Muito confundida com lombalgia, a lombociatalgia é uma condição dolorosa que afeta a região lombar e se irradia para os membros inferiores, seguindo o trajeto do nervo ciático — o maior nervo do corpo humano.
A dor lombar é uma das queixas mais comuns da atualidade, sendo uma frequente causa de incapacitação funcional que afeta milhões de brasileiros[1]Koes BW, Van Tulder MW, Peul WC. Diagnosis and treatment of sciatica. Bmj. 2007 Jun 21;334(7607):1313-7..
As causas são diversas: doenças infecciosas ou metabólicas, tumores, traumas, sobrecarga dos ligamentos da coluna, desgaste dos discos intervertebrais (as “almofadas” entre as vértebras), defeitos congênitos e lesões por prática esportiva.
A dor neuropática — aquela causada por lesão no próprio sistema nervoso — está presente em 37% a 55% dos pacientes. Esse tipo de dor é geralmente mais intenso e pode incluir sensações de queimação, formigamento ou “choques”, impactando significativamente a qualidade de vida[2]Konstantinou K, Dunn KM. Sciatica: review of epidemiological studies and prevalence estimates. Spine. 2008 Oct 15;33(22):2464-72..
Neste artigo, você encontrará informações completas sobre a lombociatalgia: o que é, suas causas, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento disponíveis.
O que é Lombociatalgia
A lombociatalgia é a dor que se origina na região lombar e se irradia pelo trajeto do nervo ciático. Diferente da lombalgia simples (dor localizada apenas na região lombar), a lombociatalgia envolve compressão ou irritação das raízes nervosas que formam o nervo ciático.
O diagnóstico pode ser desafiador, já que os sintomas são semelhantes aos de outras condições como hérnia de disco, síndrome do piriforme e artrose da coluna. Por isso, uma avaliação médica completa é fundamental.
O quadro é popularmente conhecido como “dor no ciático”. O nervo ciático é o maior e mais longo nervo do corpo humano, originando-se na região lombar baixa (vértebras L4-S3) e percorrendo a nádega, a parte posterior da coxa, a perna e chegando até o pé. Quando há compressão desse nervo, a dor pode irradiar por todo esse trajeto. A coluna pode ficar com sensação de travamento.
A intensidade da dor varia consideravelmente entre os pacientes. Algumas pessoas sentem apenas desconfortos leves que pioram ao se movimentar após repouso prolongado.
Outros pacientes, porém, descrevem dores intensas e incapacitantes, que dificultam atividades rotineiras como trabalhar, deitar, levantar ou mesmo caminhar.
Em casos mais graves, pode ocorrer bloqueio completo dos movimentos, com rigidez total e impossibilidade de mudar de posição. Nesses casos, é importante procurar atendimento médico com urgência.
Anatomia do Nervo Ciático
Clique nos botões acima para conhecer mais sobre o nervo ciático e entender como a lombociatalgia se desenvolve.
Fatores de risco
Os fatores de risco para lombociatalgia são semelhantes aos da lombalgia simples, mas merecem atenção especial:
Sedentarismo: Este é possivelmente o fator mais importante. A inatividade física enfraquece a musculatura que sustenta a coluna (musculatura do core), tornando-a mais vulnerável a lesões. Pessoas sedentárias têm maior risco de desenvolver dores na coluna.
Sobrecarga mecânica: Carregar peso de forma inadequada, má postura ao dirigir ou trabalhar (especialmente em escritórios), e movimentos repetitivos podem sobrecarregar os discos e ligamentos da coluna.
Tabagismo: O cigarro prejudica a circulação sanguínea e a nutrição dos discos intervertebrais, acelerando seu desgaste.
Envelhecimento: Com a idade, os discos naturalmente perdem água e elasticidade, tornando-se mais propensos a hérnias e protrusões.
Herança genética: A hérnia de disco, uma das principais causas de lombociatalgia, possui componente hereditário significativo. Se seus pais ou irmãos têm problemas de coluna, sua chance de desenvolvê-los é maior.
Obesidade: O excesso de peso aumenta a carga sobre a coluna vertebral, acelerando o desgaste dos discos e articulações.
Outras condições que podem predispor à lombociatalgia incluem: fadiga por excesso de carga, ruptura traumática dos discos, alterações degenerativas, fraturas por compressão e protrusão discal.
