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8 alimentos que ajudam a controlar o ácido úrico

É comum que médicos solicitem, juntamente com outros exames de rotina, a dosagem no nível sérico de ácido úrico, tanto em pacientes sintomáticos quanto em pacientes aparentemente saudáveis e sem queixas.

Essa solicitação se deve ao fato de que altos níveis de ácido úrico no sangue serem relativamente comuns, e que o problema pode passar desapercebido por anos, até que o paciente comece a apresentar sintomas sugestivos que levem a uma investigação mais detalhada.

Entretanto, nem todo resultado de ácido úrico alto significa que a pessoa está doente, e existem formas de reduzir esses níveis séricos de forma natural, antes que isso se torne um problema mais grave.

 

O QUE É O ACIDO ÚRICO?

O ácido úrico é um composto produzido naturalmente pelo corpo, a partir da digestão de purinas. Mas, de forma geral, o organismo consegue eliminar essa substância através da urina e ela não chega a se acumular ou causar problemas na maior parte das pessoas.

Em alguns casos, no entanto, o ácido úrico pode se acumular, devido à produção exagerada do composto e da consequente dificuldade de eliminação do mesmo pelos rins.

Assim esse acúmulo pode contribuir para o desenvolvimento de alguns problemas de saúde, como:

  • Cálculos renais, devido à cristalização do ácido úrico nos rins;
  • Mudanças no pH urinário, que aumentam a probabilidade de desenvolvimento desses cálculos;
  • Gota, o principal problema relacionado ao ácido úrico, e que envolve inflamações articulares que atingem principalmente os pés e as mãos.

 

ALIMENTOS QUE AJUDAM A REDUZIR O ÁCIDO ÚRICO

A melhor forma de reduzir os níveis de ácido úrico de forma natural, sem a necessidade de medicamentos, é ingerir alimentos pobres em purinas, já que é a partir da digestão dessas substâncias que o ácido úrico é formado.

Desta forma, o ideal é consultar um profissional de nutrição, com experiência na área, que irá avaliar cada caso e montar uma dieta balanceada e adequada às especificidades da pessoa.

Mas, de forma geral, podemos dizer que os melhores alimentos para quem tem níveis elevados de ácido úrico são aqueles de origem vegetal, ricos em água e compostos com ação antioxidante e, se possível, com ação diurética. Alguns deles são:

  • Alcachofra;
  • Maçã;
  • Abóbora e suas sementes;
  • Café;
  • Aipo;
  • Cenoura;
  • Frutas cítricas;
  • Alho e cebola.

 

Esses alimentos, além de ajudarem na excreção do ácido úrico e de outras toxinas, também contribuem para a saúde como um todo, com efeitos sistêmicos como:

  • Melhora do perfil lipídico, devido à alta quantidade de fibras alimentares;
  • Redução da inflamação sistêmica, efeito dado principalmente pelos antioxidantes naturais;
  • Melhora do funcionamento do sistema urinário, que ocorre tanto pela hidratação quanto pelo efeito diurético leve desses alimentos.

 

Todavia, é importante ressaltar, que para muitos pacientes, mesmo uma dieta com baixos níveis de purina podem ser insuficientes para controlar totalmente o problema. Por isso, nesses casos, o tratamento pode incluir tanto a mudança na alimentação quanto o uso de medicamentos para reduzir os níveis de ácido úrico.

 

ALIMENTOS A SEREM EVITADOS

Além de incluir alimentos saudáveis e pobres em purinas na dieta, pessoas que sofrem com níveis mais altos de ácido úrico devem evitar alguns alimentos, que estão comumente associados à piora do problema.

Essa lista inclui alguns alimentos de origem animal, bem como aqueles que são processados ou ultra processados, devido aos conservantes presentes em sua composição. São eles:

  • Embutidos, como salsichas;
  • Peixes gordos, como bacalhau e salmão;
  • Frutos-do-mar;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Carnes vermelhas;
  • Fígado e outras vísceras;
  • Vegetais como aspargos e espinafre.
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ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL ESTÃO PROIBIDOS?

De forma geral, não. Entretanto a quantidade desses alimentos na dieta deve ser reduzida, de forma a diminuir a produção de ácido úrico no organismo.

Por este motivo, o acompanhamento nutricional é de extrema importância, para aumentar as chances de adesão à essa dieta mais restrita, sem isso causar déficits nutricionais.

Além disso, é importante ressaltar que muitos desses alimentos são benéficos para a saúde, e podem ser incluídos, com moderação e cuidado, na alimentação de pessoas com Gota.

 

A IMPORTÂNCIA DA HIDRATAÇÃO

Um dos problemas ocasionados pelo excesso de ácido úrico circulante é o seu acúmulo do sistema urinário, com a formação de cristais ou cálculos.

Isso ocorre porque tanto o ácido úrico quanto as purinas são solúveis em água, e, consequentemente, excretados através da urina. Por este motivo a desidratação pode piorar o problema, já que favorece a concentração essas substâncias nos líquidos corporais.

Assim, o consumo adequado de água é recomendado para todos os casos de hiperuricemia, seja a pessoa sintomática ou não.

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O PAPEL DOS EXERCÍCIOS

Além as mudanças na alimentação, existem outras formas de reduzir os níveis séricos de ácido úrico, que incluem:

 

Esses dois fatores são essenciais tanto na redução do ácido úrico quanto no controle e na prevenção das crises de Gota, especialmente em pacientes mais jovens.

Além disso, o controle do peso e a prática de exercícios também ajudam a reduzir o risco de outras doenças, que estão comumente associadas aos altos níveis de ácido úrico, como:

  • Hipertensão;
  • Síndrome metabólica;
  • Diabetes tipo 2.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Koto R, Nakajima A, Horiuchi H, Yamanaka H. Serum uric acid control for prevention of gout flare in patients with asymptomatic hyperuricaemia: a retrospective cohort study of health insurance claims and medical check-up data in Japan Annals of the Rheumatic Diseases 2021;80:1483-1490.

Karwur FF, Pujiastuti DR. (2017). Review Article: Uric acid homeostasis and disturbances. Folia Medica Indonesiana, 53(4), 292–298.

Dra. Celia Yunes Portiolli

CRM-SP 27971 / RQE 5148 – 19469 | Médica Pediatra e Especialista em Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB (Associação Médica Brasileira), Coordenadora do Curso de Especialização em Acupuntura do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado em Medicina Chinesa Médica colaboradora do Ambulatório de Acupuntura do Centro de Dor da Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Professora do Curso de Especialização em Acupuntura do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado em Medicina Chinesa.

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