CENTRO DE TRATAMENTO DE DOR: Dor, Acupuntura Médica, Ondas de Choque, Fisiatria e Fisioterapia.

Síndrome Dolorosa Miofascial – Causas, Sintomas, Tratamentos

A síndrome dolorosa miofascial é uma condição de dor crônica que afeta os músculos e o tecido conjuntivo que os envolve (chamado fáscia). Caracteriza-se pela presença de pontos sensíveis nos músculos, conhecidos como pontos-gatilho, que quando pressionados provocam dor não apenas no local, mas também em outras regiões do corpo — fenômeno chamado de dor referida. Na maioria dos casos, a dor melhora espontaneamente após algumas semanas com medidas simples.

 

Entretanto, em algumas pessoas, a dor muscular persiste e se torna crônica. Nesses casos, os pontos sensíveis são chamados de pontos-gatilho (ou trigger points, em inglês)[1]Lavelle ED, Lavelle W, Smith HS. Myofascial trigger points. Anesthesiology clinics. 2007 Dec 1;25(4):841-51. Acesso em: … Continue reading.

Os pontos-gatilho se formam em faixas de fibras musculares que permanecem constantemente contraídas, formando nódulos ou “cordões” palpáveis. Essa tensão persistente reduz a flexibilidade do músculo e limita os movimentos, podendo evoluir para dor crônica — definida como dor presente na maioria dos dias por mais de três meses.

Uma característica marcante desta condição é a dor referida: ao pressionar um ponto-gatilho, a dor é sentida em uma região diferente do corpo. Por exemplo, um ponto-gatilho no ombro pode causar dor de cabeça ou dor no braço[2]Bron C, Dommerholt JD. Etiology of myofascial trigger points. Current pain and headache reports. 2012 Oct 1;16(5):439-44. Acesso em: https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/s11916-012-0289-4.pdf.

O que é

É uma condição de dor crônica que afeta os músculos, a fáscia (tecido que envolve os músculos) e os nervos periféricos associados. Caracteriza-se pela presença de pontos-gatilho — pequenos nódulos dolorosos nos músculos.

Causas principais

Lesões musculares, traumas, má postura prolongada, movimentos repetitivos no trabalho ou esporte, estresse emocional, tensão muscular crônica, desidratação e deficiências nutricionais (como vitamina D, ferro e magnésio) são os principais fatores desencadeantes.

Sintomas característicos

Dor muscular localizada, frequentemente descrita como profunda, latejante ou em queimação. Também podem ocorrer: nódulos palpáveis nos músculos, espasmos, rigidez ao movimentar-se, redução da força muscular e dores de cabeça tensionais.

Opções de tratamento

O tratamento é individualizado e pode incluir: fisioterapia motora, técnicas de liberação miofascial, acupuntura médica, exercícios de alongamento, medicamentos (analgésicos, relaxantes musculares), infiltrações nos pontos-gatilho, ondas de choque e correção de hábitos posturais.

A Síndrome Dolorosa Miofascial é a causa mais comum de dor muscular crônica

Sindrome Dolorosa Miofascial

O que é a Síndrome Dolorosa Miofascial?

É uma condição que causa dor nos músculos e na fáscia — o tecido conjuntivo que envolve e conecta os músculos do corpo.

A Síndrome Dolorosa Miofascial (também chamada simplesmente de Dor Miofascial) é uma das causas mais frequentes de dor musculoesquelética na população. Trata-se de uma disfunção neuromuscular caracterizada por áreas de sensibilidade aumentada em fibras musculares contraídas (bandas tensas), que geram dor tanto no local afetado quanto em regiões distantes do corpo[3]Gerwin RD. Myofascial trigger point pain syndromes. InSeminars in neurology 2016 Oct (Vol. 36, No. 05, pp. 469-473). Thieme Medical Publishers. Acesso em: … Continue reading.

Para entender melhor o nome da condição, vamos separar os termos: Síndrome significa um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem juntos; Dolorosa indica que o principal sintoma é a dor; Miofascial vem de mio (músculo) e fáscia (a membrana de tecido conjuntivo que reveste e interconecta os músculos). Portanto, é uma condição dolorosa que afeta os músculos e seu revestimento fascial.

Mapa dos Pontos-Gatilho Mais Comuns

Clique nas regiões para ver informações sobre cada ponto-gatilho

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Trapézio Levantador Peitoral Lombar Glúteo Coxa

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Em termos práticos, a síndrome dolorosa miofascial manifesta-se como dor localizada em determinadas regiões do corpo, acompanhada de sensibilidade muscular aumentada e redução da amplitude de movimentos. As regiões mais frequentemente afetadas incluem: pescoço, ombros, região entre as escápulas (costas superiores), região lombar (costas inferiores), glúteos, braços e pernas. Praticamente qualquer grupo muscular pode ser acometido.

Embora cause dor significativa e afete a qualidade de vida, a síndrome dolorosa miofascial não representa risco de vida. Contudo, seu impacto no dia a dia pode ser considerável, interferindo no trabalho, sono, relacionamentos e bem-estar emocional. A dor costuma intensificar-se durante períodos de estresse e ao realizar atividades físicas que sobrecarreguem os músculos afetados[4]Skootsky SA, Jaeger B, Oye RK. Prevalence of myofascial pain in general internal medicine practice. Western Journal of Medicine. 1989 Aug;151(2):157. Acesso em: … Continue reading.

A condição pode ocorrer em qualquer pessoa, independentemente do sexo, porém é mais comum após os 30 anos de idade. Atletas e pessoas que realizam movimentos repetitivos no trabalho apresentam maior risco. Os pontos-gatilho são identificados como nódulos bem delimitados dentro de uma faixa muscular tensa — ao serem estimulados por pressão, desencadeiam dor em uma região diferente do local pressionado (dor referida ou irradiada).

