidade de Haglund, esporões ósseos
- 💊 Tratamento: Evitar alongamento excessivo; exercícios adaptados
Tendinopatia Não-Insercional
- 📌 Localização: Porção média do tendão (2-6 cm acima do calcanhar)
- 👥 Perfil comum: Pessoas jovens e ativas, atletas, corredores
- ⚠️ Característica: Espessamento e degeneração das fibras centrais
- 💊 Tratamento: Protocolo excêntrico clássico (Alfredson); melhor resposta à fisioterapia
Importante: Em ambos os tipos, fibras danificadas podem calcificar ao longo do tempo, especialmente em casos crônicos. Isso representa a tentativa do corpo de reparar o tecido lesionado. O diagnóstico preciso pelo médico determina o melhor protocolo de tratamento.
Os dois tipos de tendinopatia são diferenciados pela região do tendão afetada:
Tendinopatia Insercional do Aquiles
Afeta a porção mais inferior do tendão, onde ele se conecta ao osso do calcanhar. Esta região é particularmente vulnerável devido às forças de compressão e tração que ocorrem durante movimentos do tornozelo.
É comum que outras condições coexistam com a tendinopatia insercional, como a deformidade de Haglund (uma proeminência óssea na parte posterior do calcanhar) e a bursite retrocalcânea, que podem intensificar os sintomas.
Tendinopatia Não-Insercional (Porção Média)
Nesta forma, as fibras da região central do tendão — geralmente entre 2 e 6 centímetros acima do calcanhar — sofrem um processo de degeneração. O tendão pode tornar-se espessado e nodular ao toque. Esta é a forma mais comum e melhor estudada da condição, afetando predominantemente pessoas jovens e fisicamente ativas.
Um aspecto comum às duas formas é a possibilidade de calcificação das fibras danificadas ao longo do tempo. Este processo representa a tentativa do corpo de reparar o tecido lesionado e ocorre principalmente em casos crônicos não tratados adequadamente.
Quais São as Causas da Tendinopatia do Aquiles?
A tendinopatia do Aquiles é uma das lesões tendíneas mais frequentes, especialmente entre pessoas fisicamente ativas. Diferentemente de lesões traumáticas agudas, ela desenvolve-se gradualmente devido ao estresse repetitivo sobre o tendão — um processo conhecido como sobrecarga mecânica.
O mecanismo principal envolve microlesões repetidas que excedem a capacidade natural de reparação do tecido. Com o tempo, essas microlesões acumulam-se, levando à degeneração das fibras tendíneas, espessamento do tendão e dor.
Quem Pode Desenvolver a Condição?
Não existe um perfil exclusivo de risco. Atletas são frequentemente afetados devido à natureza repetitiva de seus treinamentos, mas a condição também acomete:
- Praticantes recreacionais de corrida, caminhada e esportes de salto
- Pessoas que aumentam subitamente a intensidade ou volume de exercícios
- Pessoas sedentárias que iniciam atividades físicas sem progressão adequada
- Indivíduos com declínio gradual do condicionamento físico
Fatores de Risco Estabelecidos
Diversos fatores aumentam a probabilidade de desenvolver tendinopatia do Aquiles:
- Metabólicos: Diabetes mellitus, obesidade
- Cardiovasculares: Hipertensão arterial
- Medicamentos: Uso de antibióticos fluoroquinolonas (ciprofloxacino, levofloxacino), corticosteroides sistêmicos
- Calçados inadequados: Sapatos com pouco suporte para o arco plantar ou amortecimento insuficiente
- Hábitos posturais: Uso frequente de salto alto (mantém o tendão encurtado)
- Alterações estruturais: Presença de esporões ósseos, deformidade de Haglund
- Condições associadas: Fascite plantar
- Treinamento: Aumento súbito de intensidade, mudanças bruscas de superfície de treino (ex: asfalto para areia), corrida em terrenos irregulares
- Estilo de vida: Consumo excessivo de álcool
A tendinopatia do tendão de Aquiles desenvolve-se quando a carga sobre o tendão supera sua capacidade de recuperação e adaptação. Isso ocorre por dois mecanismos principais:
- Em pessoas ativas: Aumento rápido na intensidade, frequência ou volume de atividade física sem período adequado de adaptação
- Em pessoas menos ativas: Declínio gradual do condicionamento físico, que reduz a capacidade do tendão de suportar cargas cotidianas
Fatores que Influenciam o Desenvolvimento da Condição

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01.Carga de treinamento: frequência, intensidade e volume dos exercícios
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02.Capacidade individual de recuperação (varia conforme idade, condicionamento e genética)
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03.Qualidade e duração do sono (fundamental para reparação tecidual)
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04.Níveis de estresse (afeta hormônios relacionados à recuperação)
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05.Nutrição adequada (proteínas, vitamina C e colágeno auxiliam na saúde tendínea)
Quais São os Sintomas?
