A dor no quadril é uma queixa frequente entre atletas e praticantes de atividade física. Compreender suas causas é o primeiro passo para um tratamento eficaz e um retorno seguro às atividades esportivas.
Na população geral, as causas mais comuns incluem artrite (inflamação das articulações), bursite (inflamação das bolsas sinoviais que amortecem as articulações), distensão muscular e irritação de nervos da região.
Atividades como corrida, ciclismo e esportes de impacto sobrecarregam as articulações do quadril, joelho e tornozelo. Essa sobrecarga repetitiva pode levar a lesões como a tendinite do músculo glúteo médio, muito comum entre corredores. A tendinite ocorre quando o tendão (estrutura que liga o músculo ao osso) inflama devido ao excesso de uso ou quando a musculatura é exigida além de seus limites.
Em atletas, a dor no quadril frequentemente resulta de impactos diretos durante a prática esportiva ou de síndromes por uso excessivo (overuse). O reconhecimento precoce dos sintomas é fundamental para evitar que uma condição aguda se torne crônica, o que pode prolongar significativamente o tempo de recuperação.
A seguir, apresentamos as principais causas de dor no quadril em atletas, seus sintomas característicos e as opções de tratamento disponíveis.
Anatomia do Quadril: Estruturas Principais
Luxações e tensões na virilha
A dor na parte frontal do quadril e na região interna da coxa (virilha) geralmente indica uma contração ou distensão dos músculos adutores. Os adutores são um grupo de músculos localizados na parte interna da coxa, responsáveis por aproximar a perna da linha média do corpo.
Essa lesão ocorre quando esses músculos são exigidos além de sua capacidade, seja por um movimento brusco, falta de aquecimento adequado ou sobrecarga durante a atividade física. É comum em esportes que exigem mudanças rápidas de direção, como futebol, tênis e basquete.
Sintomas típicos: dor aguda na virilha, dificuldade para fechar as pernas, inchaço local e, em casos mais graves, hematoma na região.
Tratamento: O tratamento inicial inclui repouso, aplicação de gelo nas primeiras 48-72 horas, e evitar atividades que causem dor. Tratamentos médicos podem incluir medicamentos anti-inflamatórios, sessões de reabilitação e, em casos selecionados, terapias como ondas de choque ou dry needling para acelerar a recuperação.
Síndrome da banda iliotibial
A síndrome da banda iliotibial é uma condição ortopédica comum que afeta principalmente atletas e indivíduos ativos, como corredores e ciclistas. Ela ocorre devido à inflamação ou irritação da banda iliotibial, uma faixa fibrosa de tecido conjuntivo que se estende da pelve até a tíbia, passando pela lateral do joelho.
Essa irritação geralmente resulta de movimentos repetitivos que causam fricção excessiva entre a banda e o osso femoral, especialmente em atividades que envolvem flexão e extensão repetidas do joelho.
Fatores de risco incluem treinamento excessivo, superfícies irregulares de corrida, calçados inadequados e desequilíbrios musculares, como fraqueza nos músculos glúteos ou quadríceps. Embora não seja uma lesão grave, ela pode limitar significativamente a prática de exercícios se não for tratada adequadamente.
Os sintomas da síndrome da banda iliotibial tipicamente incluem dor aguda ou queimação na lateral do joelho, que pode se intensificar durante atividades como correr downhill ou subir escadas. A dor geralmente surge após um período inicial de exercício e pode irradiar para a coxa ou a panturrilha, acompanhada de inchaço ou sensibilidade ao toque.
Artrose do Quadril
A artrose do quadril (também chamada de coxartrose ou osteoartrite) é uma das principais causas de dor crônica no quadril, afetando tanto atletas quanto pessoas sedentárias.
Essa condição ocorre quando a cartilagem articular — o tecido liso e resistente que reveste as extremidades dos ossos e permite o movimento suave da articulação — sofre desgaste progressivo. Com a perda da cartilagem, os ossos passam a ter contato direto, causando dor, rigidez e limitação dos movimentos.
Fatores de risco: Idade avançada, histórico de lesões no quadril, sobrepeso, predisposição genética e atividades de alto impacto repetitivo.
Sintomas: Dor na virilha ou lateral do quadril que piora com atividade, rigidez matinal que melhora com movimento, diminuição da amplitude de movimento e, em fases avançadas, dificuldade para caminhar.
