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Estenose lombar – o que é causas e tratamento

estenose lombar se refere a compressão da medula ou dos nervos (cauda equina) em razão de um canal vertebral apertado/diminuído

A estenose lombar é uma patologia cada vez mais frequente, que acompanha o aumento da expectativa de vida das pessoas. Devido aos seus efeitos estarem associados a perda das capacidades do indivíduo, há uma grande necessidade de identificação, acompanhamento e tratamento precoce[1]Arbit E, Pannullo S. Lumbar stenosis: a clinical review. Clinical Orthopaedics and Related Research®. 2001 Mar 1;384:137-43.

A incidência de estenose lombar na população em geral está entre 1,7% e 8%, e aumenta a partir dos 50 anos, sendo a causa mais comum para a cirurgia de coluna, principalmente em pacientes acima dos 60 anos. 

Por se tratar de uma condição comumente confundida com outras patologias, como dores nas costas, muitas pessoas acabam procurando ajuda médica muito tarde, o que dificulta o tratamento [2]Binder DK, Schmidt MH, Weinstein PR. Lumbar spinal stenosis. InSeminars in neurology 2002 (Vol. 22, No. 02, pp. 157-166). Copyright ę 2002 by Thieme Medical Publishers, Inc., 333 Seventh Avenue, New … Continue reading.

Este post tem o objetivo de elucidar o tema, o que é, causas, diagnóstico, entre outras informações importantes. Boa leitura.

O que é estenose lombar?

Nossa coluna vertebral é formada por diferentes elementos, como ossos vertebrais, discos invertebrais e na parte interna dos ossos existe um canal medular com nervos e ramificações nervosas da coluna[3]Mertens P, Blond S, David R, Rigoard P. Anatomy, physiology and neurobiology of the nociception: a focus on low back pain (part A). Neurochirurgie. 2015 Mar 1;61:S22-34.

A coluna vertebral é dividida em três áreas maiores: a cervical (área em volta do pescoço e nuca),  torácica (área localizada no meio das costas) e região lombar (na parte posterior ao abdome). 

A estenose se caracteriza pelo estreitamento do canal medular, o espaço central da coluna em que passam as raízes nervosas na região lombar. Essa região é composta por 5 das 33 vértebras presentes na coluna vertebral, e a redução do diâmetro do canal vertebral (hipertrofia) causa a compressão das estruturas nervosas, resultando em vários incômodos. 

A condição se dá por conta da série de processos do envelhecimento natural que acomete a coluna cervical, a exemplo da degeneração da superfície articular e dos ligamentos, além da redução do comprimento do intervalo entre os elementos vertebrais acima dos seus limites.

Isso faz com o canal central da coluna seja comprimido, o que causa seu estreitamento, e como por ali passam os nervos que vão para os membros inferiores, há consequências significativas. Pode haver o comprometimento das raízes nervosas e da medula espinhal, visto que os nervos responsáveis pela sensibilidade e movimento são comprimidos, gerando sintomas dolorosos. 

A doença pode ser dividida em primária (congênita) ou secundária (adquirida). O primeiro caso é mais raro e acomete apenas 9% dos pacientes, enquanto o segundo está associado ao envelhecimento e a doenças degenerativas como a doença de Paget, além de tumores, infecções, alterações osteoartríticas, entre outras causas. 

A estenose lombar também pode ser classificada de acordo com a sua localização: central, lateral, foraminal e extra-foraminal. Essa classificação é fundamental para definir o tratamento adequado[4]Lee SY, Kim TH, Oh JK, Lee SJ, Park MS. Lumbar stenosis: a recent update by review of literature. Asian spine journal. 2015 Oct;9(5):818..