Avalie Seus Fatores de Risco
Ferramenta educativa – não substitui avaliação médica
Diferença entre lombalgia e lombociatalgia
Muitas pessoas confundem lombalgia e lombociatalgia. Embora os quadros sejam relacionados, existem diferenças importantes:
Lombalgia é o termo médico para qualquer dor na região lombar. A dor fica localizada na parte baixa das costas, sem se estender para as pernas. Pode ter diversas causas, incluindo problemas musculares, articulares ou ligamentares.
Lombociatalgia (ou ciatalgia) é quando a dor lombar irradia para os membros inferiores, seguindo o trajeto do nervo ciático. Isso indica que há comprometimento desse nervo — seja por compressão, inflamação ou irritação. Além da coluna, podem ser afetados os glúteos, a coxa, a perna e até o pé.
Ambas podem ser agudas (início súbito, duração de dias a semanas) ou crônicas (duração superior a 3 meses), dependendo das causas subjacentes. A distinção é importante porque o tratamento pode variar.
Comparativo: Lombalgia vs Lombociatalgia
Lombalgia
-
Local da dor:
Apenas região lombar (parte baixa das costas) -
Irradiação:
Não irradia para as pernas -
Causa principal:
Muscular, articular ou ligamentar -
Sintomas associados:
Rigidez, tensão muscular localizada
Lombociatalgia
-
Local da dor:
Região lombar + trajeto do nervo ciático -
Irradiação:
Nádega, coxa, perna e/ou pé -
Causa principal:
Compressão do nervo ciático (hérnia, estenose) -
Sintomas associados:
Formigamento, fraqueza, \”choques\” na perna
Principais causas
A lombociatalgia geralmente é provocada por alterações nas vértebras L4-L5 e L5-S1 (as últimas vértebras lombares e a primeira sacral). Na maioria dos casos, o quadro ocorre devido à compressão radicular — ou seja, compressão das raízes nervosas que formam o nervo ciático. Diversos fatores podem causar essa compressão:
Protrusão discal (Abaulamento do disco)
A protrusão discal é a principal causa de lombociatalgia, responsável por cerca de 90% dos casos.
O disco intervertebral é uma estrutura que funciona como “amortecedor” entre as vértebras. Ele possui um núcleo gelatinoso (núcleo pulposo) envolvido por um anel fibroso resistente. Na protrusão, esse anel se distende, fazendo o disco “abaular” para fora de sua posição normal, podendo pressionar as raízes nervosas.
É importante diferenciar: na protrusão, o anel fibroso está intacto, apenas distendido. Já na hérnia de disco, há ruptura desse anel.
A protrusão pode ocorrer naturalmente com o envelhecimento, quando os discos perdem água e elasticidade. Traumas e sobrecarga podem acelerar esse processo. Muitas vezes, a protrusão é assintomática e só causa dor quando comprime um nervo.
Hérnia de disco
A hérnia de disco é a segunda causa mais comum de lombociatalgia. Diferente da protrusão, na hérnia há ruptura do anel fibroso, permitindo que parte do núcleo pulposo saia de sua posição e comprima diretamente o nervo.
Além da compressão mecânica, a hérnia provoca inflamação local, o que intensifica a dor. A doença é mais comum entre os 40 e 50 anos, quando o processo de desgaste natural dos discos está mais avançado.
Estenose de canal vertebral
A estenose é o estreitamento do canal vertebral — o “túnel” por onde passam a medula espinhal e os nervos. Pode ser congênita (a pessoa nasce com o canal mais estreito) ou adquirida (desenvolve-se com o tempo devido a alterações degenerativas, artrose ou espessamento dos ligamentos).
Quando a estenose ocorre na região lombar, pode comprimir as raízes do nervo ciático, causando lombociatalgia. Um sintoma característico é a “claudicação neurogênica”: dor e fraqueza nas pernas ao caminhar, que melhora ao sentar ou inclinar-se para frente.
Síndrome pós-laminectomia
Conhecida em inglês como failed back surgery syndrome (síndrome da cirurgia de coluna malsucedida), esta condição pode acometer entre 10% e 40% dos pacientes submetidos a cirurgias na coluna lombar.
Segundo a IASP (Associação Internacional de Estudo da Dor), a síndrome é definida como dor lombar que persiste ou surge após cirurgia de coluna, apesar do procedimento tecnicamente bem-sucedido.
