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Metatarsalgia: Dor na Ponta do Pé

A metatarsalgia surge frequentemente em pessoas que praticam atividades de impacto, como corrida, saltos ou caminhadas prolongadas.

A metatarsalgia é uma dor localizada na parte frontal do pé, na região dos ossos metatarsos. Os metatarsos são os cinco ossos longos que conectam o tarso (parte do meio do pé) às falanges (ossos dos dedos).

Embora a dor possa parecer afetar toda a parte frontal do pé, ela geralmente se origina nas cabeças dos metatarsos, a região que faz contato com o chão ao caminhar. A metatarsalgia está frequentemente associada a atividades que sobrecarregam essa área, como corrida, saltos ou longas caminhadas.

O uso de calçados inadequados, especialmente sapatos de salto alto, pode desencadear o problema. Algumas pessoas apresentam uma anatomia do pé em que as cabeças dos metatarsos são mais proeminentes, o que aumenta a pressão nessa região durante a marcha.

Os pacientes costumam descrever a dor como aguda, em pontada ou com sensação de queimação. Uma queixa muito comum é a sensação de ter uma pedra ou bolinha sob a planta do pé ao caminhar.

Andar descalço, especialmente em superfícies duras, geralmente agrava os sintomas. A dor tende a piorar quanto mais tempo a pessoa permanece em pé. Por outro lado, o repouso e a elevação dos pés costumam proporcionar alívio significativo.

Os ossos metatarsos

A metatarsalgia é uma dor na parte frontal do pé, localizada na área dos ossos metatarsos, que são os ossos que articulam com as falanges

Anatomia do Pé: Localização da Metatarsalgia

Falanges (dedos) Metatarsos Área da dor (cabeças dos metatarsos) Tarso (meio do pé)

Entenda: A metatarsalgia afeta principalmente as cabeças dos metatarsos (área vermelha), que são os pontos de maior pressão ao caminhar. Os cinco ossos metatarsos conectam os dedos ao meio do pé.

Você sabe onde ficam os ossos metatarsos?

O metatarso é a região intermediária do pé, formada por cinco ossos alongados. Cada metatarso se articula com o tarso (ossos do meio do pé) na sua extremidade proximal e com as falanges (ossos dos dedos) na extremidade distal. O pé é uma estrutura complexa que merece atenção especial.

Existem diversos problemas que podem afetar o pé, como o esporão de calcâneo e a fascite plantar. Por isso, é importante evitar sobrecargas excessivas, especialmente durante atividades físicas, para prevenir lesões.

A metatarsalgia ocorre quando há sobrecarga excessiva nas cabeças dos metatarsos, ou seja, na parte arredondada desses ossos que faz contato com o solo. Essa sobrecarga causa dor, inflamação e, em casos mais graves, pode levar a fraturas por estresse. O problema afeta mais frequentemente o segundo e terceiro metatarsos, e costuma vir acompanhado de calosidades na região.

Embora cause desconforto significativo e possa limitar atividades cotidianas, a metatarsalgia geralmente responde bem ao tratamento conservador, com boa recuperação na maioria dos casos.

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da metatarsalgia.

Causas da metatarsalgia

A metatarsalgia pode surgir por diferentes motivos, relacionados tanto a hábitos do dia a dia quanto a características anatômicas do pé.

Conhecer os principais fatores de risco ajuda na prevenção e no tratamento adequado:

Atividades físicas de alto impacto e longas caminhadas

Exercícios físicos são fundamentais para a saúde, mas o excesso pode sobrecarregar os metatarsos. Corridas, saltos e caminhadas prolongadas aumentam a pressão na parte frontal do pé, podendo desencadear o problema.

Salto alto e bico fino

Esses calçados deslocam o peso do corpo para a frente, fazendo com que as cabeças dos metatarsos suportem uma carga desproporcional. O bico fino ainda comprime os dedos, agravando a situação. Esta é uma das causas mais comuns de metatarsalgia.

Excesso de peso

O sobrepeso aumenta significativamente a carga sobre os pés. Como a região dos metatarsos já recebe grande parte do peso corporal durante a marcha, o excesso de peso intensifica essa pressão e eleva o risco de metatarsalgia.

Deformidades nos dedos

Alterações como dedos em garra, dedos em martelo e joanete (hálux valgo) modificam a distribuição de peso no pé. Essas deformidades aumentam a pressão sobre os metatarsos durante a caminhada, favorecendo o surgimento da dor.