Quais os sintomas?

estenose lombar

Os sintomas mais comuns da estenose lombar incluem:

  • dores na região lombar;
  • dores na região dos glúteos, coxas e panturrilha ao ficar de pé, andar ou subir escadas;
  • cansaço excessivo acompanhado de sensação de peso nas pernas;
  • choque, formigamento ou cãibras nas pernas;
  • fraqueza muscular e redução dos reflexos;
  • parestesia (dormência acompanhada ou não de queimação) dos membros inferiores; 
  • dificuldade de andar. 

 

Geralmente as dores não são aliviadas ao ficar de pé ou para a caminhada e sim quando a pessoa se senta e ao flexionar a coluna, aliviando a região lombar. 

Em determinados casos pode haver formigamento na região das pernas e nos mais severos há até o comprometimento do trato urinário, com o indivíduo apresentando dificuldade de urinar ou perda da capacidade de controlar o fluxo urinário[5]Hilibrand AS, Rand N. Degenerative lumbar stenosis: diagnosis and management. JAAOS-Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons. 1999 Jul 1;7(4):239-49.

O mesmo pode acontecer com as funções intestinais. Em casos raros, o indivíduo desenvolve a síndrome da cauda equina, uma condição em que há perda do controle das funções urinárias e fecais, o que exige intervenção médica urgente. 

As dores causadas pela estenose lombar são chamadas de claudicação, caracterizada principalmente por dores nas pernas. Essa condição tem este nome devido ao imperador Romano Claudius, que apresentava dor e perda da força nas pernas quando caminhava. 

Há dois tipos de claudicação: claudicação neurogênica, quando há compressão dos nervos, (característica da estenose lombar) e claudicação vascular, quando há o estreitamento de artérias.

Dor lombar com sensação de peso nas pernas - Pode ser Estenose Lombar
A incidência aumenta proporcionalmente ao aumento da expectativa de vida da população.

Quais as causas?

A principal causa da estenose lombar é o envelhecimento, como a pessoa vai envelhecendo, ocorre a degeneração da coluna vertebral. A incidência aumenta proporcionalmente ao aumento da expectativa de vida da população[6]Lotan R, Oron A, Anekstein Y, Shalmon E, Mirovsky Y. Lumbar stenosis and systemic diseases: is there any relevance?. Clinical Spine Surgery. 2008 Jun 1;21(4):247-51

A coluna vertebral saudável possui uma estrutura que “trabalha” em sincronia. Todos os discos, vértebras, articulações e ligamentos atuam juntos na absorção e distribuição de impactos do cotidiano, permitindo a mobilidade ideal. 

Com o passar do tempo, esses componentes perdem colágeno, água e passam por desgastes que afetam as propriedades mecânicas da coluna

Partindo dessa premissa, as causas podem ser congênitas (quando elas se mostram desde o nascimento) ou adquiridas, com o envelhecimento.

Um estudo recente publicado no Journal of Orthopaedic Research (Jornal de Pesquisa Ortopédica) indicou que determinadas mudanças genéticas estão associadas ao aumento do risco de desenvolver a estenose lombar.

De acordo com um dos autores da pesquisa, o Dr. Dino Samartzis, “com uma melhor compreensão da condição e da identificação de marcadores genéticos, os indivíduos que estão em maior risco podem ser identificados precocemente e medidas preventivas podem ser iniciadas. As informações também podem ajudar os investigadores a desenvolver opções de tratamento mais novas e precisas para os pacientes afetados.”

Outras causas comuns são: 

Qual o diagnóstico?

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O diagnóstico da estenose lombar deve ser conduzido pelo médico ortopedista ou neurocirurgião, que inicialmente vai seguir uma criteriosa avaliação clínica. Nesta avaliação, são levadas em conta as queixas do paciente quanto às dores, seu histórico e o exame físico, importante para o apontamento de exames complementares. 

Entre os exames complementares estão a ressonância magnética, para analisar as condições do paciente, avaliar os tecidos que envolvem a coluna vertebral, identificar a localização do desgaste e as possíveis causas da doença. 

Além da ressonância magnética, o médico pode se valer de radiografias dinâmicas e tomografia computadorizada para avaliar a posição da coluna na posição em pé, sob a ação da gravidade e em outras posições. 