As causas não são completamente conhecidas, mas podem incluir: tecido cicatricial (fibrose), instabilidade da coluna, componente miofascial não diagnosticado previamente, ou alterações em outros níveis da coluna.
Síndrome do piriforme
A síndrome do piriforme é uma causa frequentemente negligenciada de dor ciática. O músculo piriforme localiza-se na região glútea profunda, e o nervo ciático passa muito próximo a ele (em algumas pessoas, até atravessa o músculo).
Quando o piriforme fica tenso, inflamado ou hipertrofiado (aumentado), pode comprimir o nervo ciático, causando dor na nádega que irradia pela perna — mimetizando uma lombociatalgia de origem na coluna.
Essa síndrome pode ser causada por trauma na região glútea, permanência prolongada sentado, esforço físico intenso ou alterações anatômicas.
Outras causas menos comuns
Além das causas citadas, outras condições podem levar à lombociatalgia:
- Escoliose (desvio lateral da coluna)
- Diferença de comprimento entre as pernas
- Alterações da articulação sacroilíaca
- Hiperlordose lombar (curvatura excessiva da coluna lombar)
- Espondilolistese (escorregamento de uma vértebra sobre outra)
- Sacro horizontalizado
- Tumores (raramente)
- Infecções da coluna (raramente)
Vídeo sobre Lombociatalgia
Sintomas de Lombociatalgia
A dor é o sintoma principal da lombociatalgia, podendo se apresentar de forma aguda ou crônica.
Na forma aguda, a dor geralmente surge durante um esforço físico, como levantar peso ou fazer um movimento brusco. Já na dor crônica, o sintoma se instala gradualmente e persiste por mais de três meses.
Sintomas característicos:
- Dor na região lombar que irradia para nádega, coxa, perna e/ou pé
- Formigamento ou dormência ao longo do trajeto do nervo
- Sensação de “choque elétrico” na perna
- Fraqueza muscular no membro afetado
- Rigidez matinal que melhora com movimento
- Piora da dor ao tossir, espirrar ou fazer força abdominal
Pode ocorrer ainda parestesia (sensação anormal como queimação ou agulhadas), alteração dos reflexos e tensão muscular na região afetada.
Escala Visual de Dor (EVA)
Use esta escala para comunicar a intensidade da sua dor ao médico
Você está bem, sem nenhum desconforto.
Diagnóstico de Lombociatalgia
O diagnóstico da lombociatalgia segue uma abordagem sistemática, dividida em quatro etapas: anamnese (entrevista médica), exame físico, exames complementares e diagnóstico diferencial.
Anamnese (Entrevista Médica)
Durante a consulta, o médico fará perguntas detalhadas sobre sua dor: há quanto tempo começou, o que melhora e o que piora, localização exata, tipo de dor (queimação, pontada, latejante), intensidade e se há irradiação para as pernas.
Pacientes com lombociatalgia tipicamente relatam alívio quando deitados, por isso costumam dormir bem à noite. Porém, há rigidez ao acordar que melhora com o movimento.
A descrição detalhada dos sintomas ajuda o médico a identificar qual raiz nervosa pode estar comprometida.
Exame Físico
O exame físico é etapa essencial para confirmar o diagnóstico. O médico avaliará sua sensibilidade, força muscular e reflexos.
Pacientes com hérnia de disco geralmente sentem piora da dor ao flexionar a coluna (inclinar-se para frente), melhorando em repouso. Já quem tem estenose sente mais dor ao estender a coluna (inclinar-se para trás).
Manobra de Lasègue: Com você deitado de costas, o médico eleva sua perna estendida. O teste é positivo quando a dor irradia ou piora quando a perna atinge um ângulo entre 35° e 70°. Este é um dos testes mais importantes para confirmar comprometimento do nervo ciático.
Teste de Patrick (FABER): Deitado de costas, você posiciona a perna flexionada, com o tornozelo apoiado sobre o joelho oposto, formando um “4”. O médico pressiona suavemente o joelho para baixo. Dor indica possível problema na articulação do quadril ou sacroilíaca.
Outros testes podem ser realizados conforme necessário: sinal das pontas (ficar na ponta dos pés ou nos calcanhares), sinal de Bragard, entre outros. Uma avaliação neurológica completa também faz parte do exame.