Opções de tratamento: O tratamento é individualizado e pode incluir:
- Exercícios de fortalecimento e alongamento supervisionados
- Medicamentos para controle da dor e inflamação
- Acupuntura médica para alívio sintomático
- Infiltrações articulares (ácido hialurônico ou corticosteroides)
- Controle do peso corporal
Quando os tratamentos conservadores não são suficientes para controlar os sintomas, a cirurgia de substituição do quadril (artroplastia) pode ser considerada pelo médico ortopedista.
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📱 Agendar Avaliação via WhatsAppContusão da crista ilíaca
A contusão da crista ilíaca, ou “hip pointer”, é uma lesão traumática na borda superior do osso ilíaco da pelve, causada por impactos diretos em esportes de contato, quedas ou acidentes. Ela resulta em hematoma, inflamação e dano aos tecidos moles, afetando principalmente atletas de futebol, hóquei ou artes marciais. Fatores como intensidade do impacto e falta de proteção aumentam o risco, podendo comprometer a mobilidade se não tratada.
Os sintomas incluem dor aguda localizada, inchaço, hematomas e limitação nos movimentos do quadril. O diagnóstico envolve avaliação clínica e exames de imagem para excluir fraturas. O tratamento segue o protocolo RICE (repouso, gelo, compressão, elevação), com analgésicos, anti-inflamatórios e fisioterapia para alongamento e fortalecimento. A recuperação ocorre em semanas a meses, e a prevenção inclui equipamentos de proteção.
Distensão dos Isquiotibiais
Os isquiotibiais são um grupo de três músculos localizados na parte posterior da coxa (bíceps femoral, semitendíneo e semimembranáceo). Eles são responsáveis por flexionar o joelho e estender o quadril, sendo fundamentais para correr e saltar.
Lesões nos isquiotibiais são extremamente comuns em atletas de esportes que exigem acelerações explosivas, mudanças bruscas de velocidade e corridas em alta intensidade, como futebol, atletismo e basquete.
Graus de lesão:
- Grau I (leve): Estiramento de poucas fibras musculares. Dor leve, sem perda significativa de força.
- Grau II (moderado): Ruptura parcial das fibras. Dor moderada a intensa, hematoma, perda de força.
- Grau III (grave): Ruptura completa do músculo. Dor intensa, incapacidade funcional, pode haver defeito palpável no músculo.
Tratamento: O protocolo PRICE é essencial nas primeiras 48-72 horas: Proteção da área lesionada, Repouso, aplicação de gelo (Ice), Compressão e Elevação do membro. A reabilitação deve ser progressiva, com retorno gradual às atividades. Lesões de grau III podem necessitar de avaliação cirúrgica.
Síndrome de Iliopsoas
A síndrome do iliopsoas é uma condição inflamatória que afeta o músculo iliopsoas, responsável pela flexão do quadril, localizada na região anterior da pelve. Ela surge de movimentos repetitivos ou sobrecarga, comum em atletas de corrida, dança ou futebol, causando irritação no tendão ou bursa. Fatores de risco incluem desequilíbrios musculares, treinamento inadequado ou traumas, podendo resultar em um “estalo” no quadril. Não é grave, mas pode limitar atividades se não tratada.
Os sintomas incluem dor na virilha ou quadril anterior, piorando com flexão ou rotação, além de sensibilidade, inchaço ou fraqueza. O diagnóstico envolve exame clínico, testes de alongamento e exames de imagem como ultrassonografia. O tratamento prioriza repouso, gelo, anti-inflamatórios e fisioterapia com alongamentos; casos persistentes podem exigir injeções ou cirurgia. Prevenção inclui treinamento progressivo e correção postural, com recuperação em semanas a meses.
Bursite do Quadril
A bursite do quadril é uma inflamação das bursas, pequenas bolsas cheias de fluido que amortecem os ossos, tendões e músculos ao redor da articulação do quadril. Ela ocorre principalmente devido a movimentos repetitivos, traumas diretos ou sobrecarga, sendo comum em idosos, atletas ou pessoas com condições como artrite reumatoide ou gota. Fatores de risco incluem obesidade, desequilíbrios musculares, uso excessivo em atividades como corrida ou subir escadas, e lesões prévias. Embora não seja grave, pode causar desconforto significativo e limitar a mobilidade se não tratada adequadamente.
