CENTRO DE TRATAMENTO DE DOR: Dor, Acupuntura Médica, Ondas de Choque, Fisiatria e Fisioterapia.

Tendinite de Aquiles: o que é, causas, sintomas e tratamentos

A tendinopatia do tendão de Aquiles é uma condição que afeta o maior e mais forte tendão do corpo humano. Caracteriza-se por dor persistente e perda de função relacionadas à sobrecarga mecânica. O termo “tendinite” foi abandonado pela comunidade médica, pois estudos demonstram que a inflamação não é o principal mecanismo da condição — trata-se, na maioria dos casos, de um processo degenerativo do tecido tendíneo.

A condição desenvolve-se quando a intensidade, frequência e volume da carga aplicada ao tendão excedem sua capacidade de recuperação e adaptação. Isso pode ocorrer tanto em pessoas muito ativas que aumentam abruptamente seus treinos quanto em pessoas sedentárias que experimentam declínio gradual da atividade física. O objetivo da reabilitação é equilibrar essa equação, aumentando progressivamente a capacidade do tendão para suportar as cargas do dia a dia.

Este artigo apresenta informações completas sobre a tendinopatia do Aquiles: causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento disponíveis.

Principais Pontos

  • A tendinopatia do Aquiles resulta de sobrecarga mecânica no tendão, não de inflamação
  • O tratamento foca em aumentar gradualmente a capacidade de carga do tendão
  • A recuperação pode levar de 3 a 12 meses com tratamento adequado
  • Monitorar a dor durante e após exercícios é fundamental para guiar o tratamento

Anatomia do Tendão de Aquiles

Clique nas estruturas para saber mais sobre cada parte.

Inserção (tendinopatia insercional)
Porção média (tendinopatia não-insercional)
O tendão de Aquiles é o mais forte do corpo humano, capaz de suportar cargas de até 12 vezes o peso corporal durante atividades como corrida e saltos.

Conhecendo o Tendão de Aquiles

O tendão de Aquiles é a estrutura tendínea mais robusta e espessa do corpo humano. Localizado na parte posterior do tornozelo, ele conecta os músculos da panturrilha — o gastrocnêmio (mais superficial) e o sóleo (mais profundo) — ao osso do calcanhar. Durante atividades cotidianas como caminhar e correr, esse tendão suporta cargas impressionantes de quatro a oito vezes o peso corporal.

Terminologia Atual

Tendinopatia é o termo médico atual e mais preciso para descrever a dor persistente e perda de função relacionadas à sobrecarga no tendão de Aquiles. Os termos “tendinite” (que sugere inflamação aguda) e “tendinose” (que indica degeneração crônica) não são mais recomendados isoladamente, pois não refletem adequadamente a natureza complexa da condição.

Alterações Estruturais e Diagnóstico

É importante compreender que mudanças na estrutura do tendão são comuns mesmo em pessoas sem dor ou sintomas. Estudos de imagem demonstram que até 80% das pessoas assintomáticas podem apresentar alterações no tendão de Aquiles. Isso significa que os exames de imagem isoladamente não são suficientes para diagnosticar a condição ou guiar o tratamento — a avaliação clínica completa por um médico é essencial.

Classificação

A tendinopatia do Aquiles classifica-se em dois tipos principais, conforme a localização dos sintomas:

  • Tendinopatia de porção média (não-insercional): mais comum, afeta a região central do tendão, geralmente 2 a 6 cm acima do calcanhar
  • Tendinopatia insercional: afeta a região onde o tendão se conecta ao osso do calcanhar

O desenvolvimento da condição ocorre quando a carga aplicada ao tendão supera sua capacidade de recuperação e adaptação. O objetivo da reabilitação é equilibrar essa equação, melhorando a tolerância do tendão a diferentes formas de carga e restaurando sua função completa.