Os sintomas podem surgir tanto em repouso quanto durante esforço físico, sendo mais frequentes nesta última situação. Além da dor, podem ocorrer: sensação de peso ou fadiga no músculo afetado, rigiez articular matinal e formigamento nas extremidades.

 

Ponto-Gatilho Localização Dor Referida Típica
Trapézio Superior Parte superior do ombro, nuca Lateral da cabeça, têmpora
Levantador da escápula Lado do pescoço Base do pescoço, ombro
Tensor da fáscia lata Parte lateral da coxa Lateral da perna até o joelho
Glúteo Médio Lado do quadril Nádega, lateral da coxa
Adutor magno Parte interna da coxa Virilha, parte interna do joelho
Peitoral Maior Frente do peito Ombro, braço, pode simular dor cardíaca

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Causas, sintomas e tratamento da Síndrome Dolorosa Miofascial

As causas da síndrome dolorosa miofascial são multifatoriais. Podem estar associadas a condições emocionais como ansiedade e depressão, bem como a condições metabólicas e sistêmicas como diabetes, disfunções da tireoide, anemia e doenças reumáticas. Deficiências nutricionais — especialmente de vitamina D, ferro, magnésio e vitaminas do complexo B — também são fatores contribuintes importantes que devem ser investigados.

É a causa mais frequente de dor muscular crônica localizada, presente em até 85% dos pacientes em clínicas especializadas em dor.

Fatores físicos e mecânicos também desempenham papel importante: movimentos repetitivos no trabalho ou esporte, mau condicionamento físico, postura inadequada prolongada (como ficar muitas horas no computador), traumas diretos, distensões musculares e até o uso de roupas ou acessórios apertados podem desencadear a condição.

A síndrome dolorosa miofascial é extremamente prevalente na prática clínica. Em clínicas especializadas em dor crônica, está presente em aproximadamente 85% dos casos. Nos distúrbios dolorosos de cabeça e pescoço, é responsável por mais de 55% das queixas.

É frequentemente confundida com a fibromialgia, o que pode dificultar o diagnóstico correto e atrasar o início do tratamento adequado. Mais adiante neste artigo, explicaremos as diferenças entre essas duas condições.

Quais estruturas são afetadas pela síndrome dolorosa miofascial?

A síndrome pode afetar músculos, fáscias (tecido conjuntivo), ligamentos, tendões, bursas (pequenas bolsas de líquido que amortecem as articulações) e tecidos ao redor das cápsulas articulares. Também pode ser consequência de processos degenerativos (desgaste), metabólicos, inflamatórios, infecciosos, neoplásicos (relacionados a tumores) ou traumatismos de repetição, afetando principalmente as regiões cervical (pescoço), escapular (ombros e costas superiores) e lombar (costas inferiores).

A principal característica clínica é a presença de dor muscular em regiões enrijecidas, onde o examinador consegue palpar bandas de tensão muscular e identificar os pontos-gatilho — pontos extremamente sensíveis que, quando pressionados, reproduzem a dor do paciente.

Por que a dor se torna crônica?

O que e Sindrome Dolorosa Miofascial

Hipótese da Crise Energética

Esta é uma das teorias mais aceitas para explicar a formação dos pontos-gatilho. Segundo ela, ocorre uma contração muscular que não consegue relaxar devido a problemas no suprimento de energia das células musculares:

  • Sobrecarga inicial: O músculo é submetido a esforço excessivo ou prolongado, levando a uma contração que depende de energia sem oxigênio adequado (contração anaeróbica)
  • Esgotamento de ATP: O ATP é a “moeda energética” das células. Quando suas reservas se esgotam, o músculo não consegue relaxar adequadamente
  • Acúmulo de cálcio: Sem ATP suficiente, a bomba de cálcio das células musculares falha. O cálcio acumulado mantém as fibras musculares em estado de contração permanente
  • Ciclo vicioso: A contração sustentada comprime os vasos sanguíneos locais, reduzindo ainda mais o fornecimento de oxigênio e nutrientes

 

O ambiente de baixo oxigênio (hipóxico) nas células também provoca:

  • Acidificação local (queda do pH) pelo acúmulo de ácido lático
  • Liberação de substâncias que provocam dor (substâncias algogênicas), como substância P, CGRP e bradicinina
  • Sensibilização dos receptores de dor (nociceptores), que passam a responder a estímulos cada vez menores

Desregulação do Tônus Muscular

  • O que é tônus muscular: É o estado de leve contração que os músculos mantêm mesmo em repouso, controlado por circuitos nervosos na medula espinhal e no cérebro
  • Influências externas: Esse sistema de controle é afetado por fatores emocionais (estresse, ansiedade), qualidade do sono, traumas físicos e psicológicos
  • Na síndrome miofascial: Ocorre uma desregulação crônica desses circuitos de controle, fazendo com que determinados grupos musculares permaneçam em estado de hipercontração
  • Consequência: As fibras musculares se encurtam e engrossam, formando as bandas tensas e os pontos-gatilho característicos da condição

Alterações no Sistema Nervoso (Neuroplasticidade)

Quando a dor persiste por muito tempo, ocorrem mudanças adaptativas (porém prejudiciais) em vários níveis do sistema nervoso:

  • Na junção músculo-nervo: Aumento de receptores que perpetuam a contração, brotamento de novas terminações nervosas
  • Na medula espinhal: Os neurônios que transmitem a dor ficam mais excitáveis, respondendo de forma exagerada aos estímulos (sensibilização central)
  • No cérebro: Podem ocorrer alterações nas áreas que modulam a dor e mudanças nos níveis de neurotransmissores como serotonina e norepinefrina
  • No sistema nervoso autônomo: Alterações na circulação local, sudorese e outros sintomas autonômicos podem acompanhar a dor

Essas mudanças explicam por que a dor miofascial crônica muitas vezes requer tratamento multimodal e por que a abordagem precoce é importante para prevenir a cronificação.