Os sintomas incluem dor na lateral ou posterior do quadril, que piora com movimento, repouso prolongado ou pressão, acompanhada de inchaço, vermelhidão ou rigidez. O diagnóstico envolve exame clínico, histórico do paciente e, se necessário, exames de imagem como ultrassonografia ou ressonância magnética para descartar outras causas.
O tratamento prioriza repouso, gelo, anti-inflamatórios e fisioterapia com alongamentos e fortalecimento; em casos persistentes, injeções de corticoides ou aspiração podem ser indicadas. Prevenção inclui manutenção de peso saudável, exercícios moderados e correção postural, com recuperação geralmente em semanas a meses.
Síndrome do Piriforme
A síndrome do piriforme é uma condição neuromuscular que causa dor nas nádegas (região glútea) e pode simular os sintomas de ciática em atletas.
Anatomia: O piriforme é um pequeno músculo em formato de pera localizado profundamente na região glútea. Ele se estende do sacro (base da coluna) até a parte externa do fêmur. O nervo ciático — o maior nervo do corpo humano — passa logo abaixo deste músculo (e em algumas pessoas, atravessa o próprio músculo).
Como ocorre: Quando o piriforme se torna rígido, encurtado ou sofre espasmos, ele pode comprimir o nervo ciático, gerando dor que irradia pela parte posterior da coxa e, às vezes, até o pé.
Sintomas: Dor profunda nas nádegas, dor que irradia para a parte posterior da coxa e/ou lombar, formigamento ou dormência, piora ao sentar por períodos prolongados ou ao subir escadas.
Tratamento: O tratamento conservador inclui alongamentos específicos do piriforme, liberação miofascial, fortalecimento dos músculos do quadril, acupuntura médica e dry needling. Em casos refratários, podem ser consideradas infiltrações guiadas por ultrassom ou aplicação de toxina botulínica (botox) para relaxar o músculo.
Fluxograma de Tratamento: Dor no Quadril
Abordagem progressiva do tratamento conservador
Fase Aguda (0-72 horas)
Protocolo PRICE: Proteção • Repouso relativo • Gelo (15-20 min, 3-4x/dia) • Compressão • Elevação
Evitar atividades que causem dor. Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios conforme orientação médica.
Fase Subaguda (1-3 semanas)
Reabilitação inicial: Alongamentos suaves • Mobilização articular • Fortalecimento progressivo
Terapias complementares: Acupuntura médica, dry needling, eletroterapia, liberação miofascial.
Fase de Recuperação (3-8 semanas)
Fortalecimento avançado: Exercícios funcionais • Treino de equilíbrio • Correção biomecânica
Terapias avançadas se necessário: Ondas de choque, laser de alta intensidade, mesoterapia.
Retorno ao Esporte
Reintegração gradual: Treino específico do esporte • Aumento progressivo de carga • Prevenção de recidivas
Critérios de alta: Ausência de dor, força muscular recuperada, confiança no movimento.
⚠️ Se não houver melhora adequada:
Reavaliação médica para investigação complementar (exames de imagem) e consideração de tratamentos mais específicos como infiltrações guiadas, PRP (plasma rico em plaquetas), ou encaminhamento cirúrgico em casos selecionados.
Clínica Dr. Hong Jin Pai
Equipe de médicos e fisioterapeutas especialistas em Dor, formados pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Tratamentos não cirúrgicos personalizados em ambiente premium.
📍 Alameda Jaú, 687 – Jardins, São Paulo – SP
📱 Agende sua ConsultaFratura por Estresse do Quadril
A fratura por estresse do quadril é uma lesão menos comum, mas potencialmente séria, que afeta principalmente corredores de longa distância e atletas de endurance.
Como ocorre: Diferente das fraturas traumáticas (causadas por um impacto único), as fraturas por estresse resultam de microtraumas repetitivos ao longo do tempo. Quando o osso é submetido a cargas repetitivas sem tempo adequado de recuperação, pequenas fissuras podem se desenvolver, especialmente no colo do fêmur (região que conecta a cabeça do fêmur ao restante do osso).