Os Tipos de Tendinopatia do Aquiles

dor no calcanhar

Comparação: Tendinopatia Insercional vs Não-Insercional

📍

Tendinopatia Insercional

  • 📌 Localização: Junção do tendão com o calcâneo (calcanhar)
  • 👥 Perfil comum: Todas as idades, inclusive sedentários
  • ⚠️ Associações: Deformidade de Haglund, esporões ósseos
  • 💊 Tratamento: Evitar alongamento excessivo; exercícios adaptados
📍

Tendinopatia Não-Insercional

  • 📌 Localização: Porção média do tendão (2-6 cm acima do calcanhar)
  • 👥 Perfil comum: Pessoas jovens e ativas, atletas, corredores
  • ⚠️ Característica: Espessamento e degeneração das fibras centrais
  • 💊 Tratamento: Protocolo excêntrico clássico (Alfredson); melhor resposta à fisioterapia

Importante: Em ambos os tipos, fibras danificadas podem calcificar ao longo do tempo, especialmente em casos crônicos. Isso representa a tentativa do corpo de reparar o tecido lesionado. O diagnóstico preciso pelo médico determina o melhor protocolo de tratamento.

Os dois tipos de tendinopatia são diferenciados pela região do tendão afetada:

Tendinopatia Insercional do Aquiles

Afeta a porção mais inferior do tendão, onde ele se conecta ao osso do calcanhar. Esta região é particularmente vulnerável devido às forças de compressão e tração que ocorrem durante movimentos do tornozelo.

É comum que outras condições coexistam com a tendinopatia insercional, como a deformidade de Haglund (uma proeminência óssea na parte posterior do calcanhar) e a bursite retrocalcânea, que podem intensificar os sintomas.

Tendinopatia Não-Insercional (Porção Média)

Nesta forma, as fibras da região central do tendão — geralmente entre 2 e 6 centímetros acima do calcanhar — sofrem um processo de degeneração. O tendão pode tornar-se espessado e nodular ao toque. Esta é a forma mais comum e melhor estudada da condição, afetando predominantemente pessoas jovens e fisicamente ativas.

Um aspecto comum às duas formas é a possibilidade de calcificação das fibras danificadas ao longo do tempo. Este processo representa a tentativa do corpo de reparar o tecido lesionado e ocorre principalmente em casos crônicos não tratados adequadamente.

Quais São as Causas da Tendinopatia do Aquiles?

A tendinopatia do Aquiles é uma das lesões tendíneas mais frequentes, especialmente entre pessoas fisicamente ativas. Diferentemente de lesões traumáticas agudas, ela desenvolve-se gradualmente devido ao estresse repetitivo sobre o tendão — um processo conhecido como sobrecarga mecânica.

O mecanismo principal envolve microlesões repetidas que excedem a capacidade natural de reparação do tecido. Com o tempo, essas microlesões acumulam-se, levando à degeneração das fibras tendíneas, espessamento do tendão e dor.

Quem Pode Desenvolver a Condição?

Não existe um perfil exclusivo de risco. Atletas são frequentemente afetados devido à natureza repetitiva de seus treinamentos, mas a condição também acomete:

  • Praticantes recreacionais de corrida, caminhada e esportes de salto
  • Pessoas que aumentam subitamente a intensidade ou volume de exercícios
  • Pessoas sedentárias que iniciam atividades físicas sem progressão adequada
  • Indivíduos com declínio gradual do condicionamento físico

Fatores de Risco Estabelecidos

Diversos fatores aumentam a probabilidade de desenvolver tendinopatia do Aquiles:

  • Metabólicos: Diabetes mellitus, obesidade
  • Cardiovasculares: Hipertensão arterial
  • Medicamentos: Uso de antibióticos fluoroquinolonas (ciprofloxacino, levofloxacino), corticosteroides sistêmicos
  • Calçados inadequados: Sapatos com pouco suporte para o arco plantar ou amortecimento insuficiente
  • Hábitos posturais: Uso frequente de salto alto (mantém o tendão encurtado)
  • Alterações estruturais: Presença de esporões ósseos, deformidade de Haglund
  • Condições associadas: Fascite plantar
  • Treinamento: Aumento súbito de intensidade, mudanças bruscas de superfície de treino (ex: asfalto para areia), corrida em terrenos irregulares
  • Estilo de vida: Consumo excessivo de álcool

A tendinopatia do tendão de Aquiles desenvolve-se quando a carga sobre o tendão supera sua capacidade de recuperação e adaptação. Isso ocorre por dois mecanismos principais:

  1. Em pessoas ativas: Aumento rápido na intensidade, frequência ou volume de atividade física sem período adequado de adaptação
  2. Em pessoas menos ativas: Declínio gradual do condicionamento físico, que reduz a capacidade do tendão de suportar cargas cotidianas

Fatores que Influenciam o Desenvolvimento da Condição

tendinopatia aquiles
  • 01.Carga de treinamento: frequência, intensidade e volume dos exercícios

  • 02.Capacidade individual de recuperação (varia conforme idade, condicionamento e genética)

  • 03.Qualidade e duração do sono (fundamental para reparação tecidual)

  • 04.Níveis de estresse (afeta hormônios relacionados à recuperação)

  • 05.Nutrição adequada (proteínas, vitamina C e colágeno auxiliam na saúde tendínea)

Quais São os Sintomas?

tendão de aquiles e1593553723326

Os sintomas principais da tendinopatia do Aquiles são dor e rigidez na região posterior do tornozelo e calcanhar.