Como é feito o diagnóstico da dor miofascial?

Trigger Point ou Ponto Gatilho

O diagnóstico é realizado por médico especialista em dor e reabilitação, como o médico fisiatra (especialista em Medicina Física e Reabilitação).

O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na história detalhada dos sintomas e no exame físico cuidadoso, especialmente a palpação das bandas musculares tensas nos músculos suspeitos. Não existe um exame laboratorial ou de imagem específico que confirme a síndrome, embora a elastografia por ultrassom venha sendo utilizada recentemente para auxiliar na caracterização dos pontos-gatilho e no acompanhamento do tratamento.

O médico pode solicitar exames como radiografias, ultrassonografia e exames de sangue para descartar outras condições que podem simular ou coexistir com a dor miofascial, como doenças reumáticas, deficiências vitamínicas, alterações da tireoide, entre outras.

Durante a consulta, é fundamental informar ao médico seu histórico completo de saúde (pessoal e familiar), incluindo aspectos emocionais e de estilo de vida. O exame físico incluirá avaliação do sistema musculoesquelético com palpação cuidadosa dos músculos para identificar os pontos-gatilho, além de avaliação das articulações, postura, amplitude de movimento e, quando indicado, da articulação temporomandibular (entre a mandíbula e o crânio).

O exame dos pontos-gatilho é a peça-chave do diagnóstico. Ao serem pressionados com força moderada, esses pontos reproduzem a dor que o paciente vem sentindo — seja no local ou em uma região distante (dor referida). A pressão também pode provocar sensações como formigamento, queimação ou sensação de choque.

Um fenômeno característico é a resposta de contração local (twitch response): quando o ponto-gatilho é estimulado, pode-se observar uma contração rápida e involuntária das fibras musculares, o que ajuda a confirmar o diagnóstico.

É importante informar ao médico sobre todas as suas dores, mesmo aquelas que pareçam não relacionadas. Por exemplo, dores no ombro podem estar associadas a uma tendinopatia do manguito rotador, e dores lombares podem coexistir com uma hérnia de disco — condições que podem necessitar de abordagem específica.

A síndrome dolorosa miofascial é um diagnóstico clínico. Não existem exames de sangue ou de imagem que confirmem a condição. O médico especialista faz o diagnóstico através da história clínica detalhada e da identificação dos pontos-gatilho ao exame físico. Exames complementares servem para descartar outras doenças.

Checklist de Sintomas

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Os sintomas da síndrome dolorosa miofascial incluem:

Dor referida Cervicalgia e cefaleia tensional dor miofascial

Sintomas típicos: dores musculares com pontos sensíveis específicos

A intensidade da dor frequentemente varia conforme o nível de atividade física e estresse emocional.

Além da dor muscular característica, pessoas com síndrome dolorosa miofascial podem apresentar sintomas associados como alterações de humor, cansaço, dificuldade de concentração e distúrbios do sono.

Critérios diagnósticos e sintomas frequentes:

Dor muscular regional, bem localizada (não difusa como na fibromialgia)
Dor ou alterações de sensibilidade na região de dor referida (área onde a dor irradia)
Banda muscular tensa palpável (“cordão” endurecido no músculo)
Ponto extremamente doloroso dentro da banda muscular (ponto-gatilho)
Limitação da amplitude de movimento do músculo afetado
Reprodução da dor habitual ao pressionar o ponto-gatilho (paciente reconhece “é essa a minha dor”)
Contração muscular reflexa ao inserir agulha ou palpar transversalmente o ponto (twitch response)
Melhora da dor quando o músculo é alongado ou relaxado

Fatores de risco para desenvolver dor miofascial

A síndrome dolorosa miofascial pode ser desencadeada por diversos fatores que levam à formação de pontos-gatilho nos músculos. Conhecer esses fatores de risco é importante para a prevenção e para orientar o tratamento:

Fatores físicos e mecânicos

Lesões musculares agudas (distensões, contusões) e microtraumas de repetição são causas frequentes. Exemplos comuns incluem: trabalho com movimentos repetitivos, má postura prolongada ao computador ou celular, carregar peso de forma inadequada, dormir em posição incorreta e prática esportiva sem preparo adequado. A falta de condicionamento físico e o sedentarismo também aumentam o risco.

Fatores emocionais e sistêmicos

O estresse crônico e a ansiedade levam à tensão muscular sustentada, criando ambiente propício para o desenvolvimento de pontos-gatilho. Fatores sistêmicos também contribuem: deficiências de vitamina D, ferro, magnésio e vitaminas do complexo B; disfunções da tireoide; diabetes descompensado; distúrbios do sono; e condições inflamatórias crônicas. O bruxismo (ranger ou apertar os dentes) é causa frequente de dor miofascial na face e pescoço.

Tratamento da dor miofascial e pontos-gatilho

sindrome dolorosa miofascial
O tratamento eficaz combina a desativação dos pontos-gatilho com a correção dos fatores que causaram e perpetuam a dor.

O objetivo do tratamento é eliminar ou minimizar a dor causada pelos pontos-gatilho, restaurar a função muscular normal e prevenir recorrências.

A abordagem mais eficaz é multimodal e individualizada[5]Saxena A, Chansoria M, Tomar G, Kumar A. Myofascial pain syndrome: an overview. Journal of pain & palliative care pharmacotherapy. 2015 Jan 2;29(1):16-21. Acesso em: … Continue reading, combinando diferentes técnicas como: liberação miofascial (técnicas manuais para soltar as bandas tensas), infiltração ou agulhamento dos pontos-gatilho, acupuntura médica, exercícios de alongamento e fortalecimento, medicamentos quando necessário (analgésicos, relaxantes musculares), e correção dos fatores desencadeantes e perpetuantes identificados.