Fatores de risco: Aumento súbito no volume ou intensidade de treino, deficiência de vitamina D ou cálcio, baixa densidade óssea, distúrbios alimentares, irregularidade menstrual em mulheres (tríade da mulher atleta), e calçados inadequados.
Sintomas de alerta: Dor na virilha ou coxa que piora progressivamente com a atividade, melhora com repouso, mas retorna ao retomar os exercícios. A dor pode se tornar constante em casos avançados.
Diagnóstico e tratamento: O diagnóstico precoce é fundamental e pode requerer ressonância magnética, já que radiografias simples frequentemente não detectam fraturas por estresse em fase inicial. O tratamento principal consiste em evitar atividades de impacto por 6-8 semanas, permitindo a cicatrização óssea. Muletas podem ser necessárias. A suplementação de vitamina D e cálcio, quando indicada, auxilia na recuperação.
Atenção: Fraturas por estresse no colo do fêmur requerem acompanhamento médico rigoroso, pois podem evoluir para fratura completa se não tratadas adequadamente.
Dor e Lesão no Cóccix
A dor e lesão no cóccix (o “osso do bumbum”) são relativamente comuns após quedas sentado, impactos diretos na região, parto ou mesmo após longos períodos sentado em superfícies duras. Esse osso fica na base da coluna, bem no final da coluna lombar, e é importante para a sustentação de ligamentos e músculos do assoalho pélvico. Quando há inflamação ou lesão (como contusão, luxação ou fratura), a pessoa sente dor ao sentar, levantar da cadeira, inclinar o tronco para trás e até ao evacuar, o que pode afetar bastante a rotina.
Na maioria dos casos, o tratamento é conservador, com uso de almofadas em formato de “rosca” para aliviar a pressão sobre o cóccix, ajustes de postura, compressas frias nos primeiros dias, analgésicos e anti-inflamatórios prescritos pelo médico. Quando a dor persiste por semanas ou meses, pode ser necessário investigar com exames de imagem e considerar terapias adicionais, como fisiatria, infiltrações locais guiadas por imagem ou outras abordagens para controle da dor.
É importante procurar avaliação médica se a dor no cóccix for intensa, estiver piorando ou vier acompanhada de febre, perda de peso ou alterações intestinais ou urinárias.

AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP
Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica
Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.
Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica
Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP
Médicos Especialistas em Dor e Acupuntura do HC-FMUSP
Os especialistas em medicina da dor são médicos especialmente treinados e qualificados para oferecer avaliação integrada e especializada e gerenciamento da dor usando seu conhecimento único e conjunto de habilidades no contexto de uma equipe multidisciplinar.
O tratamento da dor visa reduzir a dor, abordando o impacto emocional da dor, ajudando os pacientes a se moverem melhor e aumentando o bem-estar por meio de uma variedade de tratamentos, incluindo medicamentos, fisioterapia, acupuntura, ondas de choque e procedimentos minimamente intervencionistas.
Se você está vivendo com uma dor persistente há mais de 3 meses, provavelmente está sentindo dor crônica.
Nossos médicos especialistas em controle da dor em São Paulo trabalham em estreita colaboração com outros especialistas como parte de uma equipe multidisciplinar para fornecer uma abordagem holística e um resultado ideal para a dor crônica, seja qual for a causa.
As técnicas usadas no controle da dor dependerão da natureza e gravidade da dor, mas nossos especialistas em dor têm experiência para ajudar com a dor.

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Acupuntura Médica, Ondas de Choque, Fisioterapia, Infiltrações, Bloqueios Anestésicos, Toxina Botulínica. -
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O reembolso ou livre escolha é uma opção de atendimento a usuários de planos de saúde que não está vinculada à rede de prestadores contratados ou cujo procedimento específico não está contratado.
Não atendemos diretamente por convênio. Nosso foco é um atendimento especializado no paciente. Assim, separamos pelo menos 60-90 minutos para consulta, exame e avaliação do paciente.
O processo na maioria das vezes é digital (pelo Smartphone, tablet ou computador) é simples. O valor reembolsado corresponde a uma tabela de valores da própria operadora e pode cobrir todo o procedimento ou parte dele. Lembrando que a parte não reembolsada pode ser abatida no imposto de renda pessoa física (IRPF).
Clínica Dr. Hong Jin Pai – Centro de Dor, Acupuntura Médica, Fisiatria e Reabilitação.
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