Pés cavos

O pé cavo apresenta um arco plantar muito elevado, o que reduz a área de contato do pé com o chão. Isso concentra o peso corporal em pontos específicos, principalmente nas cabeças dos metatarsos, aumentando o risco de dor e lesão.

Prática esportiva intensa

Atletas estão mais suscetíveis a fraturas por estresse nos ossos metatarsos devido ao impacto repetitivo. Corredores, jogadores de futebol e praticantes de esportes de salto são particularmente afetados.

Artrite, gota ou outras condições inflamatórias

Doenças inflamatórias podem afetar as articulações metatarsofalangeanas (entre os metatarsos e os dedos), causando dor, inchaço e rigidez na região frontal do pé.

Joanete ou artrite no dedão do pé

Quando o dedão do pé está comprometido por joanete ou artrite, sua função fica prejudicada. Isso transfere mais peso para os outros metatarsos, sobrecarregando-os. O mesmo pode ocorrer após cirurgias corretivas no dedão.

Neuroma interdigital (Neuroma de Morton)

É um espessamento do nervo entre os dedos, geralmente entre o terceiro e quarto dedos. Causa dor em queimação, formigamento e sensação de ter algo dentro do pé. A síndrome do túnel do tarso também pode produzir sintomas semelhantes.

Avalie Seu Risco de Metatarsalgia

Marque os fatores que se aplicam a você:

Sintomas da metatarsalgia

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A metatarsalgia costuma se desenvolver de forma gradual. Os sintomas começam leves e progridem ao longo do tempo se a causa não for tratada. No início, é comum o aparecimento de calosidades na região devido ao aumento da pressão local. Com o agravamento, podem surgir vermelhidão e inchaço.

Alguns pacientes descrevem a sensação de caminhar sobre pedras, enquanto outros referem uma dor mais difusa em toda a região frontal do pé.

O problema pode afetar um ou ambos os pés, e a dor pode estar concentrada em apenas uma ou duas cabeças dos metatarsos ou em todas elas.

Principais sintomas na fase aguda:

  • Dor em queimação ou ardência na região logo atrás dos dedos;
  • Dor localizada principalmente no segundo, terceiro ou quarto dedo (raramente no dedão);
  • Pontadas que pioram ao ficar em pé, andar ou correr, e melhoram com o repouso;
  • Dormência ou formigamento nos dedos;
  • Sensação de ter uma pedra dentro do sapato;
  • Piora da dor ao flexionar os pés;
  • Aumento da dor ao andar descalço em superfícies duras.

É fundamental buscar avaliação com médico especialista em dor. Dores na região do tornozelo e pés podem ter outras causas que precisam ser investigadas, como a síndrome dolorosa miofascial e a tendinopatia do calcâneo, entre outras.

Um diagnóstico diferencial importante é o Neuroma de Morton, causado por inflamação do nervo interdigital

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YouTube Hong Jin Pai

Como é feito o diagnóstico da metatarsalgia?

O diagnóstico preciso é essencial, pois diversos problemas nos pés podem causar sintomas semelhantes.

Identificar corretamente a causa da metatarsalgia é fundamental para definir o tratamento mais adequado. Em alguns casos, mais de uma condição pode estar presente simultaneamente.

Outras condições podem causar sintomas parecidos com os da metatarsalgia, como o Neuroma de Morton, fraturas por estresse e artrite. Por isso, a avaliação médica completa é indispensável.

Durante a consulta, o médico examinará seu pé tanto em posição de repouso quanto com carga, e fará perguntas sobre seu estilo de vida, atividades físicas e tipo de calçado que você usa.

Durante a avaliação, o médico investigará:

– Seu histórico médico e doenças prévias

– Seu estilo de vida e rotina de atividades

– O tipo de calçado que você usa habitualmente

– Suas atividades físicas e hobbies

 

Também é importante informar quando a dor começou, sua frequência, localização exata, se está piorando progressivamente e se há dor em outras partes do corpo.

Em alguns casos, pode ser solicitada uma análise da marcha em esteira ou placa de pressão, que permite identificar quais áreas do pé estão recebendo maior carga durante a caminhada.

Exames complementares:

Exames de imagem como radiografia, ressonância magnética ou ultrassonografia podem ser necessários para descartar fraturas, inflamações ou outras alterações estruturais.