Fluxograma de Tratamento da Dor Miofascial

1. AVALIAÇÃO MÉDICA ESPECIALIZADA

Diagnóstico clínico, identificação de pontos-gatilho e fatores causais

2a. Fase Aguda
  • Analgesia (medicamentos, TENS)
  • Repouso relativo
  • Calor local
  • Infiltração de pontos-gatilho
2b. Fase de Manutenção
  • Fisioterapia motora
  • Liberação miofascial
  • Alongamentos
  • Fortalecimento muscular
3. TRATAMENTOS COMPLEMENTARES

Acupuntura | Ondas de Choque | Dry Needling | RPG | Pilates

4. CORREÇÃO DE FATORES PERPETUANTES

Ergonomia | Postura | Deficiências nutricionais | Estresse | Sono

Resposta ao tratamento?
✓ BOA RESPOSTA

Manutenção e prevenção

✗ REFRATÁRIO

Botox, reavaliação diagnóstica

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Correção dos fatores causais: base do tratamento

O tratamento da síndrome dolorosa miofascial só será duradouro se as causas forem identificadas e corrigidas. A abordagem pode ser medicamentosa, não medicamentosa, ou ambas[6]Srbely JZ. New trends in the treatment and management of myofascial pain syndrome. Current Pain and Headache Reports. 2010 Oct 1;14(5):346-52. Acesso em: … Continue reading.

Se o problema for postural, é fundamental corrigir a postura nas atividades do dia a dia. Se houver movimentos repetitivos no trabalho, será necessário adequar a ergonomia. O paciente tem papel ativo no tratamento — sem sua colaboração na mudança de hábitos, os resultados serão apenas temporários.

A ergonomia do ambiente de trabalho e do lar deve ser analisada e otimizada: altura da cadeira e monitor do computador, forma de carregar objetos, posição ao dormir, entre outros aspectos do cotidiano.

Também é importante investigar e tratar condições que perpetuam a dor, como a síndrome de hipermobilidade articular (articulações mais flexíveis que o normal), deficiências nutricionais e distúrbios do sono.

Etapas do Tratamento Multidisciplinar

Diagnóstico Completo
1
Avaliação médica detalhada para confirmar o diagnóstico de síndrome dolorosa miofascial, identificar os músculos afetados e seus pontos-gatilho, investigar fatores desencadeantes e perpetuantes (posturais, emocionais, nutricionais, metabólicos), e descartar diagnósticos diferenciais.
Fisioterapia e Reabilitação
2
Programa individualizado sob prescrição e acompanhamento médico, incluindo: recursos para analgesia (TENS, laser, ultrassom terapêutico), técnicas de liberação miofascial, alongamentos específicos, exercícios de fortalecimento e reeducação postural (RPG, Pilates). A fisioterapia motora é componente essencial do tratamento.
Tratamento Medicamentoso
3
Quando necessário, o médico pode prescrever: analgésicos e anti-inflamatórios para fases agudas; relaxantes musculares de ação central para reduzir a tensão; antidepressivos em doses baixas para dor crônica (ação neuromoduladora); e anticonvulsivantes com propriedade analgésica em casos selecionados.
Procedimentos para Dor
4
Técnicas minimamente invasivas para desativar os pontos-gatilho: acupuntura médica, dry needling (agulhamento seco), infiltração com anestésico local, mesoterapia, ondas de choque. Para casos refratários: toxina botulínica (Botox) para relaxamento muscular prolongado.

Opções de tratamento detalhadas

O tratamento da síndrome dolorosa miofascial é individualizado e pode combinar várias modalidades terapêuticas[7]Borg-Stein J, Simons DG. Myofascial pain. Archives of physical medicine and rehabilitation. 2002 Mar 1;83:S40-7. Acesso em: https://www.archives-pmr.org/article/S0003-9993(02)80011-9/pdf. Conheça as principais:

Mudanças no estilo de vida

Fundamental para resultados duradouros. Inclui: iniciar ou manter atividade física regular (sempre com orientação profissional), combater o sedentarismo, cessar o tabagismo, moderar o consumo de álcool e cafeína, melhorar a qualidade do sono e gerenciar o estresse. Sem essas mudanças, a dor tende a retornar.

Técnicas de relaxamento e manejo do estresse

Práticas como yoga, meditação mindfulness, técnicas de respiração e biofeedback ajudam a reduzir a tensão muscular associada ao estresse emocional. Terapia cognitivo-comportamental pode ser indicada para pacientes com ansiedade ou depressão associadas.

Correção postural e ergonomia

Ajustes no ambiente de trabalho (altura de mesa, cadeira, monitor), na forma de usar celular e tablet, na posição ao dormir e ao dirigir. A reeducação postural global (RPG) e o Pilates são métodos eficazes para conscientização corporal e correção de padrões posturais inadequados.

Inativação de pontos-gatilho (procedimentos)

Procedimentos minimamente invasivos realizados pelo médico para desativar os pontos-gatilho: dry needling (agulhamento seco — inserção de agulha fina no ponto-gatilho), infiltração com anestésico local (lidocaína ou mepivacaína), e acupuntura. O estímulo mecânico da agulha provoca uma resposta de contração seguida de relaxamento muscular.

Tratamento por Ondas de Choque

Terapia que utiliza ondas acústicas de alta energia aplicadas na região afetada. Atua melhorando a microcirculação local, promovendo efeito analgésico, anti-inflamatório e relaxante muscular. Evidências científicas recentes demonstram eficácia como tratamento complementar para dor miofascial crônica, especialmente em casos que não responderam adequadamente a outras abordagens.