Exames Complementares
Na maioria dos casos, o diagnóstico pode ser feito apenas com a história clínica e exame físico. Exames de imagem são indicados quando há:
- Sinais de comprometimento neurológico grave (fraqueza significativa, alteração de reflexos)
- Suspeita de doenças graves (tumor, infecção)
- Ausência de melhora após 4 a 6 semanas de tratamento adequado
A radiografia da coluna lombossacral é o exame inicial, permitindo identificar fraturas, espondilose e alterações ósseas.
A ressonância magnética (RM) é o exame mais detalhado, mostrando com precisão discos, nervos e tecidos moles. É especialmente útil para identificar hérnias, protrusões e estenose.
Exames de sangue e urina podem ser solicitados se houver suspeita de condição sistêmica (infecção, doenças inflamatórias).
Diagnóstico Diferencial
Como os sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições, é importante excluir: neoplasias (tumores), infecções, problemas vasculares, Síndrome do Piriforme e cruralgia (comprometimento do nervo femoral).
Identificar corretamente a causa é fundamental para escolher o melhor tratamento.
Radiografia Convencional (Raio-X)
Útil para identificar fraturas, alterações ósseas e doenças degenerativas. Porém, tem limitações importantes: não mostra bem os discos, nervos ou tecidos moles. É um bom exame inicial, mas raramente é suficiente para o diagnóstico completo da lombociatalgia.
Tomografia Computadorizada (TC)
Fornece imagens detalhadas das estruturas ósseas da coluna. Pode ser útil quando a ressonância magnética é contraindicada (pacientes com marcapasso, por exemplo) ou indisponível. Menos sensível que a RM para avaliar discos e nervos.
Ressonância Magnética (RM)
É o exame de escolha para investigar lombociatalgia. Mostra com alta definição os discos intervertebrais, nervos, medula espinhal e tecidos moles. Permite identificar hérnias de disco, protrusões, estenose e outras alterações com precisão. Importante: alterações na RM nem sempre explicam a dor — a correlação clínica é essencial.
Eletroneuromiografia (ENMG)
Exame que avalia a função dos nervos e músculos através de estímulos elétricos. É útil para confirmar se há lesão do nervo ciático, identificar qual raiz está comprometida e diferenciar a lombociatalgia de outras neuropatias (doenças dos nervos periféricos).
É importante saber que a maioria dos casos de lombociatalgia melhora com tratamento conservador (não cirúrgico). Estudos mostram que, para muitas pessoas, os sintomas melhoram significativamente em 4 a 6 semanas.
Nem sempre é possível eliminar completamente a dor, mas o tratamento adequado permite controlar os sintomas e melhorar a função. O sucesso depende do diagnóstico preciso e da terapia escolhida.
Tratamento conservador
A grande maioria dos pacientes (cerca de 80-90%) melhora com tratamento conservador, que inclui medicamentos, fisioterapia e mudanças de hábitos. A cirurgia é reservada para casos específicos.
Orientações iniciais importantes:
- Evite repouso prolongado no leito — isso pode piorar o quadro
- Mantenha-se o mais ativo possível dentro dos limites da dor
- A dor provavelmente vai melhorar — essa informação ajuda na recuperação
Medicamentos para lombociatalgia
O tratamento medicamentoso deve ser orientado por um médico, que escolherá os remédios mais adequados considerando a intensidade da dor, outras doenças e possíveis efeitos colaterais.
Para dores neuropáticas (como a lombociatalgia), as diretrizes médicas recomendam em primeira linha:
- Anticonvulsivantes (gabapentina, pregabalina) — atuam nos canais de cálcio dos nervos, reduzindo a transmissão de dor
- Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, nortriptilina) — têm efeito analgésico independente do efeito antidepressivo
- Inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina (duloxetina, venlafaxina)
Em segunda linha, podem ser utilizados adesivos de lidocaína (para dor localizada) e, em casos selecionados, opioides — sempre com acompanhamento médico rigoroso devido ao risco de dependência e efeitos colaterais.
Anti-inflamatórios e analgésicos comuns podem ajudar no alívio inicial da dor, mas não são o tratamento principal para dor neuropática.
Importante: Nunca se automedique. O tratamento farmacológico deve ser sempre orientado por um médico.
Fisioterapia para lombociatalgia
A fisioterapia é um dos pilares do tratamento da lombociatalgia e pode proporcionar alívio significativo da dor.