Exames de sangue podem ser solicitados para investigar condições associadas, como gota, artrite reumatoide ou diabetes.

Tratamento e prevenção da metatarsalgia

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O tratamento da metatarsalgia começa pela identificação e correção da causa. Se o problema estiver relacionado a calçados inadequados, a primeira medida é substituí-los por modelos mais apropriados.

O tratamento varia conforme a gravidade do quadro. O objetivo inicial é reduzir a pressão sobre os ossos metatarsos:

  • Evite salto alto ou opte por saltos de no máximo 3 cm;
  • Reduza temporariamente exercícios de alto impacto como corridas e saltos;
  • Busque atingir um peso saudável para diminuir a sobrecarga;
  • Utilize palmilhas adequadas, especialmente em casos de pé cavo ou outras alterações biomecânicas.

 

A boa notícia é que a maioria dos casos de metatarsalgia responde bem ao tratamento conservador, sem necessidade de cirurgia. O médico especialista definirá o plano de tratamento mais adequado para cada caso.

Guia de Tratamentos para Metatarsalgia

🏠 Medidas Conservadoras (Primeira Linha)

Troca de calçados: Opte por sapatos com bico largo, solado acolchoado e salto baixo (até 3cm). Evite sapatos de bico fino e salto alto.
Palmilhas ortopédicas: Redistribuem a pressão no pé e corrigem alterações biomecânicas. Podem ser feitas sob medida.
Repouso relativo: Reduza atividades de impacto e eleve os pés quando possível.
Gelo local: Aplique por 15-20 minutos, várias vezes ao dia, protegendo a pele com um pano.
Controle do peso: Reduzir o peso corporal diminui a sobrecarga nos metatarsos.
A aplicação de gelo local e o repouso são medidas simples que ajudam a iniciar a recuperação.

O uso de anti-inflamatórios e analgésicos pode ser necessário na fase inicial, mas sempre com orientação médica. Esses medicamentos apresentam riscos de efeitos colaterais gastrointestinais, renais e cardiovasculares, especialmente em pessoas mais velhas ou com doenças preexistentes. Não utilize por mais de 7-10 dias sem reavaliação médica.

Além das mudanças de hábitos, o médico fisiatra pode prescrever um programa de reabilitação para fortalecer a musculatura do pé, corrigir alterações da marcha e acelerar a recuperação.

A aplicação de gelo local (15-20 minutos, com proteção da pele) várias vezes ao dia ajuda a reduzir a inflamação e a dor. Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de bandagem ou enfaixamento para suporte adicional.

Manter um peso saudável é fundamental para reduzir a sobrecarga nos pés. Palmilhas ortopédicas diminuem o impacto no antepé e ajudam a corrigir alterações biomecânicas que podem agravar a metatarsalgia.

Em casos de dor intensa ou deformidades importantes, palmilhas feitas sob medida por profissional especializado podem ser indicadas. Elas garantem o alinhamento adequado do pé e a distribuição equilibrada do peso corporal.

Calçados adequados apresentam bico largo e alto o suficiente para acomodar os dedos sem compressão, solado acolchoado e boa absorção de impacto. Isso ajuda a reduzir a pressão no antepé.

Evite sapatos de salto muito alto (acima de 3 cm) e modelos com bico fino, que concentram pressão na região dos metatarsos.

Tempo de recuperação: A recuperação varia conforme a gravidade do quadro, idade, condição de saúde geral e adesão ao tratamento. Casos leves podem melhorar em algumas semanas com medidas conservadoras. Quadros mais graves ou crônicos podem necessitar de tratamento mais prolongado.

Dicas para prevenção: exercícios recomendados e o que evitar

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Exercícios e medidas recomendadas:

– Substitua temporariamente esportes de impacto por atividades como natação ou ciclismo, que não sobrecarregam os pés

– Pratique exercícios de mobilidade do tornozelo e alongamento do tendão de Aquiles e panturrilha

– Utilize palmilhas adequadas para redistribuir a pressão e proteger o antepé

– Descanse e eleve os pés sempre que possível

– Aplique gelo envolto em toalha na região dolorida por 15-20 minutos, várias vezes ao dia

– Escolha sapatos confortáveis, com bico amplo, salto baixo e sola macia

– Busque manter um peso saudável

 

O que evitar:

– Evite permanecer em pé ou caminhar por períodos prolongados durante a fase de dor

– Não use sapatos de salto alto ou sapatos apertados e de bico fino

– Evite andar descalço em superfícies duras

– Não ignore a dor – procure avaliação médica se os sintomas persistirem

A acupuntura pode ajudar no tratamento da metatarsalgia?