Características da Dor

A dor tipicamente surge de forma gradual, desenvolvendo-se ao longo de dias a meses. Localiza-se na parte posterior do calcanhar, atrás do tornozelo ou na panturrilha, dependendo do tipo de tendinopatia.

A intensidade da dor frequentemente aumenta durante ou após atividades físicas, especialmente ao subir escadas, caminhar em subidas ou correr. O repouso geralmente proporciona alívio.

Rigidez Matinal

Um sintoma característico é a rigidez ao acordar pela manhã ou após períodos prolongados de inatividade. Os primeiros passos do dia costumam ser desconfortáveis, com melhora gradual conforme o tendão “aquece”.

Sinais Visíveis

Dependendo da gravidade, podem estar presentes:

  • Inchaço (edema) ao longo do tendão
  • Aumento de temperatura local
  • Vermelhidão na região afetada
  • Espessamento palpável do tendão
  • Estalidos ou crepitação ao movimentar o tornozelo

A presença de estalidos durante movimentos ou ao caminhar merece atenção especial e deve ser avaliada por um médico, pois pode indicar comprometimento mais significativo do tendão.

As rupturas do tendão de Aquiles ocorrem tipicamente quando o músculo da panturrilha é exigido intensamente com o pé em posição de dorsiflexão extrema (ponta do pé voltada para cima). Nessa situação, o tendão não consegue suportar a tensão e pode romper-se — frequentemente acompanhado de um estalo audível.

Escala de Monitoramento de Dor

Use esta ferramenta para avaliar sua dor durante o tratamento. Monitorar os sintomas ajuda a guiar a progressão dos exercícios.

0 – Sem dor 5 – Moderada 10 – Intensa
0

Sem dor

Como interpretar durante a reabilitação:

0-2 Seguro: Pode progredir os exercícios conforme protocolo
3-5 Aceitável: Mantenha a intensidade atual; não aumente a carga
6-10 Reduza a carga: Diminua intensidade e consulte seu médico

Dica importante: Compare sua dor ao acordar no dia seguinte ao exercício. Se estiver significativamente pior que no dia anterior, a carga foi excessiva.

Como É Feito o Diagnóstico?

O diagnóstico da tendinopatia do Aquiles é essencialmente clínico, baseado na história do paciente e no exame físico realizado pelo médico. Exames de imagem podem auxiliar, mas não são determinantes isoladamente.

Avaliação Clínica

Durante a consulta médica, os seguintes aspectos são avaliados:

  • Limitação da mobilidade do tornozelo, especialmente para flexionar o pé para cima (dorsiflexão)
  • Dor localizada na porção média do tendão (tendinopatia não-insercional)
  • Dor na parte posterior do calcanhar (tendinopatia insercional)
  • Presença de inchaço (edema) ao longo do tendão
  • Espessamento palpável do tendão de Aquiles
  • Presença de esporões ósseos na região do calcanhar

Sinais de Ruptura do Tendão

Na ruptura do tendão de Aquiles, o paciente frequentemente descreve um início súbito de dor intensa, semelhante a um “chute” ou “tiro” na parte posterior da perna, geralmente acompanhado de um estalo audível. No exame físico, pode-se observar:

  • Inchaço e hematoma ao longo do tendão
  • Uma “falha” palpável no local da ruptura
  • Incapacidade de ficar na ponta dos pés
  • Dificuldade significativa para caminhar

É importante destacar que aproximadamente 20% das rupturas do tendão de Aquiles são inicialmente não diagnosticadas, pois alguns pacientes conseguem caminhar usando músculos compensatórios, mascarando a gravidade da lesão.