Toxina Botulínica (Botox)

Indicada para casos refratários (que não melhoraram com outros tratamentos). A toxina botulínica tipo A, aplicada em doses baixas nos pontos-gatilho, bloqueia temporariamente a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, promovendo relaxamento muscular prolongado (3-6 meses). Também possui efeito analgésico por reduzir a liberação de substâncias que causam dor (substância P, glutamato).

Analgésicos e anti-inflamatórios

Utilizados principalmente na fase aguda para controle da dor e inflamação. Incluem analgésicos simples (paracetamol, dipirona) e anti-inflamatórios não esteroidais (ibuprofeno, naproxeno). Devem ser usados pelo menor tempo necessário, sob orientação médica, devido aos potenciais efeitos colaterais do uso prolongado.

Relaxantes musculares

Medicamentos de ação central (como ciclobenzaprina e tizanidina) que atuam no sistema nervoso central reduzindo o tônus muscular aumentado. São úteis principalmente nas fases iniciais do tratamento e para uso noturno, pois podem causar sonolência. Ajudam a quebrar o ciclo de dor-tensão-dor.

Neuromoduladores (antidepressivos e anticonvulsivantes)

Para dor crônica (mais de 3 meses), podem ser prescritos antidepressivos em doses baixas (como amitriptilina, duloxetina) ou anticonvulsivantes (como gabapentina, pregabalina). Esses medicamentos não são usados para tratar depressão ou epilepsia, mas por suas propriedades neuromoduladoras que alteram o processamento da dor no sistema nervoso central.

Tratamentos tópicos (adesivos e cremes)

Adesivos (patches) contendo anestésico local (lidocaína) ou anti-inflamatórios podem ser aplicados sobre a região dolorosa. Por atuarem localmente, apresentam menos efeitos colaterais sistêmicos que medicamentos orais. São opção útil para dor localizada, especialmente em pacientes que não toleram medicamentos por via oral.

Fisioterapia motora (cinesioterapia)

Componente essencial do tratamento a longo prazo. Sob prescrição médica, o programa fisioterapêutico inclui: alongamentos específicos para os músculos afetados, exercícios de fortalecimento para corrigir desequilíbrios musculares, técnicas de liberação miofascial, e recursos analgésicos como ultrassom terapêutico e TENS. A regularidade é fundamental para resultados duradouros.

Liberação miofascial e terapia manual

Técnicas manuais aplicadas por profissional capacitado para soltar as bandas tensas e os nódulos musculares. Incluem massagem profunda, compressão isquêmica (pressão sustentada sobre o ponto-gatilho), técnicas de energia muscular e alongamento com spray refrigerante. Complementam os demais tratamentos.

TENS (Estimulação Elétrica Transcutânea)

Aparelho que emite correntes elétricas de baixa intensidade através de eletrodos colocados sobre a pele. Promove alívio da dor por estimular fibras nervosas que “bloqueiam” a transmissão dos sinais dolorosos (teoria do portão da dor) e por estimular a liberação de endorfinas. Pode ser usado em domicílio após orientação.

Acompanhamento psicológico

Indicado especialmente para pacientes com dor crônica, ansiedade, depressão ou dificuldade em lidar com as limitações impostas pela dor. A terapia cognitivo-comportamental é particularmente eficaz, ajudando a modificar pensamentos e comportamentos que perpetuam a dor e ensinando estratégias de enfrentamento.

Avaliação e tratamento odontológico

Essencial quando há bruxismo (ranger ou apertar os dentes) ou disfunção da articulação temporomandibular. O uso de placa oclusal (placa de mordida) durante o sono ajuda a reduzir a sobrecarga nos músculos da mastigação e face, frequentemente envolvidos na dor miofascial da região cervical e craniana.

Repouso relativo na fase aguda

Em crises agudas de dor, deve-se evitar atividades que sobrecarreguem o músculo afetado, sem imobilização completa. Aplicação de calor local (bolsa térmica por 15-20 minutos) ajuda a relaxar a musculatura. Assim que a dor intensa ceder, é importante retomar gradualmente as atividades e iniciar a fisioterapia.

Tratamento por Ondas de Choque

Ondas de Choque dor muscular

Como as Ondas de Choque atuam na Dor Miofascial

As ondas de choque são ondas acústicas de alta energia que se propagam através dos tecidos. Na síndrome dolorosa miofascial, representam uma opção terapêutica não invasiva especialmente útil para casos que não responderam adequadamente aos tratamentos convencionais.

Estímulo à regeneração tecidual

As ondas de choque estimulam a liberação de fatores de crescimento e promovem a formação de novos vasos sanguíneos (neovascularização) na região tratada. Isso aumenta o aporte de oxigênio e nutrientes ao tecido muscular, favorecendo a recuperação das fibras musculares lesionadas e a resolução dos pontos-gatilho.

Efeito analgésico

Promovem alívio da dor através de múltiplos mecanismos: redução da atividade dos receptores de dor (nociceptores), modulação da transmissão dos sinais dolorosos na medula espinhal (efeito semelhante ao TENS), e estímulo à liberação de substâncias analgésicas endógenas. O alívio pode ser percebido já nas primeiras sessões.

Relaxamento das bandas tensas

A energia mecânica das ondas de choque aplicadas sobre os pontos-gatilho e bandas tensas ajuda a “soltar” os nódulos musculares, restaurando a elasticidade normal das fibras. Isso contribui para a recuperação da amplitude de movimento e redução da rigidez muscular.

Ação anti-inflamatória local

Modulam a resposta inflamatória local, reduzindo a produção de mediadores inflamatórios e o edema nos tecidos afetados. Esse efeito contribui para a redução da dor e para a criação de um ambiente favorável à regeneração muscular.