O tratamento inicial enfatiza:
- Educação sobre a condição — entender o problema ajuda na recuperação
- Orientação para manter-se ativo, evitando repouso prolongado
- Reasseguramento de que a maioria dos casos melhora
Conforme a avaliação individual, podem ser incluídos exercícios específicos e terapia manual. Para pacientes com dor intensa e espasmo muscular, modalidades como calor e massagem podem proporcionar alívio a curto prazo.
Clínica Dr. Hong Jin Pai
Tratamento especializado em dor e reabilitação
Nossos tratamentos não cirúrgicos para lombociatalgia:
- Acupuntura médica
- Dry needling (agulhamento a seco)
- Fisioterapia motora individualizada
- Pilates terapêutico
- RPG (Reeducação Postural Global)
- Ondas de choque
- Laser de alta intensidade
- TENS e eletroestimulação
- Mesoterapia
- Toxina botulínica para dor
Localização: Al. Jaú, 687 – Jardim Paulista, São Paulo – SP
Equipe: Médicos e profissionais especialistas em Dor do Grupo de Dor da Neurologia e Ortopedia do Hospital das Clínicas da FMUSP
Diferencial: Atendimento individualizado em salas privativas
Educação do Paciente
O paciente aprende sobre sua condição, fatores que contribuem para a lombociatalgia e estratégias de autocuidado. Isso inclui orientações sobre postura, ergonomia no trabalho, atividade física adequada e modificação das atividades diárias. Entender o problema é parte fundamental da recuperação.
Exercícios Terapêuticos
Programa personalizado de exercícios para fortalecer a musculatura do tronco e região lombar (core), melhorar flexibilidade, estabilidade e postura. Exercícios específicos de alongamento e mobilização neural também podem ser incluídos para aliviar a tensão sobre o nervo ciático.
Terapias Manuais
Técnicas como massagem terapêutica, liberação miofascial, mobilizações articulares e manipulações vertebrais podem aliviar a dor, reduzir a tensão muscular e restaurar a mobilidade. A escolha da técnica depende da avaliação individual.
Modalidades Físicas
Recursos como calor, gelo, ultrassom, TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea) e laser terapêutico podem ser utilizados para alívio da dor, redução da inflamação e melhora da circulação local.
Estimulação Elétrica (TENS)
A TENS usa correntes elétricas de baixa intensidade para aliviar a dor. Estudos mostram que pode proporcionar melhoras significativas na dor, na capacidade funcional e na flexibilidade de pacientes com lombociatalgia. É um método seguro e não invasivo.
Hidroterapia
Exercícios realizados em piscina aquecida aproveitam as propriedades da água (flutuabilidade, resistência e pressão hidrostática) para reduzir o impacto nas articulações, melhorar a circulação e promover relaxamento muscular. Excelente opção para pacientes com dor intensa.
Liberação Miofascial e Mobilização Neural
A liberação miofascial aplica pressão suave nos tecidos que envolvem os músculos para liberar tensões. A mobilização neural trabalha diretamente sobre o nervo ciático, melhorando sua mobilidade e reduzindo a irritação. Ambas as técnicas podem ajudar a reduzir a dor e melhorar a função.
Exercícios de Fortalecimento para Lombociatalgia
A reabilitação da lombociatalgia geralmente inclui exercícios para melhorar força, flexibilidade e estabilidade da região lombar e pélvica. Abaixo, dez exercícios que podem fazer parte do seu programa de reabilitação. Importante: esses exercícios devem ser orientados por um profissional e adaptados ao seu caso específico.
Exercícios de Estabilização do Core
Fortalecem os músculos profundos do tronco que estabilizam a coluna lombar.
Como realizar: Deitado de costas com joelhos dobrados, contraia suavemente os músculos abdominais como se quisesse aproximar o umbigo da coluna. Mantenha por 10 segundos respirando normalmente. Repita 10 vezes.
Prancha Ventral
Melhora a estabilidade do core e a resistência muscular global.
Como realizar: Apoie-se nos antebraços e na ponta dos pés, mantendo o corpo reto da cabeça aos calcanhares (como uma “tábua”). Mantenha a posição por 15-30 segundos. Evite deixar o quadril subir ou descer.
Ponte (Elevação Pélvica)
Fortalece glúteos e músculos lombares.
Como realizar: Deite de costas com joelhos dobrados e pés apoiados no chão. Contraia os glúteos e eleve o quadril até formar uma linha reta dos ombros aos joelhos. Mantenha 5 segundos e desça lentamente. Repita 10-15 vezes.
