Uma distensão muscular é uma lesão em um músculo ou tendão – o tecido fibroso que conecta os músculos aos ossos.
Lesões menores podem apenas esticar demais um músculo ou tendão, enquanto lesões mais graves podem envolver rupturas parciais ou completas nesses tecidos[1]Garrett Jr WE. Muscle strain injuries: clinical and basic aspects. Medicine and science in sports and exercise. 1990 Aug 1;22(4):436-43..
As distensões musculares podem acontecer com qualquer um. Eles ocorrem no decorrer das atividades normais do dia ou como resultado do uso súbito de um músculo com atividade.
As atividades que podem aumentar o risco de distensão muscular incluem atividade esportiva, com aceleração ou desaceleração repentina, arremessos, levantamento rápido e/ou pesado, ou lesão muscular durante a execução de tarefas repetitivas no trabalho[2]Mair SD, Seaber AV, Glisson RR, Garrett Jr WE. The role of fatigue in susceptibility to acute muscle strain injury. The American Journal of Sports Medicine. 1996 Mar;24(2):137-43..
O alongamento excessivo de um músculo pode causar tensão muscular.
Uma distensão também pode ocorrer quando um músculo é usado demais sem descanso.
As distensão nos músculos das pernas são mais comuns em pessoas que praticam esportes, correm ou dançam. Podem ocorrer tensões nos músculos do abdômen quando você pratica vôlei, tênis, golfe ou ao mergulhar.
Distensão da musculatura lombar pode ocorrer quando você levanta objetos pesados ou quando você luta ou faz ginástica.
Normalmente, as lesões musculares se apresentam com dor e perda de função. Clinicamente, eles podem ser classificados como:
- 01.Grau 1 – nenhuma ruptura muscular, <5% de perda de força ou função
- 02.Grau 2: lesão da junção musculotendínea (parcial). Dor aguda e significativa é acompanhada por inchaço (edema) e uma pequena diminuição da força muscular.
- 03.Grau 3: ruptura completa da junção musculotendínea, perda de função + depressão local palpável. Inchaço e dor intensa, além de perda completa da função são características desse tipo de lesão.
Os sintomas de distensão muscular incluem:
- Inchaço, hematoma ou vermelhidão devido à lesão
- Dor em repouso
- Incapacidade de usar o músculo
- Fraqueza do músculo ou tendões
- Dor que piora com atividade
- As distensões não ocorrem apenas em atletas, podendo inclusive surgir durante as tarefas diárias.
- Os atletas correm mais risco de desenvolver uma tensão.
- Aumento repentino na duração, intensidade ou frequência da atividade.
- Músculos tensos são vulneráveis à tensão. Os atletas devem seguir um programa durante todo o ano de exercícios diários de alongamento.Músculos rígidos, tensos e fracos.
- Alterações biomecânicas e alterações anatômicos com os pés
- Fadiga muscular (cansaço). A fadiga reduz a capacidade de absorção de energia dos músculos, tornando-os mais suscetíveis a lesões.
- Mau condicionamento. Se seus músculos são fracos, eles são menos capazes de lidar com o estresse do exercício e são mais propensos a se machucar.
- Histórico de lesões musculares prévias, ou retorno precoce à atividade esportiva
Índice do Artigo
Diagnóstico de estiramento muscular
Raio X: avalia ossos e tecidos do seu corpo. Os raios-X podem ser feitos para ter certeza de que você não quebrou um osso quando ocorreu a tensão muscular[3]Speer KP, Lohnes J, Garrett JR WE. Radiographic imaging of muscle strain injury. The American journal of sports medicine. 1993 Jan;21(1):89-96..
Ressonância magnética: usada para verificar se há lacerações ou outras lesões musculares. Também pode ser usado para examinar as articulações, os ossos ou os vasos sanguíneos. Este tipo de exame de ruptura muscular pode identificar a localização até mesmo das menores tensões musculares e determinar se ocorreu uma ruptura parcial ou completa.
Tomografia computadorizada: É usado para verificar se há lesões musculares, ossos quebrados e lesões em vasos sanguíneos.
Ultrassom: um ultrassom usa ondas sonoras para mostrar imagens de seus músculos e tecidos em um monitor. Pode realizar uma avaliação dinâmica dos músculos e avaliar a presença de rupturas ou hematomas[4]Takebayashi S, Takasawa H, Banzai Y, Miki H, Sasaki R, Itoh Y, Matsubara S. Sonographic findings in muscle strain injury: clinical and MR imaging correlation. Journal of Ultrasound in Medicine. 1995 … Continue reading.
Objetivos do tratamento
Tratamento para distensão muscular (1a fase ou aguda)

Tratamento para distensão muscular (2a fase)
- 01.Terapia conjunta com medicamentos (anti-inflamatórios) e crioterapia (compressão + frio). A compressão ajuda a reduzir edema, reduzindo extravasamento de leucócitos na área lesionada. Anti-inflamatórios ajudam a reduzir dor local.
- 02.Mobilização quando possível, de maneira gradual e dentro dos limiares tolerados de dor. Estudos mostram que a mobilização ajuda na recuperação e cicatrização muscular.
- 03.Exercícios de baixo impacto.
- 04.Exercícios de propriocepção e equilíbrio.
Após 2 semanas, a maioria das entorses e distensões se recuperam.
As distensões musculares podem ser desconfortáveis e complicar sua vida diária. Mas muitas vezes eles curam por conta própria. Só leva tempo[5]Orchard J, Best TM. The management of muscle strain injuries: an early return versus the risk of recurrence. Clinical Journal of Sport Medicine. 2002 Jan 1;12(1):3-5..
Evite exercícios extenuantes, como correr (por até 8 semanas), pois há o risco de mais danos.
As entorses e distensões graves podem levar meses para voltar ao normal.
Você deve considerar ir a um serviço de emergência se:
- A dor não desaparece após alguns dias ou está piorando
- Os sintomas incluem dormência ou formigamento
- Você ouviu um “estalido” quando a lesão ocorreu
- É difícil realizar tarefas básicas, como caminhar ou sair da cama
- Você sente dormência ou formigamento
- Você não consegue mover a área
- A dor irradia para os braços ou pernas
- Analgésicos não estão ajudando no alívio da dor

RUA SAINT HILAIRE 96 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP
Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica
Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.
Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica
Referências Bibliográficas
↑1 | Garrett Jr WE. Muscle strain injuries: clinical and basic aspects. Medicine and science in sports and exercise. 1990 Aug 1;22(4):436-43. |
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↑2 | Mair SD, Seaber AV, Glisson RR, Garrett Jr WE. The role of fatigue in susceptibility to acute muscle strain injury. The American Journal of Sports Medicine. 1996 Mar;24(2):137-43. |
↑3 | Speer KP, Lohnes J, Garrett JR WE. Radiographic imaging of muscle strain injury. The American journal of sports medicine. 1993 Jan;21(1):89-96. |
↑4 | Takebayashi S, Takasawa H, Banzai Y, Miki H, Sasaki R, Itoh Y, Matsubara S. Sonographic findings in muscle strain injury: clinical and MR imaging correlation. Journal of Ultrasound in Medicine. 1995 Dec;14(12):899-905. |
↑5 | Orchard J, Best TM. The management of muscle strain injuries: an early return versus the risk of recurrence. Clinical Journal of Sport Medicine. 2002 Jan 1;12(1):3-5. |