Exames de Imagem

O diagnóstico da tendinopatia pode ser desafiador — estudos indicam que cerca de 25% dos casos não são corretamente identificados na primeira avaliação. Por isso, exames complementares podem ser solicitados:

Radiografia (Raio-X)

Permite visualizar alterações ósseas como esporões e calcificações no tendão. Útil especialmente na tendinopatia insercional.

Ultrassonografia

Exame dinâmico que permite avaliar a estrutura do tendão, identificar espessamentos, áreas de degeneração e possíveis rupturas parciais.

Ressonância Magnética

Embora não seja essencial para o diagnóstico da tendinopatia, fornece imagens detalhadas que auxiliam na quantificação da lesão e no planejamento cirúrgico, quando necessário.

O tendão de Aquiles é o mais frequentemente lesionado em todo o corpo humano. Estudos epidemiológicos mostram prevalência de aproximadamente 0,2% em pessoas sedentárias e até 9% em atletas, com incidência crescente nas últimas décadas.

A Tendinopatia do Aquiles Tem Cura?

dor no pé 2

A maioria dos pacientes apresenta melhora significativa com tratamento conservador adequado.

A recuperação da tendinopatia do Aquiles é um processo gradual que requer paciência e consistência. A boa notícia é que a grande maioria dos casos responde bem ao tratamento não cirúrgico.

Expectativas de Recuperação

Com um protocolo de tratamento bem conduzido, a maioria dos pacientes apresenta melhora entre 3 e 6 meses. No entanto, casos mais crônicos ou severos podem necessitar de até 12 meses para recuperação completa.

É importante compreender que a reabilitação tendínea não segue uma linha reta — é normal haver oscilações na intensidade dos sintomas durante o processo. O segredo está em manter a consistência do tratamento e ajustar a carga conforme a resposta individual.

Fatores que Influenciam o Prognóstico

  • Tempo de sintomas: Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, melhores são os resultados
  • Adesão ao tratamento: Seguir corretamente o protocolo de exercícios é fundamental
  • Tipo de tendinopatia: A forma não-insercional geralmente responde melhor ao tratamento conservador
  • Fatores de risco modificáveis: Controle de peso, ajuste de calçados e modificação de hábitos de treinamento

Quando o tratamento conservador é insuficiente após 6 meses de acompanhamento adequado, opções mais invasivas podem ser consideradas pelo médico.

YouTube Hong Jin Pai

Quais São os Tratamentos Disponíveis?

O tratamento da tendinopatia do Aquiles é predominantemente conservador (não cirúrgico) e foca em aumentar a capacidade do tendão de suportar cargas. A recuperação pode levar alguns meses, mesmo quando o tratamento é iniciado precocemente.

Gerenciamento Inicial da Carga

O primeiro passo é modificar as atividades que provocam ou agravam a dor. Isso não significa repouso absoluto, mas sim um ajuste inteligente da carga sobre o tendão. Atividades de baixo impacto como natação ou ciclismo leve podem ser mantidas durante esta fase.

Crioterapia (Gelo)

A aplicação de gelo na região pode auxiliar no controle da dor e do inchaço. Recomenda-se aplicações de no máximo 15 a 20 minutos, protegendo a pele com um pano fino para evitar queimaduras. O procedimento pode ser repetido várias vezes ao dia conforme necessário.

Medicamentos Anti-inflamatórios

Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno e naproxeno, podem proporcionar alívio temporário da dor. No entanto, seu uso deve ser orientado por médico, pois:

  • Não tratam a causa subjacente da condição
  • Não reduzem o espessamento do tendão
  • Podem apresentar efeitos adversos com uso prolongado

Infiltrações de Corticosteroides

Embora potentes anti-inflamatórios, as injeções de corticosteroides na região do tendão de Aquiles são utilizadas com cautela pelos médicos. Estudos demonstram que podem enfraquecer o tecido tendíneo e aumentar o risco de ruptura. Por isso, não são consideradas tratamento de primeira linha.

Fisioterapia e Exercícios Terapêuticos

O tratamento com maior evidência científica para a tendinopatia do Aquiles é a reabilitação através de exercícios. O médico e a equipe de reabilitação desenvolvem um programa individualizado que inclui:

Protocolo de Exercícios Excêntricos

O protocolo Alfredson é considerado referência no tratamento da tendinopatia de porção média. Consiste em exercícios onde o músculo é alongado enquanto contrai — como descer lentamente os calcanhares de um degrau. A progressão típica envolve:

  • 3 séries de 15 repetições, duas vezes ao dia
  • Realizados com joelho estendido e depois com joelho flexionado
  • Progressão gradual de carga conforme tolerância

Para tendinopatia insercional, os exercícios são adaptados para evitar dorsiflexão excessiva (não deixar o calcanhar descer abaixo do nível do degrau).