Os sintomas principais da tendinopatia do Aquiles são dor e rigidez na região posterior do tornozelo e calcanhar.
Características da Dor
A dor tipicamente surge de forma gradual, desenvolvendo-se ao longo de dias a meses. Localiza-se na parte posterior do calcanhar, atrás do tornozelo ou na panturrilha, dependendo do tipo de tendinopatia.
A intensidade da dor frequentemente aumenta durante ou após atividades físicas, especialmente ao subir escadas, caminhar em subidas ou correr. O repouso geralmente proporciona alívio.
Rigidez Matinal
Um sintoma característico é a rigidez ao acordar pela manhã ou após períodos prolongados de inatividade. Os primeiros passos do dia costumam ser desconfortáveis, com melhora gradual conforme o tendão “aquece”.
Sinais Visíveis
Dependendo da gravidade, podem estar presentes:
- Inchaço (edema) ao longo do tendão
- Aumento de temperatura local
- Vermelhidão na região afetada
- Espessamento palpável do tendão
- Estalidos ou crepitação ao movimentar o tornozelo
A presença de estalidos durante movimentos ou ao caminhar merece atenção especial e deve ser avaliada por um médico, pois pode indicar comprometimento mais significativo do tendão.
Escala de Monitoramento de Dor
Use esta ferramenta para avaliar sua dor durante o tratamento. Monitorar os sintomas ajuda a guiar a progressão dos exercícios.
Sem dor
Como interpretar durante a reabilitação:
Dica importante: Compare sua dor ao acordar no dia seguinte ao exercício. Se estiver significativamente pior que no dia anterior, a carga foi excessiva.
Como É Feito o Diagnóstico?
O diagnóstico da tendinopatia do Aquiles é essencialmente clínico, baseado na história do paciente e no exame físico realizado pelo médico. Exames de imagem podem auxiliar, mas não são determinantes isoladamente.
Avaliação Clínica
Durante a consulta médica, os seguintes aspectos são avaliados:
- Limitação da mobilidade do tornozelo, especialmente para flexionar o pé para cima (dorsiflexão)
- Dor localizada na porção média do tendão (tendinopatia não-insercional)
- Dor na parte posterior do calcanhar (tendinopatia insercional)
- Presença de inchaço (edema) ao longo do tendão
- Espessamento palpável do tendão de Aquiles
- Presença de esporões ósseos na região do calcanhar
Sinais de Ruptura do Tendão
Na ruptura do tendão de Aquiles, o paciente frequentemente descreve um início súbito de dor intensa, semelhante a um “chute” ou “tiro” na parte posterior da perna, geralmente acompanhado de um estalo audível. No exame físico, pode-se observar:
- Inchaço e hematoma ao longo do tendão
- Uma “falha” palpável no local da ruptura
- Incapacidade de ficar na ponta dos pés
- Dificuldade significativa para caminhar
É importante destacar que aproximadamente 20% das rupturas do tendão de Aquiles são inicialmente não diagnosticadas, pois alguns pacientes conseguem caminhar usando músculos compensatórios, mascarando a gravidade da lesão.
Exames de Imagem
O diagnóstico da tendinopatia pode ser desafiador — estudos indicam que cerca de 25% dos casos não são corretamente identificados na primeira avaliação. Por isso, exames complementares podem ser solicitados:
Radiografia (Raio-X)
Permite visualizar alterações ósseas como esporões e calcificações no tendão. Útil especialmente na tendinopatia insercional.
Ultrassonografia
Exame dinâmico que permite avaliar a estrutura do tendão, identificar espessamentos, áreas de degeneração e possíveis rupturas parciais.
Ressonância Magnética
Embora não seja essencial para o diagnóstico da tendinopatia, fornece imagens detalhadas que auxiliam na quantificação da lesão e no planejamento cirúrgico, quando necessário.
A Tendinopatia do Aquiles Tem Cura?
A maioria dos pacientes apresenta melhora significativa com tratamento conservador adequado.
A recuperação da tendinopatia do Aquiles é um processo gradual que requer paciência e consistência. A boa notícia é que a grande maioria dos casos responde bem ao tratamento não cirúrgico.
Expectativas de Recuperação
Com um protocolo de tratamento bem conduzido, a maioria dos pacientes apresenta melhora entre 3 e 6 meses. No entanto, casos mais crônicos ou severos podem necessitar de até 12 meses para recuperação completa.
É importante compreender que a reabilitação tendínea não segue uma linha reta — é normal haver oscilações na intensidade dos sintomas durante o processo. O segredo está em manter a consistência do tratamento e ajustar a carga conforme a resposta individual.