Rotações da Coluna
Aumenta a mobilidade da coluna lombar de forma suave.
Como realizar: Deitado de costas com joelhos dobrados, deixe os joelhos caírem suavemente para um lado, mantendo os ombros no chão. Mantenha 20-30 segundos e repita do outro lado.
Alongamento dos Isquiotibiais
Aumenta a flexibilidade da parte posterior da coxa, o que pode reduzir a tensão na região lombar.
Como realizar: Deitado de costas, segure uma perna estendida (pode usar uma toalha) e puxe-a suavemente em direção ao peito. Mantenha 30 segundos. Repita com a outra perna.
Bird Dog (Cão-Pássaro)
Melhora a coordenação e estabilidade do core.
Como realizar: De quatro apoios (mãos e joelhos), estenda simultaneamente o braço direito à frente e a perna esquerda para trás, mantendo a coluna reta. Mantenha 5 segundos. Alterne os lados. Repita 10 vezes cada lado.
Superman (Super-Homem)
Fortalece os músculos extensores da coluna.
Como realizar: Deitado de barriga para baixo, eleve simultaneamente os braços e pernas alguns centímetros do chão, mantendo o pescoço em posição neutra (olhando para baixo). Mantenha 3-5 segundos. Repita 10 vezes.
Prancha Lateral
Fortalece os músculos oblíquos e melhora a estabilidade lateral da coluna.
Como realizar: Deitado de lado, apoie-se no antebraço e na lateral do pé, elevando o quadril do chão. O corpo deve formar uma linha reta. Mantenha 15-30 segundos. Repita do outro lado.
Cat-Cow (Gato-Vaca)
Aumenta a mobilidade da coluna vertebral de forma suave e controlada.
Como realizar: De quatro apoios, alterne entre arquear a coluna para cima (posição do gato – arredondando as costas) e para baixo (posição da vaca – afundando a barriga). Mova lentamente, coordenando com a respiração. Repita 10 vezes.
Abdução de Quadril Deitado
Fortalece os músculos do quadril, contribuindo para a estabilidade pélvica.
Como realizar: Deitado de lado com as pernas estendidas, eleve a perna de cima mantendo-a reta (sem girar o quadril). Eleve cerca de 30-45 graus. Desça lentamente. Repita 15 vezes cada lado.
Acupuntura na lombociatalgia
A acupuntura é uma opção terapêutica reconhecida para o tratamento de dores na coluna, incluindo a lombociatalgia.
Como funciona: A inserção de agulhas finas em pontos específicos do corpo estimula a liberação de substâncias analgésicas naturais (como endorfinas e encefalinas) e modula a atividade do sistema nervoso. Estudos mostram que a acupuntura pode:
- Reduzir a intensidade da dor
- Diminuir a inflamação local
- Promover relaxamento muscular
- Melhorar a qualidade do sono
- Proporcionar sensação de bem-estar geral
O tratamento é seguro, minimamente invasivo e pode ser combinado com outras terapias. Os resultados costumam ser progressivos, com melhora ao longo das sessões.
Na Clínica Dr. Hong Jin Pai, a acupuntura é realizada por médicos especialistas, garantindo segurança e eficácia no tratamento.
Tratamento cirúrgico
A cirurgia é considerada quando o tratamento conservador não traz resultados após um período adequado (geralmente 6-12 semanas) ou quando há sinais de alarme que exigem intervenção mais rápida.
Importante: A decisão cirúrgica deve ser individualizada, baseada em avaliação cuidadosa dos sintomas, exames clínicos, exames de imagem e expectativas do paciente. A maioria dos casos de lombociatalgia NÃO necessita de cirurgia.
Indicações Cirúrgicas
- Hérnia de disco com sintomas graves: Quando causa compressão significativa do nervo, dor intensa que não responde a tratamentos conservadores, ou fraqueza muscular progressiva.
- Estenose espinhal grave: Estreitamento severo do canal vertebral causando claudicação neurogênica incapacitante ou déficit neurológico.
- Síndrome da Cauda Equina: Emergência médica que requer cirurgia urgente. Ocorre quando há compressão dos nervos na parte mais baixa da coluna, causando perda de controle da bexiga/intestino e/ou paralisia das pernas.