Calçados e Órteses

Calçados adequados podem reduzir significativamente os sintomas:

  • Palmilhas com elevação do calcanhar reduzem a tensão no tendão
  • Calçados com suporte posterior macio evitam atrito
  • Protetores de silicone para o calcanhar

Em casos de dor intensa, uma bota imobilizadora pode ser prescrita temporariamente para permitir que o tendão se recupere. No entanto, seu uso prolongado não é recomendado, pois pode levar ao enfraquecimento muscular.

Terapia por Ondas de Choque Extracorporal

Este tratamento não invasivo utiliza ondas de energia para estimular a cicatrização do tendão. Estudos de qualidade moderada demonstram resultados promissores, especialmente em casos que não respondem adequadamente aos exercícios isolados. É considerada uma opção antes de procedimentos cirúrgicos.

Linha do Tempo da Reabilitação

Visão geral das fases típicas do tratamento conservador da tendinopatia do Aquiles

Fase 1: Controle de Sintomas

Semanas 1-2

  • Modificação de atividades
  • Uso de palmilhas com elevação
  • Crioterapia para controle da dor
  • Início de exercícios isométricos leves
1
2

Fase 2: Fortalecimento Inicial

Semanas 3-6

  • Exercícios excêntricos em superfície plana
  • Progressão gradual de carga
  • Monitoramento diário da dor
  • Fortalecimento de cadeia posterior

Fase 3: Reconstrução

Semanas 7-12

  • Exercícios excêntricos com carga adicional
  • Introdução de exercícios pliométricos leves
  • Trabalho de propriocepção
  • Retorno gradual a atividades de baixo impacto
3
4

Fase 4: Retorno às Atividades

Mês 3-6 (ou mais)

  • Retorno progressivo ao esporte/atividade
  • Treino de velocidade e agilidade
  • Programa de manutenção
  • Prevenção de recidivas

Importante: Esta é uma referência geral. O tempo de cada fase varia conforme a resposta individual e a gravidade da condição. O acompanhamento médico é essencial para ajustar o protocolo às suas necessidades.

Processo de Reabilitação da Tendinopatia do Aquiles

Compreendendo as Fases da Lesão

O tendão de Aquiles passa por fases distintas durante o processo de lesão e recuperação:

Fase Reativa

Nesta fase inicial, o tendão está extremamente sensível e reage negativamente a qualquer carga adicional. A dor é intensa porque a lesão criou um ciclo onde a carga aplicada supera a capacidade do tendão. Durante este período, é fundamental “poupar” o tendão:

  • Uso de palmilhas com elevação do calcanhar para reduzir tensão
  • Evitar atividades que aumentam a dor
  • Possível pausa temporária nos exercícios de reabilitação mais intensos

Fase de Fortalecimento

Após a fase reativa, inicia-se um programa de reabilitação progressivo. É crucial reconhecer que o tendão lesionado ainda não está tão forte quanto antes da lesão. Iniciar treinamento de alta carga prematuramente pode ser prejudicial.

Usando a Dor Como Guia

A dor é uma ferramenta valiosa para monitorar a progressão do tratamento. Cada pessoa tem seu nível tolerável de dor, e é importante avaliar:

  • Dor durante o exercício
  • Dor imediatamente após o exercício
  • Dor na manhã seguinte ao exercício

Se a dor no dia seguinte estiver significativamente pior que antes do exercício, isso indica que a carga foi excessiva e deve ser reduzida. Um diário de exercícios e dor pode ser muito útil neste acompanhamento.

Quando Reduzir a Carga

Se o tendão permanece muito dolorido apesar das tentativas de reabilitação, pode ser necessário reduzir a intensidade dos exercícios por uma a duas semanas. Após esse período de descanso relativo, o programa de reabilitação pode ser reintroduzido de forma mais gradual.

A progressão deve ser medida objetivamente, aumentando a intensidade conforme o tendão demonstra melhora de força e redução dos sintomas.

O tratamento moderno da tendinopatia do Aquiles não foca em reduzir inflamação ou regenerar tecido. O objetivo principal é melhorar a capacidade do tendão de suportar cargas através de exercícios que aumentam progressivamente a tolerância a diferentes tipos de esforço.