Fatores que Influenciam o Prognóstico
- Tempo de sintomas: Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, melhores são os resultados
- Adesão ao tratamento: Seguir corretamente o protocolo de exercícios é fundamental
- Tipo de tendinopatia: A forma não-insercional geralmente responde melhor ao tratamento conservador
- Fatores de risco modificáveis: Controle de peso, ajuste de calçados e modificação de hábitos de treinamento
Quando o tratamento conservador é insuficiente após 6 meses de acompanhamento adequado, opções mais invasivas podem ser consideradas pelo médico.
Quais São os Tratamentos Disponíveis?
O tratamento da tendinopatia do Aquiles é predominantemente conservador (não cirúrgico) e foca em aumentar a capacidade do tendão de suportar cargas. A recuperação pode levar alguns meses, mesmo quando o tratamento é iniciado precocemente.
Gerenciamento Inicial da Carga
O primeiro passo é modificar as atividades que provocam ou agravam a dor. Isso não significa repouso absoluto, mas sim um ajuste inteligente da carga sobre o tendão. Atividades de baixo impacto como natação ou ciclismo leve podem ser mantidas durante esta fase.
Crioterapia (Gelo)
A aplicação de gelo na região pode auxiliar no controle da dor e do inchaço. Recomenda-se aplicações de no máximo 15 a 20 minutos, protegendo a pele com um pano fino para evitar queimaduras. O procedimento pode ser repetido várias vezes ao dia conforme necessário.
Medicamentos Anti-inflamatórios
Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno e naproxeno, podem proporcionar alívio temporário da dor. No entanto, seu uso deve ser orientado por médico, pois:
- Não tratam a causa subjacente da condição
- Não reduzem o espessamento do tendão
- Podem apresentar efeitos adversos com uso prolongado
Infiltrações de Corticosteroides
Embora potentes anti-inflamatórios, as injeções de corticosteroides na região do tendão de Aquiles são utilizadas com cautela pelos médicos. Estudos demonstram que podem enfraquecer o tecido tendíneo e aumentar o risco de ruptura. Por isso, não são consideradas tratamento de primeira linha.
Fisioterapia e Exercícios Terapêuticos
O tratamento com maior evidência científica para a tendinopatia do Aquiles é a reabilitação através de exercícios. O médico e a equipe de reabilitação desenvolvem um programa individualizado que inclui:
Protocolo de Exercícios Excêntricos
O protocolo Alfredson é considerado referência no tratamento da tendinopatia de porção média. Consiste em exercícios onde o músculo é alongado enquanto contrai — como descer lentamente os calcanhares de um degrau. A progressão típica envolve:
- 3 séries de 15 repetições, duas vezes ao dia
- Realizados com joelho estendido e depois com joelho flexionado
- Progressão gradual de carga conforme tolerância
Para tendinopatia insercional, os exercícios são adaptados para evitar dorsiflexão excessiva (não deixar o calcanhar descer abaixo do nível do degrau).
Calçados e Órteses
Calçados adequados podem reduzir significativamente os sintomas:
- Palmilhas com elevação do calcanhar reduzem a tensão no tendão
- Calçados com suporte posterior macio evitam atrito
- Protetores de silicone para o calcanhar
Em casos de dor intensa, uma bota imobilizadora pode ser prescrita temporariamente para permitir que o tendão se recupere. No entanto, seu uso prolongado não é recomendado, pois pode levar ao enfraquecimento muscular.
Terapia por Ondas de Choque Extracorporal
Este tratamento não invasivo utiliza ondas de energia para estimular a cicatrização do tendão. Estudos de qualidade moderada demonstram resultados promissores, especialmente em casos que não respondem adequadamente aos exercícios isolados. É considerada uma opção antes de procedimentos cirúrgicos.
Linha do Tempo da Reabilitação
Visão geral das fases típicas do tratamento conservador da tendinopatia do Aquiles
Fase 1: Controle de Sintomas
Semanas 1-2
- Modificação de atividades
- Uso de palmilhas com elevação
- Crioterapia para controle da dor
- Início de exercícios isométricos leves
Fase 2: Fortalecimento Inicial
Semanas 3-6
- Exercícios excêntricos em superfície plana
- Progressão gradual de carga
- Monitoramento diário da dor
- Fortalecimento de cadeia posterior
Fase 3: Reconstrução
Semanas 7-12
- Exercícios excêntricos com carga adicional
- Introdução de exercícios pliométricos leves
- Trabalho de propriocepção
- Retorno gradual a atividades de baixo impacto
Fase 4: Retorno às Atividades
Mês 3-6 (ou mais)
- Retorno progressivo ao esporte/atividade
- Treino de velocidade e agilidade
- Programa de manutenção
- Prevenção de recidivas
Importante: Esta é uma referência geral. O tempo de cada fase varia conforme a resposta individual e a gravidade da condição. O acompanhamento médico é essencial para ajustar o protocolo às suas necessidades.