O diagnóstico serve não só para iniciar o tratamento, como também para diferenciar de outras doenças com sintomas muito similares aos da estenose lombar. Entre elas a artrose de quadris e joelhos, neuropatias periféricas e claudicação vascular (obstrução das artérias das pernas).

Qual o tratamento?

Inicialmente, os tratamentos incluem:

Medicação 

Diferentes medicamentos podem ser administrados para controlar a dor. Os mais indicados são analgésicos simples e opióides, além de corticosteróides, anticonvulsivantes (gabapentina e pregabalina) e antidepressivos. 

Em idosos, evita-se o uso de anti-inflamatórios para prevenir complicações renais e cardíacas, efeitos colaterais comuns desse tipo de medicamento. 

Fisioterapia

Tratamentos fisioterápicos têm como objetivo controlar a dor lombar e as dores nos membros inferiores. 

Infiltração da coluna

São empregadas soluções de corticosteróides com efeito anti-inflamatório e anestésico. 

Cirurgias

O procedimento cirúrgico é indicado quando não há melhora dos sintomas neurológicos, se houver dificuldade de locomoção, quando há instabilidade mecânica ou quando não há melhora com tratamento clínico. 

O objetivo da cirurgia é a descompressão das estruturas nervosas que sofreram desgaste.

Até ⅔ dos pacientes com estenose lombar irão necessitar, em algum momento, de tratamento cirúrgico. 

Vale ressaltar que nos casos em que o paciente não se queixa de dor e acaba descobrindo o problema por acaso ao fazer exames de imagem, não há necessidade de tratamento específico.

Como prevenir?

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Não há evidências científicas para a prevenção do desenvolvimento da estenose lombar.

Apesar disso, a manutenção de equilíbrio e tônus muscular (elasticidade normal) por meio da prática de exercícios físicos pode atuar na prevenção de sobrecarga mecânica dos componentes da coluna vertebral, reduzindo os sintomas de dor na região lombar e na coluna vertebral. 

Por fim, procure um médico em qualquer sinal de dores na região lombar ou membros inferiores sem razão aparente. Quanto mais cedo for identificada a causa das dores, melhor a resposta ao tratamento. 

clinica dr hong jin pai al jau 687

AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP

Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica

Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.

Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica

Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP

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Clínica Dr. Hong Jin Pai – Centro de Dor, Acupuntura Médica, Fisiatria e Reabilitação.

Al. Jaú 687 – São Paulo – SP

Atendimento de segunda a sábado.

Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas
1 Arbit E, Pannullo S. Lumbar stenosis: a clinical review. Clinical Orthopaedics and Related Research®. 2001 Mar 1;384:137-43.
2 Binder DK, Schmidt MH, Weinstein PR. Lumbar spinal stenosis. InSeminars in neurology 2002 (Vol. 22, No. 02, pp. 157-166). Copyright ę 2002 by Thieme Medical Publishers, Inc., 333 Seventh Avenue, New York, NY 10001, USA. Tel.:+ 1 (212) 584-4662.
3 Mertens P, Blond S, David R, Rigoard P. Anatomy, physiology and neurobiology of the nociception: a focus on low back pain (part A). Neurochirurgie. 2015 Mar 1;61:S22-34.
4 Lee SY, Kim TH, Oh JK, Lee SJ, Park MS. Lumbar stenosis: a recent update by review of literature. Asian spine journal. 2015 Oct;9(5):818.
5 Hilibrand AS, Rand N. Degenerative lumbar stenosis: diagnosis and management. JAAOS-Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons. 1999 Jul 1;7(4):239-49.
6 Lotan R, Oron A, Anekstein Y, Shalmon E, Mirovsky Y. Lumbar stenosis and systemic diseases: is there any relevance?. Clinical Spine Surgery. 2008 Jun 1;21(4):247-51

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorado em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).  

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