- Instabilidade vertebral: Como espondilolistese (escorregamento vertebral) sintomática que não responde a tratamento conservador.
- Fraturas ou lesões traumáticas: Que comprometam a estabilidade da coluna.
- Tumores ou infecções: Quando necessitam de abordagem cirúrgica.
Sinais de Alerta (Red Flags) — Quando procurar atendimento urgente
Alguns sintomas indicam a necessidade de avaliação médica imediata:
- Perda de controle da bexiga ou intestino: Dificuldade para urinar, incontinência ou perda de sensação na região genital — pode indicar síndrome da cauda equina.
- Fraqueza progressiva ou paralisia: Perda rápida de força nas pernas ou pé “caído” (dificuldade para levantar a ponta do pé).
- Dormência em “sela”: Perda de sensibilidade na região interna das coxas, nádegas e períneo.
- Dor extrema e incontrolável: Que não responde a medicamentos.
- Febre associada à dor nas costas: Pode indicar infecção.
- Perda de peso inexplicada: Associada à dor, pode ser sinal de tumor.
- Histórico de câncer: Dor nas costas em paciente com câncer prévio requer investigação.
- Trauma recente: Queda ou acidente seguido de dor intensa.
A presença de um ou mais sinais de alerta não significa automaticamente necessidade de cirurgia, mas requer avaliação médica urgente para determinar a melhor conduta.
⚠️ Checklist de Sinais de Alerta
Verifique se você apresenta algum destes sintomas que requerem atenção médica urgente
Sofre com lombociatalgia?
Nossa equipe especializada está pronta para ajudar você a recuperar sua qualidade de vida com tratamentos personalizados e não cirúrgicos.
Clínica Dr. Hong Jin Pai
Alameda Jaú, 687 – Jardim Paulista – São Paulo/SP
Equipe do Grupo de Dor do HC-FMUSP

AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP
Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica
Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.
Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica
Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP
Médicos Especialistas em Dor e Acupuntura do HC-FMUSP
Os especialistas em medicina da dor são médicos especialmente treinados e qualificados para oferecer avaliação integrada e especializada e gerenciamento da dor usando seu conhecimento único e conjunto de habilidades no contexto de uma equipe multidisciplinar.
O tratamento da dor visa reduzir a dor, abordando o impacto emocional da dor, ajudando os pacientes a se moverem melhor e aumentando o bem-estar por meio de uma variedade de tratamentos, incluindo medicamentos, fisioterapia, acupuntura, ondas de choque e procedimentos minimamente intervencionistas.
Se você está vivendo com uma dor persistente há mais de 3 meses, provavelmente está sentindo dor crônica.
Nossos médicos especialistas em controle da dor em São Paulo trabalham em estreita colaboração com outros especialistas como parte de uma equipe multidisciplinar para fornecer uma abordagem holística e um resultado ideal para a dor crônica, seja qual for a causa.
As técnicas usadas no controle da dor dependerão da natureza e gravidade da dor, mas nossos especialistas em dor têm experiência para ajudar com a dor.

-
01.Tratamento conservador de dor
Acupuntura Médica, Ondas de Choque, Fisioterapia, Infiltrações, Bloqueios Anestésicos, Toxina Botulínica. -
02.Excelência em um só lugar
A avaliação e tratamento da dor é a especialidade de nossos Médicos especialistas em Dor. -
03.Tratamento individualizado
Plano de tratamento com medicamentos, terapias minimamente invasivas e fisioterapia.
Atendemos todos os Planos de Saúde pelo Reembolso.
O reembolso ou livre escolha é uma opção de atendimento a usuários de planos de saúde que não está vinculada à rede de prestadores contratados ou cujo procedimento específico não está contratado.
Não atendemos diretamente por convênio. Nosso foco é um atendimento especializado no paciente. Assim, separamos pelo menos 60-90 minutos para consulta, exame e avaliação do paciente.
O processo na maioria das vezes é digital (pelo Smartphone, tablet ou computador) é simples. O valor reembolsado corresponde a uma tabela de valores da própria operadora e pode cobrir todo o procedimento ou parte dele. Lembrando que a parte não reembolsada pode ser abatida no imposto de renda pessoa física (IRPF).
Clínica Dr. Hong Jin Pai – Centro de Dor, Acupuntura Médica, Fisiatria e Reabilitação.
Al. Jaú 687 – São Paulo – SP
Atendimento de segunda a sábado.