Infiltração de Ponto-Gatilho: procedimento e benefícios

Infiltracoes de pontos gatilhos

A infiltração do ponto-gatilho é um procedimento médico[8]Ay S, Evcik D, Tur BS. Comparison of injection methods in myofascial pain syndrome: a randomized controlled trial. Clinical rheumatology. 2010 Jan 1;29(1):19. Acesso em: … Continue reading que consiste na inserção de uma agulha fina diretamente no ponto-gatilho para desativá-lo. Os objetivos são: eliminar o ponto-gatilho e relaxar a banda muscular tensa, reduzir ou eliminar a dor local e referida, restaurar a amplitude de movimento do músculo, e prevenir que o ponto se torne fibrótico (endurecido permanentemente) com o tempo.

Existem duas técnicas principais de infiltração de pontos-gatilho[9]Lavelle ED, Lavelle W, Smith HS. Myofascial trigger points. Anesthesiology clinics. 2007 Dec 1;25(4):841-51. Acesso em: … Continue reading:

Dry needling (agulhamento seco): Inserção de agulha fina (tipo acupuntura) no ponto-gatilho sem injeção de substâncias. O efeito terapêutico vem do estímulo mecânico da agulha, que provoca uma resposta de contração local (twitch) seguida de relaxamento muscular.

Infiltração com anestésico local: Além do estímulo mecânico, injeta-se pequena quantidade de anestésico (lidocaína ou mepivacaína) no ponto-gatilho. O anestésico proporciona alívio imediato da dor e pode ajudar a “quebrar” o ciclo de dor-contração.

Durante o procedimento, quando a agulha atinge o ponto-gatilho, é comum observar uma contração rápida e involuntária do músculo (resposta de contração local ou twitch response) — sinal que confirma o posicionamento correto e indica boa resposta ao tratamento. Após o procedimento, é recomendado alongamento do músculo tratado e aplicação de calor local.

 

Toxina Botulínica (Botox) para Dor Miofascial Crônica

A toxina botulínica tipo A, conhecida comercialmente como Botox, Dysport ou Xeomin, é uma opção terapêutica para casos de síndrome dolorosa miofascial que não responderam adequadamente aos tratamentos convencionais (casos refratários).

Como funciona: A toxina botulínica é uma proteína purificada que, quando injetada no músculo, bloqueia temporariamente a liberação de acetilcolina — neurotransmissor responsável pela contração muscular. O resultado é um relaxamento prolongado do músculo tratado, que pode durar de 3 a 6 meses.

Efeito analgésico adicional: Além do relaxamento muscular, estudos demonstram que a toxina botulínica reduz a liberação de substâncias que transmitem e amplificam a dor (substância P, glutamato, CGRP), contribuindo para o alívio da dor por mecanismos adicionais.

O procedimento: É realizado em consultório médico, com duração de 10 a 30 minutos dependendo do número de pontos a serem tratados. São utilizadas doses baixas da toxina, muito inferiores às usadas para fins estéticos. O efeito começa a ser percebido em 3 a 7 dias, com pico de ação em 2 a 4 semanas.

Segurança: O procedimento é considerado seguro quando realizado por médico experiente. Efeitos colaterais mais comuns são leves e temporários: pequeno inchaço, vermelhidão ou hematoma no local da injeção. Fraqueza muscular transitória pode ocorrer, mas é esperada e faz parte do mecanismo terapêutico.

Indicações: Dor miofascial crônica refratária a outros tratamentos, especialmente em músculos de difícil acesso ou com múltiplos pontos-gatilho. Também é útil em casos associados a espasticidade ou distonia.

 

Benefícios da Toxina Botulínica para Pontos-Gatilho

Benefício Como funciona
Relaxamento muscular prolongado Bloqueia a liberação de acetilcolina, impedindo a contração excessiva do músculo por 3-6 meses
Alívio da dor Reduz a liberação de neurotransmissores da dor (substância P, glutamato), diminuindo a sensibilização local
Melhora da mobilidade Com o músculo relaxado, a amplitude de movimento é restaurada e os espasmos reduzidos
Janela terapêutica O período de relaxamento muscular facilita a fisioterapia e a correção de padrões posturais inadequados

Acupuntura Médica para Dor Miofascial

Acupuntura

A acupuntura médica é uma das modalidades terapêuticas mais estudadas e utilizadas no tratamento da síndrome dolorosa miofascial. Consiste na inserção de agulhas finas em pontos específicos do corpo, muitos dos quais correspondem anatomicamente aos pontos-gatilho miofasciais.

Os benefícios da acupuntura no controle da dor são respaldados por crescente evidência científica. Estudos demonstram efeitos sobre o sistema nervoso central, modulando a percepção da dor e ativando sistemas regulatórios do organismo. É considerada segura, com mínimos efeitos colaterais quando realizada por profissional habilitado.

Além do alívio da dor, a acupuntura pode promover relaxamento muscular, redução do estresse e melhora do sono — fatores importantes no tratamento da dor miofascial crônica.

Modulação dos sinais de dor

A acupuntura nos pontos-gatilho miofasciais ativa mecanismos inibitórios no sistema nervoso central. Segundo a teoria do portão da dor (gate control theory), a estimulação por agulhas pode “fechar o portão” da transmissão dolorosa na medula espinhal e no tronco cerebral, reduzindo a percepção da dor pelo cérebro.

Liberação de substâncias analgésicas

A estimulação por acupuntura induz a liberação de endorfinas, encefalinas e β-endorfina — substâncias naturais do corpo com potente efeito analgésico (os “opioides endógenos”). Também modula a liberação de serotonina e noradrenalina, neurotransmissores envolvidos na regulação da dor e do humor.