Processo de Reabilitação da Tendinopatia do Aquiles
Compreendendo as Fases da Lesão
O tendão de Aquiles passa por fases distintas durante o processo de lesão e recuperação:
Fase Reativa
Nesta fase inicial, o tendão está extremamente sensível e reage negativamente a qualquer carga adicional. A dor é intensa porque a lesão criou um ciclo onde a carga aplicada supera a capacidade do tendão. Durante este período, é fundamental “poupar” o tendão:
- Uso de palmilhas com elevação do calcanhar para reduzir tensão
- Evitar atividades que aumentam a dor
- Possível pausa temporária nos exercícios de reabilitação mais intensos
Fase de Fortalecimento
Após a fase reativa, inicia-se um programa de reabilitação progressivo. É crucial reconhecer que o tendão lesionado ainda não está tão forte quanto antes da lesão. Iniciar treinamento de alta carga prematuramente pode ser prejudicial.
Usando a Dor Como Guia
A dor é uma ferramenta valiosa para monitorar a progressão do tratamento. Cada pessoa tem seu nível tolerável de dor, e é importante avaliar:
- Dor durante o exercício
- Dor imediatamente após o exercício
- Dor na manhã seguinte ao exercício
Se a dor no dia seguinte estiver significativamente pior que antes do exercício, isso indica que a carga foi excessiva e deve ser reduzida. Um diário de exercícios e dor pode ser muito útil neste acompanhamento.
Quando Reduzir a Carga
Se o tendão permanece muito dolorido apesar das tentativas de reabilitação, pode ser necessário reduzir a intensidade dos exercícios por uma a duas semanas. Após esse período de descanso relativo, o programa de reabilitação pode ser reintroduzido de forma mais gradual.
A progressão deve ser medida objetivamente, aumentando a intensidade conforme o tendão demonstra melhora de força e redução dos sintomas.
Avaliação de Fatores de Risco
Marque os fatores que se aplicam a você para uma autoavaliação inicial
Atenção: Esta ferramenta é apenas informativa e não substitui a avaliação médica. Se você apresenta sintomas, consulte um especialista para diagnóstico e tratamento adequados.
Quando a Cirurgia É Necessária?
O tratamento cirúrgico é considerado quando o paciente não apresenta melhora satisfatória após 6 meses de tratamento conservador adequadamente conduzido. A decisão depende da localização da lesão, extensão dos danos e resposta individual ao tratamento.
Procedimentos Cirúrgicos Possíveis
O tipo de cirurgia é determinado pelo médico com base nos exames e na avaliação clínica:
- Remoção do tecido peritendinoso afetado: Limpeza dos tecidos degenerados ao redor do tendão
- Incisões longitudinais no tendão: Técnica para estimular a cicatrização, isolada ou combinada com remoção de lesões intratendinosas
- Transferência tendínea: Indicada quando mais de 50% do tendão está comprometido, utilizando outro tendão para reforço
- Ressecção de esporão ósseo: Na tendinopatia insercional, remoção da proeminência óssea que irrita o tendão
- Alongamento do gastrocnêmio: Técnica minimamente invasiva para reduzir tensão sobre o tendão em pacientes com encurtamento muscular persistente
Técnicas Cirúrgicas
Os procedimentos podem ser realizados por diferentes técnicas:
- Cirurgia aberta: Acesso direto ao tendão através de incisão maior; permite visualização completa da lesão
- Técnicas percutâneas: Incisões menores, menos invasivas
- Via artroscópica/endoscópica: Procedimento minimamente invasivo com câmera e instrumentos especializados
A escolha da técnica depende da extensão da lesão, localização e experiência do cirurgião.
Recuperação Pós-Operatória
Como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos potenciais:
- Complicações relacionadas à anestesia
- Sangramento
- Infecção
- Formação de coágulos sanguíneos
- Rigidez articular
A maioria dos pacientes recupera-se bem após a cirurgia. O tempo de recuperação varia conforme a extensão do procedimento realizado e pode levar de 3 a 6 meses para retorno às atividades normais, com período mais longo para atletas que desejam retornar ao esporte competitivo.
Conclusão
A tendinopatia do Aquiles é uma condição tratável na grande maioria dos casos. O sucesso do tratamento depende do diagnóstico correto, adesão ao programa de reabilitação e paciência durante o processo de recuperação. Se você apresenta sintomas compatíveis com esta condição, procure avaliação médica especializada para iniciar o tratamento adequado o mais breve possível.
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