Avaliação de Fatores de Risco

Marque os fatores que se aplicam a você para uma autoavaliação inicial

Atenção: Esta ferramenta é apenas informativa e não substitui a avaliação médica. Se você apresenta sintomas, consulte um especialista para diagnóstico e tratamento adequados.

Quando a Cirurgia É Necessária?

cirurgia

O tratamento cirúrgico é considerado quando o paciente não apresenta melhora satisfatória após 6 meses de tratamento conservador adequadamente conduzido. A decisão depende da localização da lesão, extensão dos danos e resposta individual ao tratamento.

Procedimentos Cirúrgicos Possíveis

O tipo de cirurgia é determinado pelo médico com base nos exames e na avaliação clínica:

  • Remoção do tecido peritendinoso afetado: Limpeza dos tecidos degenerados ao redor do tendão
  • Incisões longitudinais no tendão: Técnica para estimular a cicatrização, isolada ou combinada com remoção de lesões intratendinosas
  • Transferência tendínea: Indicada quando mais de 50% do tendão está comprometido, utilizando outro tendão para reforço
  • Ressecção de esporão ósseo: Na tendinopatia insercional, remoção da proeminência óssea que irrita o tendão
  • Alongamento do gastrocnêmio: Técnica minimamente invasiva para reduzir tensão sobre o tendão em pacientes com encurtamento muscular persistente

Técnicas Cirúrgicas

Os procedimentos podem ser realizados por diferentes técnicas:

  • Cirurgia aberta: Acesso direto ao tendão através de incisão maior; permite visualização completa da lesão
  • Técnicas percutâneas: Incisões menores, menos invasivas
  • Via artroscópica/endoscópica: Procedimento minimamente invasivo com câmera e instrumentos especializados

A escolha da técnica depende da extensão da lesão, localização e experiência do cirurgião.

Recuperação Pós-Operatória

Como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos potenciais:

  • Complicações relacionadas à anestesia
  • Sangramento
  • Infecção
  • Formação de coágulos sanguíneos
  • Rigidez articular

A maioria dos pacientes recupera-se bem após a cirurgia. O tempo de recuperação varia conforme a extensão do procedimento realizado e pode levar de 3 a 6 meses para retorno às atividades normais, com período mais longo para atletas que desejam retornar ao esporte competitivo.

Conclusão

A tendinopatia do Aquiles é uma condição tratável na grande maioria dos casos. O sucesso do tratamento depende do diagnóstico correto, adesão ao programa de reabilitação e paciência durante o processo de recuperação. Se você apresenta sintomas compatíveis com esta condição, procure avaliação médica especializada para iniciar o tratamento adequado o mais breve possível.

Clínica Dr. Hong Jin Pai

Especialistas em Tratamento da Dor | São Paulo – SP

Nossa clínica, localizada na região central de São Paulo, conta com equipe de médicos e fisioterapeutas especialistas em Dor, formados pelo Grupo de Dor da Neurologia e Ortopedia do Hospital das Clínicas da FMUSP.

🎯 Acupuntura Médica
💉 Dry Needling
Ondas de Choque
🔬 Laser de Alta Intensidade

Tratamentos Não Cirúrgicos Disponíveis

Fisioterapia Motora Pilates RPG Mesoterapia Eletroestimulação PENS Botox para Dor

Atendimento individualizado em salas privativas

📍 Alameda Jaú, 687 – Jardim Paulista – São Paulo/SP
Agende sua Consulta pelo WhatsApp
clinica dr hong jin pai al jau 687

AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP

Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica

Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.

Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica

Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP

TRATAMENTO DE DOR FISIOTERAPIA CLINICA HONG JIN PAI

Médicos Especialistas em Dor e Acupuntura do HC-FMUSP

Os especialistas em medicina da dor são médicos especialmente treinados e qualificados para oferecer avaliação integrada e especializada e gerenciamento da dor usando seu conhecimento único e conjunto de habilidades no contexto de uma equipe multidisciplinar.

O tratamento da dor visa reduzir a dor, abordando o impacto emocional da dor, ajudando os pacientes a se moverem melhor e aumentando o bem-estar por meio de uma variedade de tratamentos, incluindo medicamentos, fisioterapia, acupuntura, ondas de choque e procedimentos minimamente intervencionistas.