Relaxamento muscular local

A inserção da agulha no ponto-gatilho pode provocar uma resposta de contração local (twitch) seguida de relaxamento da banda tensa. Esse mecanismo é semelhante ao do dry needling e contribui para a desativação do ponto-gatilho e restauração da função muscular normal.

Efeito rápido e complementar

A acupuntura pode proporcionar alívio da dor já na primeira sessão em muitos casos. Estudos mostram que a combinação de acupuntura com alongamentos é particularmente eficaz para dor miofascial cervical, com melhora da amplitude de movimento e redução da dor. É frequentemente utilizada em conjunto com outras modalidades terapêuticas.

Fisioterapia Motora: pilar do tratamento a longo prazo

A fisioterapia motora (ou cinesioterapia), realizada sob prescrição e acompanhamento médico, é componente essencial no tratamento da síndrome dolorosa miofascial, especialmente para resultados duradouros e prevenção de recorrências.

Fisioterapia Daniela Duran
  • 01.Alívio da Dor e Relaxamento Muscular

    A fisioterapia oferece diversas técnicas para alívio da dor: massagem terapêutica, liberação miofascial (pressão sustentada nas bandas tensas), mobilização dos pontos-gatilho, e recursos físicos como ultrassom terapêutico, laser e TENS. Essas técnicas promovem relaxamento muscular, melhora da circulação local e redução da dor.
  • 02.Restauração da Amplitude de Movimento

    Exercícios de alongamento específicos para os músculos afetados são fundamentais para restaurar a flexibilidade perdida. Os alongamentos devem ser realizados de forma gradual e sustentada, respeitando o limite da dor. Com o tempo, a amplitude de movimento melhora e a tensão muscular diminui.
  • 03.Reeducação Postural e Correção de Padrões

    Muitos casos de dor miofascial estão relacionados a padrões posturais inadequados mantidos por anos. Técnicas como RPG (Reeducação Postural Global) e Pilates trabalham a consciência corporal e a correção gradual desses padrões, eliminando fatores que perpetuam a dor.
  • 04.Fortalecimento Muscular Equilibrado

    Exercícios de fortalecimento são importantes para corrigir desequilíbrios musculares (músculos fracos de um lado e tensos do outro) que contribuem para a formação de pontos-gatilho. O programa é individualizado conforme as necessidades de cada paciente.

Fibromialgia vs Síndrome Dolorosa Miofascial

Entenda as principais diferenças entre essas duas condições frequentemente confundidas

FIBROMIALGIA
DOR MIOFASCIAL
Padrão da dor

Difusa, generalizada, migratória (muda de lugar)

Padrão da dor

Regional, localizada, com irradiação específica (dor referida)

Fadiga

Presente e intensa, desproporcional ao esforço

Fadiga

Geralmente ausente ou leve

Pontos sensíveis

Tender points (pontos dolorosos, sem bandas tensas)

Pontos sensíveis

Trigger points (pontos-gatilho com bandas tensas palpáveis)

Dor referida

Não característica

Dor referida

Presente e com padrão definido para cada músculo

Alterações de sensibilidade

Comuns (alodinia, hiperalgesia generalizada)

Alterações de sensibilidade

Localizadas à região do músculo afetado

Prognóstico

Condição crônica, requer manejo contínuo

Prognóstico

Geralmente favorável com tratamento adequado

Importante: As duas condições podem coexistir. O diagnóstico correto é essencial para o tratamento adequado.

Precisa de diagnóstico diferencial? Nossa equipe é especializada em dor crônica.

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Clínica Dr. Hong Jin Pai | Médicos especialistas do Grupo de Dor do HC-FMUSP

A dor miofascial é uma condição muito comum, mas ainda subdiagnosticada. Muitos pacientes passam por diversos médicos sem receber o diagnóstico correto.

A importância do diagnóstico e tratamento especializados

É fundamental buscar tratamento adequado para a síndrome dolorosa miofascial. Quando não tratada, a condição pode se agravar progressivamente, com aumento do número de pontos-gatilho, cronificação da dor e impacto crescente na qualidade de vida.

A dor crônica não tratada pode levar a consequências emocionais significativas, incluindo irritabilidade, dificuldade de concentração, alterações do sono, isolamento social e, em casos mais graves, quadros de ansiedade e depressão.

O médico fisiatra (especialista em Medicina Física e Reabilitação) é o profissional com formação específica para diagnosticar e tratar condições musculoesqueléticas dolorosas como a síndrome dolorosa miofascial.

Com sua expertise, o médico fisiatra pode indicar o tratamento mais adequado para cada caso — seja farmacológico, não farmacológico, ou a combinação de ambos. Dispõe de recursos como terapia por ondas de choque, infiltrações de pontos-gatilho, acupuntura médica, toxina botulínica, além de coordenar o programa de reabilitação com fisioterapia[10]Desai MJ, Saini V, Saini S. Myofascial pain syndrome: a treatment review. Pain and therapy. 2013 Jun 1;2(1):21-36. Acesso em: https://link.springer.com/article/10.1007/s40122-013-0006-y.

Quando procurar um médico especialista?

lower back pain

Procure avaliação médica especializada se você apresentar:

– Dor muscular que persiste por mais de 2-3 semanas, mesmo com repouso e medicamentos comuns
– Dor que limita suas atividades diárias ou afeta seu sono
– Pontos dolorosos nos músculos que não melhoram com massagem ou alongamento
– Dor que irradia para outras regiões do corpo
– Rigidez muscular matinal persistente
– Episódios recorrentes de dor na mesma região

O tratamento precoce da dor miofascial previne a cronificação e proporciona resultados muito melhores do que quando a condição já está estabelecida há muito tempo.