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Sim, a acupuntura pode ser uma aliada no tratamento. Embora os estudos específicos sobre acupuntura na metatarsalgia ainda sejam limitados, a técnica pode auxiliar no alívio da dor, redução da inflamação e melhora da funcionalidade.

A acupuntura apresenta propriedades analgésicas, relaxantes musculares e anti-inflamatórias reconhecidas. Muitos pacientes relatam sensação de bem-estar e alívio da dor já nas primeiras sessões.

Importante: a acupuntura isoladamente não resolve a causa do problema. É fundamental corrigir os fatores desencadeantes, como calçados inadequados e alterações biomecânicas. Sem essas correções, a melhora obtida com a acupuntura tende a ser temporária.

Segundo estudo observacional realizado em clínica reumatológica, pacientes com dores crônicas tratados com acupuntura apresentaram melhora significativa após uma média de 5 sessões.

Vale ressaltar que a resposta ao tratamento varia de pessoa para pessoa. O melhor resultado é obtido quando a acupuntura faz parte de um plano terapêutico integrado, que inclui medidas preventivas, reabilitação e, quando necessário, tratamento medicamentoso.

Terapia por Ondas de Choque para Metatarsalgia

A metatarsalgia frequentemente envolve inflamação dos tecidos moles na planta do pé. Nesses casos, a terapia por ondas de choque extracorpóreas (ESWT) pode ser uma opção eficaz de tratamento.

Como funciona: A terapia por ondas de choque é um tratamento não invasivo que utiliza ondas acústicas de alta energia para estimular a regeneração dos tecidos afetados. O procedimento promove aumento do fluxo sanguíneo local, redução da inflamação e ativação dos mecanismos naturais de cura do organismo.

Resultados esperados: Muitos pacientes relatam redução perceptível da dor já nas primeiras sessões. Com o tratamento completo (geralmente 3 a 5 sessões), observa-se diminuição progressiva do inchaço e da inflamação, permitindo a cicatrização dos tecidos e recuperação funcional.

Indicações: A terapia por ondas de choque é especialmente indicada para pacientes que não obtiveram melhora adequada com medidas conservadoras iniciais, oferecendo uma alternativa eficaz antes de considerar procedimentos mais invasivos.

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A Clínica Dr. Hong Jin Pai é referência no tratamento da dor em São Paulo. Nossa equipe é formada por médicos e fisioterapeutas especialistas do Grupo de Dor da Neurologia e Ortopedia do Hospital das Clínicas da FMUSP.

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Referências Bibliográficas

Seok H, Kim SH, Lee SY, Park SW. Extracorporeal Shockwave Therapy in Patients with Morton’s Neuroma: A Randomized, Placebo-Controlled Trial. Journal of the American Podiatric Medical Association. 2016;106(2):93-9.

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorado em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).  

11 Comentários

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  • Virginia maria Franco Ribeiro

    Os metatarso quebrado ja faz bastante tempo mais agora tá doendo muito e inchado um pouco o que posso fazer para aliviar a dor ja fiz uso de anti-inflamatórios e resolve por uns dias e volta a dor novamente

  • Maria Auxiliadora de Souza Rodrigues

    Sinto muita dor na sola do pé nas pontas dos pés tem algum remédio q posso usar?

  • estou fazendo caminhada mais meu pé ta doendo muito.quema esquenta.antes doia só na caminhada mais agora ta doendo mesmo parado.atraz dos dedos.na pesquisa q eu fiz diz q e uma doencia chamada metatarlgia. ou pode ser da diabete.eu nao posso parar de caminhar agora.justamente porque estou diabetico.alguem pode me ajudar?

  • Meu segundo dedo do pé está inchado perto da unha e alguns dias atrás eu não sentia dor, mas hoje comecei a sentir dor ao andar. O que pode ser??

  • Boa tarde! sofro de inflação nos metatarso a mais de 2,5 anos, ninguém resolve, já gastei muita grana e nada dá certo, a inflamção é do 4o. e 5o. metatarso, alguém pode me ajudar?

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