Se você está vivendo com uma dor persistente há mais de 3 meses, provavelmente está sentindo dor crônica.

Nossos médicos especialistas em controle da dor em São Paulo trabalham em estreita colaboração com outros especialistas como parte de uma equipe multidisciplinar para fornecer uma abordagem holística e um resultado ideal para a dor crônica, seja qual for a causa.

As técnicas usadas no controle da dor dependerão da natureza e gravidade da dor, mas nossos especialistas em dor têm experiência para ajudar com a dor.

CONSULTA
1
Somos um centro de excelência no tratamento da dor crônica e entendemos como a dor contínua pode afetar todos os aspectos da sua vida.
DIAGNÓSTICO
2
Nós entendemos sua dor e sabemos que uma intervenção bem-sucedida começa com uma avaliação completa e um diagnóstico preciso.
PLANO DE TRATAMENTO
3
Nossa equipe de especialistas pode fornecer uma ampla gama de tratamentos e terapias para ajudá-lo a voltar a viver com qualidade.
RECEPCAO CLINICA HONG JIN PAI
  • 01.Tratamento conservador de dor

    Acupuntura Médica, Ondas de Choque, Fisioterapia, Infiltrações, Bloqueios Anestésicos, Toxina Botulínica.
  • 02.Excelência em um só lugar

    A avaliação e tratamento da dor é a especialidade de nossos Médicos especialistas em Dor.
  • 03.Tratamento individualizado

    Plano de tratamento com medicamentos, terapias minimamente invasivas e fisioterapia.
Como é o tratamento inicial?
Em nossa clínica, focamos em tratamentos não cirúrgicos. Para a maioria dos casos, iniciamos um tratamento minimamente invasivo com acupuntura médica + fisioterapia. A duração do tratamento, para dores crônicas, pode ser de pelo menos 1 a 3 meses. Assim como outros tratamentos conservadores (como terapias e exercícios), o sucesso no tratamento depende não apenas da equipe médica, mas também da persistência do paciente em seguir a frequência e o tratamento adequado. Em alguns casos, podemos realizar outros tratamentos para dor, como ondas de choque, toxina botulínica e infiltrações.
Vocês atendem convênio?

Atendemos todos os Planos de Saúde pelo Reembolso.

O reembolso ou livre escolha é uma opção de atendimento a usuários de planos de saúde que não está vinculada à rede de prestadores contratados ou cujo procedimento específico não está contratado.

Não atendemos diretamente por convênio. Nosso foco é um atendimento especializado no paciente. Assim, separamos pelo menos 60-90 minutos para consulta, exame e avaliação do paciente.

O processo na maioria das vezes é digital (pelo Smartphone, tablet ou computador) é simples. O valor reembolsado corresponde a uma tabela de valores da própria operadora e pode cobrir todo o procedimento ou parte dele. Lembrando que a parte não reembolsada pode ser abatida no imposto de renda pessoa física (IRPF).

Quais são as terapias físicas para o tratamento da dor crônica?
Estudos mostram que a fisioterapia e exercícios pode atrasar ou mesmo evitar a necessidade de cirurgia. Em alguns casos, pode aliviar a causa raiz da dor de longo prazo, portanto, medicamentos ou cirurgias não são mais necessários. Na Clínica Dr. Hong Jin Pai, oferecemos uma ampla gama de terapias físicas para tratar a dor de longo prazo e diminuir a necessidade de medicação ou cirurgia.
Quais tratamentos para dor são oferecidos?
Oferecemos uma variedade das melhores e mais confiáveis tratamentos não cirúrgicos, desde acupuntura e fisioterapia em um estágio inicial, assim como procedimentos como dry needling, infiltração de pontos gatilhos, toxina botulínica para dor, tratamento por ondas de choque e bloqueios anestésicos. Somos inovadores em nossa abordagem ao tratamento da dor. Entendemos o efeito que a dor crônica pode ter em todos os aspectos da sua vida e adaptamos nossos pacotes de tratamento para atender você. Como parte do seu pacote multidisciplinar de controle da dor, combinaremos os melhores tratamentos terapêuticos e direcionados para fornecer o equilíbrio certo para você.

Clínica Dr. Hong Jin Pai – Centro de Dor, Acupuntura Médica, Fisiatria e Reabilitação.

Al. Jaú 687 – São Paulo – SP

Atendimento de segunda a sábado.

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorado em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).