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Clínica Dr. Hong Jin Pai | Al. Jaú 687 – São Paulo

Tratamento especializado na Clínica Dr. Hong Jin Pai

A síndrome dolorosa miofascial pode ser desafiadora, mas com o tratamento adequado, a grande maioria dos pacientes obtém melhora significativa da dor e recuperação da qualidade de vida.

Não existe um tratamento único que funcione para todos. Por isso, a abordagem deve ser individualizada, considerando as características de cada paciente, os músculos afetados, os fatores causais e perpetuantes identificados. Se um tratamento não trouxe os resultados esperados, não desanime — existem diversas opções terapêuticas que podem ser combinadas.

Este texto tem caráter informativo e educacional. Não substitui a consulta com profissional de saúde especializado, que é quem poderá avaliar seu caso individualmente, fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado.

Clínica Dr. Hong Jin Pai

Especialistas em Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica

Equipe médica com formação no Grupo de Dor da Neurologia e Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Tratamentos não cirúrgicos oferecidos:

Localização: Al. Jaú 687 – São Paulo – SP (região central)

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clinica dr hong jin pai al jau 687

AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP

Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica

Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.

Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica

Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP

TRATAMENTO DE DOR FISIOTERAPIA CLINICA HONG JIN PAI

Médicos Especialistas em Dor e Acupuntura do HC-FMUSP

Os especialistas em medicina da dor são médicos especialmente treinados e qualificados para oferecer avaliação integrada e especializada e gerenciamento da dor usando seu conhecimento único e conjunto de habilidades no contexto de uma equipe multidisciplinar.

O tratamento da dor visa reduzir a dor, abordando o impacto emocional da dor, ajudando os pacientes a se moverem melhor e aumentando o bem-estar por meio de uma variedade de tratamentos, incluindo medicamentos, fisioterapia, acupuntura, ondas de choque e procedimentos minimamente intervencionistas.

Se você está vivendo com uma dor persistente há mais de 3 meses, provavelmente está sentindo dor crônica.

Nossos médicos especialistas em controle da dor em São Paulo trabalham em estreita colaboração com outros especialistas como parte de uma equipe multidisciplinar para fornecer uma abordagem holística e um resultado ideal para a dor crônica, seja qual for a causa.

As técnicas usadas no controle da dor dependerão da natureza e gravidade da dor, mas nossos especialistas em dor têm experiência para ajudar com a dor.

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CONSULTA
1
Somos um centro de excelência no tratamento da dor crônica e entendemos como a dor contínua pode afetar todos os aspectos da sua vida.
DIAGNÓSTICO
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Nós entendemos sua dor e sabemos que uma intervenção bem-sucedida começa com uma avaliação completa e um diagnóstico preciso.
PLANO DE TRATAMENTO
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Nossa equipe de especialistas pode fornecer uma ampla gama de tratamentos e terapias para ajudá-lo a voltar a viver com qualidade.
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Como é o tratamento inicial?
Em nossa clínica, focamos em tratamentos não cirúrgicos. Para a maioria dos casos, iniciamos um tratamento minimamente invasivo com acupuntura médica + fisioterapia. A duração do tratamento, para dores crônicas, pode ser de pelo menos 1 a 3 meses. Assim como outros tratamentos conservadores (como terapias e exercícios), o sucesso no tratamento depende não apenas da equipe médica, mas também da persistência do paciente em seguir a frequência e o tratamento adequado. Em alguns casos, podemos realizar outros tratamentos para dor, como ondas de choque, toxina botulínica e infiltrações.
Vocês atendem convênio?

Atendemos todos os Planos de Saúde pelo Reembolso.

O reembolso ou livre escolha é uma opção de atendimento a usuários de planos de saúde que não está vinculada à rede de prestadores contratados ou cujo procedimento específico não está contratado.

Não atendemos diretamente por convênio. Nosso foco é um atendimento especializado no paciente. Assim, separamos pelo menos 60-90 minutos para consulta, exame e avaliação do paciente.

O processo na maioria das vezes é digital (pelo Smartphone, tablet ou computador) é simples. O valor reembolsado corresponde a uma tabela de valores da própria operadora e pode cobrir todo o procedimento ou parte dele. Lembrando que a parte não reembolsada pode ser abatida no imposto de renda pessoa física (IRPF).

Quais são as terapias físicas para o tratamento da dor crônica?
Estudos mostram que a fisioterapia e exercícios pode atrasar ou mesmo evitar a necessidade de cirurgia. Em alguns casos, pode aliviar a causa raiz da dor de longo prazo, portanto, medicamentos ou cirurgias não são mais necessários. Na Clínica Dr. Hong Jin Pai, oferecemos uma ampla gama de terapias físicas para tratar a dor de longo prazo e diminuir a necessidade de medicação ou cirurgia.
Quais tratamentos para dor são oferecidos?
Oferecemos uma variedade das melhores e mais confiáveis tratamentos não cirúrgicos, desde acupuntura e fisioterapia em um estágio inicial, assim como procedimentos como dry needling, infiltração de pontos gatilhos, toxina botulínica para dor, tratamento por ondas de choque e bloqueios anestésicos. Somos inovadores em nossa abordagem ao tratamento da dor. Entendemos o efeito que a dor crônica pode ter em todos os aspectos da sua vida e adaptamos nossos pacotes de tratamento para atender você. Como parte do seu pacote multidisciplinar de controle da dor, combinaremos os melhores tratamentos terapêuticos e direcionados para fornecer o equilíbrio certo para você.
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Clínica Dr. Hong Jin Pai – Centro de Dor, Acupuntura Médica, Fisiatria e Reabilitação.

Al. Jaú 687 – São Paulo – SP

Atendimento de segunda a sábado.

Referências Bibliográficas[+]

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorado em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).  

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